Sítio

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"A noite, neste sítio, devia ser como que um melancólico período de tréguas. Hoje, o sol excessivo que fazia estremecer a paisagem, tornava-a deprimente e inumana"

Inserida por dia_marti

O SITIO

Uma vez eu e meus irmãos, mais precisamente no período da adolescência, inventamos de passar as férias no sitio do meu avô no interior de Pernambuco. Pegamos um ônibus aqui em Recife na rodoviária e rumamos para o município de Limoeiro, e após umas duas horas de viagem, chegamos. Perto da Praça da Bandeira embarcamos noutro ônibus, que levava de tudo, além de gente, óbvio, galinhas, papagaios, bodes, pessoas simples que vinham da feira, em sua maioria, com sacolas. Saindo do centro da cidade, o citado coletivo pegou uma estrada de barro ladeado de canaviais, e continuou embalado enquanto ia levantando, atrás, rolos de poeira. Descemos daqui a pouco tempo num povoadozinho, já com luz elétrica, que noutra ocasião não tinha, animador acdei. Nos encaminhamos a uma casa próxima e pedimos água, e interessante, que no lugar da água serviram suco de maracujá, isso mesmo, suco de maracujá! Que gentileza, que gente acolhedora, amável, a conhecida hospitalidade interiorana, não é todo dia que a gente pede água e nos servem suco de maracujá. Estava natural, mas, deixa pra lá, seria querer demais. Quando provei... Xiviiii!!! Salgado!!!! Onde já se viu! Puseram sal em lugar do açúcar por engano. Fiz uma careta indisfarçável. Ai a dona da casa disse: - É a água da cacimba que é assim mesmo! Ou seja, barrenta e salobra. A tal cacimba era uma espécie de poço. Agradecemos e, depois, seguimos por outra estrada de barro, dessa vez a pé, o sol cozinhando o juízo, umas 2 horas da tarde. O que estimulava e distraia eram, aqui, ali, no caminho, uns pés carregados de laranjas amarelinhas, uns juntinhos dos outros, baixinhos, vários, parecendo arvores de natal, fora de época, carregadas! Umas até caídas apodrecendo, maior fartura e de graça, era só pegar e ir comendo. Depois de um pedaço bom de chão percorrido aos poucos ia se divisando, surgindo, ao longe, uma casa, perdida no meio do nada, o sitio, finalmente, que nem o de Dona Benta. Lá tinha de tudo, perdido num fim de mundo, e curioso que tinha, na propriedade, rodeando-a, em frente da casa, loja, farmácia, mercearia, igreja, até cemitério, tudo pelo meu avô construídos. Talvez por um capricho dele, porque se fosse depender de clientela, só de vez em quando que saia no meio do mato uma viva alma, surgida não sei de onde pra comprar algo, e ai ele despertava do cochilo na cadeira de balanço e ia atender. Ou alguém precisando de um socorro, ai meu avô incorporava o Farmacêutico, misturador das formulas acondicionadas nuns frascos grandes, uma farmácia de manipulação as antigas, também dava injeção e mandava a vitima rezar, se fosse de noite pra chegar vivo até de manhã e pegar o ônibus na cidade vizinha, a do "suco de maracujá" que começava a circular as 8 da manhã e as 5 da tarde e ir para um hospital mais próximo, após caminhar um pedaço bom, se não morresse no caminho, mas, se morresse, tinha problema não, seria enterrado no cemitério do sitio, como disse. No sitio do meu avô não tinha energia elétrica, ai, à noite, perdia a graça, não se divisava o céu do chão, só em noite de lua cheia ficava bonito, os caminhos iluminados, dava até pra caminhar sem problemas e as copas das arvores prateadas. A noite mesmo era na base do candeeiro, feito nas novelas e filmes de época. Batia um sono cedo na gente, oxê, 8 horas ainda, uma lezeira, sonolência repentina. Mas, durante a semana, de dia, era divertido, subia nas arvores e comia muita manga, de varias qualidades, feito diz o matuto (espada, rosa, manguito, sapatinho), cajus, laranja geladinha das primeiras horas da manhã, tiradas do pé, molhadas de orvalho, leite do peito da vaca, galinha do quintal, de capoeira, mortinha na hora, uma tal de carne seca, que depois vim a saber que era a velha e boa carne de charque conhecida. Aonde até os cachorros da casa eram vegetarianos, isso mesmo, vegetarianos, comiam só macaxeira, (também conhecida como mandioca, aipim, pros sulistas) ou comiam ou morriam, toda manhã e a noite, era só isso, que davam. A gente mesmo só variava no almoço ai era feijão, arroz, macarrão, carne como todo mundo. No meio da semana, minha tia nos chamou pra buscar água pra tomar banho no barreiro (Um buraco que os homens do campo cavavam para armazenar água da chuva e usar durante o resto do ano ou por um bom tempo, menor que um açude, destinado ao mesmo propósito), ai foi a gota d'água. No sitio também não tinha água encanada, esqueci de dizer. Fomos, cada um com a sua respectiva lata, com a alegria e a inocência da novidade. Andamos um pedaço considerável atrás do precioso liquido, no meio do caminho passamos por uma grande poça d’água suja, com uma camada de lodo por cima, esverdeada, espumando e um sapo boi boiado de papo por ar. Que nojo! Eca! Passei ao largo e prossegui pro barreiro. Quando, atrás de mim, ouvi a voz de minha tia chamando: - Eiiii!!! Vai prá onde?! – Pro barreiro, respondi. – Mas, é aqui!!! Disse, ela. – Ai?! Essa água suja com um sapo boiando?! Vou tomar bando com essa água?! – Sim. Tu bebe dela! Respondeu. Água limpa só a do teu avô que é um homem idoso, a gente bota um paninho, coa as folhas, galhos e depois bota no filtro. Só sei que no final da semana tava todo mundo desesperado, querendo voltar pra civilização. Meu avô na cadeira de balanço, vendo tudo, a aflição, nos chamou e deu o maior carão, dizendo: - O que vocês vieram fazer aqui?! Aqui é só trabalhar e dormir! Eu poderia até puxar eletricidade da cidade vizinha, mas não quero não. Vejo quando vou em Recife. Começa a novela e o mundo para, é aquela malandragem! Quero isso aqui não. Voltamos no outro dia, de manhã, num sábado. Só não entendo, tava lembrando disso um dia desses, porque não fizeram uma cacimba ao lado da casa, seria melhor, mais prático, água limpinha. Mas, tudo eram os hábitos, os costumes, a tradição.

