Só sei dizer que te Amo
O solitário,
pasmo da descoberta
conduziu-se de poeta
e, tentou salvar
a sua solidão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
10/06/2019
Cerrado goiano
Paráfrase Sérgio Santal
Muitas vezes procuramos a perfeição nos outros e quando não encontramos, ficamos desapontados, paremos de procurar nos outros o que só encontraremos em Jesus.
IMORTALIDADE DA SAUDADE (soneto)
Saudade: tal como uma faca crivada
Na alma, abrindo em uma agre fenda
No coração nostálgico, rude moenda
Sonial, insiste tirana com vergastada
A tua dor foi concebida em oferenda
Ao peito, e fazendo de sua morada
Brinda com a melancolia em prenda
A sofrença da lágrima esbravejada
Imorredoura, se mantém sem venda
Reencenando num tudo, num nada
No silêncio duma esvaecida legenda
Sempre renascendo, e tão indesejada
Porém, é proposta de pouca emenda
E de imortalidade no dissabor estacada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
ALMA DESERTA (soneto)
A minha alma está deserta
Oca de silêncio, de barulho
Deserta de presença, oferta
O sonho tornou um engulho
Desabou em andarilha, referta
Esquecida em um embrulho
Num deserto e ali descoberta
O teu mapa virou um entulho
Minha alma tornou-se deserta
Lembranças vazias, um arrulho
Sem sombra e sem um alerta
Minh'alma está um pedregulho
De mim mesmo está deserta
Eu sem ela, estou um bagulho
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
01 de maio, 2017
Cerrado goiano
Ensina aos pequenos a pratica da humildade sendo,
Fala aos pequenos que igualdade, perseverança, virtude.
Amor e sabedoria são inerentes em todos os chamado de humano,
E por fim fala aos pequenos que igualdade não pertence a um ou outro,
É dádiva de ambos,
Ainda que citemos todos os mantras e orações, e que pratiquemos boas obras porém se não haver Amor o puro Amor sentido verdadeiramente, nada alçaremos!
Em um grande mural mostrava a gravura do cosmos,
e por lá um moço em cima de uma escada tentava alcançar uma estrela.
Percebe a sutileza?
Aquela de ver de dentro pra fora, ignorando as tragédias externas?
Temos o dever de sermos seres maravilhosos e lapidados pelo Universo ou Deus como queiramos compactuando com o todo. O certo é que viemos ao planeta pra ser exatamente como somos, simples, observador, humilde, e o mais importante Amando unicamente como cabe a cada ser. Felicidade e Paz é algo que ao olharmos pra dentro de nós temos a certeza de que somos completos(as)
Porque só dois braços?
Chegamos a um determinado tempo de nossas vidas que o cansaço nos assola.
Os ombros dobram,
O olhar fica como se piedoso,
Lagrimas afloram, ficamos sensíveis, parece que a meiguice nos assola.
Talvez com o peso dos tempos os amigos que carregamos ao longo do trajeto percorrido nos transformam deixa-nos pesado.
Não que eles incomodem é que são tantas lembranças boas que não dar pra dispersar em qualquer lugar.
Temos que agarrarmos todas elas, pois fazem parte de nosso intelecto.
Alguns poetas em seus versos dizem que ``Morreriam´´ se lhe faltasse os amigos.
É assim com todos nós, pois até quando o Amor esfria sobra uma bela amizade.
Portanto devemos ainda que fictício vários braços pra acomodar todos aqueles os quais chamamos de meu amigo!
Só por hoje,
Sentei-me, como quem conversa consigo mesmo ali de canto só observando.
Nem contas fazia eu do tempo.
Era tarde morna, abafada de um mormaço típico da estação.
Queria eu apenas vislumbrar oque passava pra lá e pra cá.
Sem medir, nem comentar, nem perguntar.
Apenas me deixar ir na onda da emoção.
Naquele instante só pensei em mim, era um estado de completa adoração interior sem culpa, sem melancolia ou mágoa.
Contei nos dedos os segundos de olhar pálido e estático.
Naquele instante não era eu.
Fiz conta apenas da contemplação.
Porem naquele nano segundo me vi absorto! Oque estava eu a observar se tudo estava turvo, não assimilei se quer o tempo, era como se eu estivesse apertado o ``Pausa´´.
Minha mente que ora estava frenética sentiu desejo de ainda que em breve estagnar-se para logo em seguida refeita continuar a medir o tempo de viver.
Só sei que naquela breve sinapse refiz uma nova estratégia de viver.
E me vi diante do nada que me fez ver que até dele sou tudo.
Só por hoje preciso refazer-me.
Vou-me indo,
quero mais é ser feliz,
Sendo por sentir-me ser,
Indo como se vai em Paz,
Amando como que ama o todo sem ser bobo!
Vou-me indo porque ficar é padecer, deixar de ser.
E ser é viver porque não ser é também não existir.
Por isso vou-me indo...
Fui!.
Pro tipo de ser humano existente nos dias de hoje de moral coercitiva, os céus não poderia existir.
Uma vez que só sobrevivemos de convenções.