(13.11.2016)

Inserida por Fg7r85

A vida, é certo, não será um sítio excepcional para as paixões.
Nos países humanos, o amor mistura-se muito
com palavras equívocas.
0 fogo que existe numa lareira, por exemplo,
é um fogo servil, cultural, educado.
Uma coisa vermelha, mas mansa,
que nos obedece.
Só é natureza, o fogo na lareira,
quando, vingando-se, provoca um incêndio.
E o amor assim funciona. Mas é preferível o contrário.

Inserida por pensador

Uma boa biografia é como um sítio arqueológico. A paciência é o grande tesouro.

Inserida por zizzi

TRÁS-OS-MONTES

Eu venho de um sitio
Onde não se foge
Mas luta-se sem medo
Onde a terra é agreste
E as fragas são frias
Que a saudade é amor
E as giestas ardem aquecendo
Tantas vezes a alma
Onde é um berço de alegria
De risos verdadeiros
Por rios, ribeiras e fontes
Onde se come o pão que se dá
De rudez natural na gente simples
Nos penedos de tamanha beleza
Deste nordeste transmontano
De trigo em poesia neste mar de fragas
Por entre as pedras lavradas de Trás-os-Montes
Eu sou e venho de um belo reino
Que me faz sonhar entre fragas e montes
Onde tudo é esplendoroso
De pessoas simples e amáveis
Que é muito fácil gostar
Eu venho deste reino maravilhoso
Que é Trás-os-Montes

Inserida por Sentimentos-Poeticos

A minha primeira poesia

Passear em Martins

Vou ficar em uma casinha no Sítio canto e nas noites de lua apreciar seu encanto.
O Sol raiou no céu, vou mergulhar nas piscinas do chalé ou do hotel.
Para se hospedar em Martins não tem ingancho, temos as pousadas e o rancho.Existem pessoas que conhecem Martins desde menino, fala sobre toda a nossa história e até do Memorial Manoel Lino.
O Sol se e Pôs e a Lua traz o seu mistério.Á tardinha vou rever os amigos do jacú, da Cohab e do caminho do cemitério.
Á noite vou pedalar."Arrudiar" a pracinha do Jocelyn Villar.
Deitar com frio em Martins não é nada mal.Á noite ouvir o som das águas da cachoeira da Umarizeira. Acordar com as comadres conversadeiras pilando coloral.
Os flhos ausentes teem Martins no coração.A lagoa Nova, o Caminho da Bica e o lamarão.A deliciosa comida e o belo açude do Porção.
Quem vem passear em Martins, leva consigo fotos, lembranças e saudade.A igreja da Rua das Pedras e o centro da cidade.
"Quando a pandemia passar, venha conhecer a nossa cidade."
poeta Adailton Ferreira

Inserida por adailton_ferreira_1

Tenho observado muito sempre que vou a algum sítio , nem só quando vou a algum sítio mas em qualquer ocasião , sou uma pessoa que gosta de observar!
Tenho visto pessoas que se sentem as mais felizes do mundo e se sentem bem , tenho visto outras que se sentem as piores de todas , vejo pessoas cheias de vontade para fazer conquistas e vejo outras que não têm vontade para nada!
Acho que nesta vida há de tudo , tenho observado pessoas ruins , tenho observado pessoas boas , de bom carácter! Tenho observado tudo! Por um lado vejo que nem todos temos a mesma história de vida e nem todos gostamos da mesma coisa , acho que tudo na vida é uma questão de tempo quando se persiste! Acho que não existe sorte , pois a sorte não é sorte se não for trabalhada! Estamos cá só uma vez , não mais! Não sabemos o que há depois da morte , não sabemos nada! Não sabemos quanto tempo cá estamos , não sabemos se realmente devemos aproveitar o máximo de coisas enquanto cá estamos , pois não sabemos se realmente vale apena , não sabemos se nos vamos lembrar de coisas que fizemos enquanto cá estávamos , não sabemos nada , vivemos num mundo onde há muito a presença de rumores não alisados , simplesmente rumores que por vezes o facto de serem até estúpidos são mais divulgados! Por ai vemos que maioria das coisas que vivemos, muitas delas são incertas!
Vivemos também num mundo onde existem regras , regras essas que devem ser cumpridas!
Sabemos também que existem pessoas que não as cumprem , dai existirem as multas , os castigos, os anos presos entre quatro paredes! Uma coisa que me sinto mal é o facto de acompanharmos duas coisas , duas coisas essas que são: o facto de o tempo não voltar atrás e o facto de " morrermos".
A grande causa de o mundo estar assim hoje em dia é o facto de termos guardado mágoas , mágoas essas que nos rebaixam no dia a dia , não permitindo ter um bom dia de trabalho , um bom dia com a família , um bom dia com os amigos , amigas. Mágoas essas que se o tempo voltasse atrás já não eram mágoas , pois podíamos corrigir a mágoa , o erro que causamos , dai que eu tenho falado que temos que ser fortes no nosso dia a dia , pois a vida querendo ou não continua!!!
O outro facto é a morte , acho que a todos nós gostando ou não da pessoa, não gostamos da morte , esse é outro fator que nos prejudica no dia a dia , é o simples facto de a pessoa com quem mais gostávamos já cá não esta para falar , a pessoa com quem nos sentíamos melhor já cá na esta , mais uma vez a vida continua!!! Depois de tudo isto eu por mim penso apenas uma coisa , nunca vou desistir daquilo que mais gosto , nunca vou deixar de ajudar a maior causa de eu cá estar no meu dia a dia que é a minha família e sempre vou fazer o que mais gosto , SEMPRE SEMPRE SEMPRE! Vida só temos uma , aproveitem o máximo e nunca desistam de nada mas nada mesmo e quando alguma vez pensarem em fazer algum disparate ou desistir de algo que sempre quiserem lembrem se dos motivos que vos fizeram aguentar até agora!

Inserida por DiogoVaz

Inveja -

Eu não sou nada
Eu não tenho nada
Eu não atingi sitio nenhum,
Então, como é possivel
Que os outros sempre
Tivessem desejado o meu lugar?!

Inserida por Eliot

⁠Estórias- XIX- A pescada e o carneiro…

Atenta bem pescador, se há carneiro;
Nesse sítio, onde gostas de ir pescar;
Não vá um grande banho ir apanhar;
Mais cornada, esse teu real cagueiro!

Com essa, até eu me vou precatar;
Por tão também gostar de andar à pesca;
Pra nunca fazer figura: como esta;
Que nesta estória dá pra apreciar!

Que se lixe o pescar, onde houver tal;
Bicho perigoso, como o matreiro;
Que adora em qualquer um mandar marrada!...

Por quer tal, quer o banhar saber mal;
Por quer tal, quer o doer no cagueiro;
Fazer dessa pescada, uma malvada.


Obs. (ver vídeo no Facebook- na minha cronologia ou página)

Com a devida cautela;

Inserida por manuel_santos_1

Angola não é um sítio tornado País, apenas para alguns; é um País, tornado sítio ideal para se viver livre e, se criar bases fortes, que permitam as próximas gerações de se regozijarem por fazerem parte de uma terra independente.

Inserida por EdgarFonseca

O sorriso rasgado no rosto de uma mulher, transforma o universo no melhor sítio para se estar, ainda que a tempestade trazida pela pandemia, nos esforce a pensar o contrário.

Inserida por EdgarFonseca

⁠CASTELO ZÉ DOS MONTES

O castelo Zé dos Montes,
Situado em Sítio Novo,
Bem no sertão potiguar,
É obra que é do povo.
Faz um grande labirinto,
Acredite pois não minto,
Lá feliz eu me comovo.

Inserida por RomuloBourbon

⁠⁠Sabadouu no sertão

Às 1:00 am. fui para o sítio com meus amigos
Marcamos de encher a cara e nos divertir
Tomamos aquela bela Schin geladinha
Para esquecermos nossos problemas e nos distrair.

Foi muita curtição e risada
E também foi inesquecível
A diversão foi bem coisada kkk
Mas depois de bêbados foi incrível

O vínculo que fortalecemos na amizade
Veio do grande momento juntos
Que foi a festa da irmandade, lealdade e felicidade
Compartilhando falas e a diversidade

As loucuras que rolaram foi diferente
Mas tudo foi muito bom e coerente
Serão segredos guardados sempre
Porque o que se faz no sigilo
Faz de tudo.

Grato pelos momentos proporcionados
São dias assim que tornam a vida mágica
Novas experiências podem ser top ou trágicas
Mas com elas vem o aprendizado
Que levamos na jornada
Para sermos diferenciados.

Inserida por Marcelo171

⁠Quais os indícios de que uma pessoa vai quebrar? Amantes, barcos, cavalos, carros esportivos, sítios, alcoolismo, separações judiciais traumáticas. As pessoas quebram não pelo dinheiro gasto, a falência vem com a perda do foco no trabalho.

Inserida por DEPAULA1207

⁠"Se eu tivesse 70 anos eu voltava morar no sítio. Não paga água, luz, gás......quer comer uma raposa ou tatu, só caçar".

Inserida por NeusaSilva

O Assoprar

Num canto
De estante

Com marcas
Que o tempo
Traz

Monteiro Lobato
O Sítio

" Reinações
De Narizinho"
Primeiro livro

Narizinho...
Doçura
Da mais
Tenra
Inconfessável
Fantasia

Inserida por samuelfortes

A contemporaneidade é um constante estado de sítio na existência do homem-máquina.

Inserida por cesar_luis_theis

"O mundo não seria um sítio tão mau para se viver, se de vez em quando pudéssemos sair dele...
Distancie-se um pouco...
Para assim perceber um pouco de tudo, de todos, de si... "

✍ Miguel De Campos

Inserida por miguel_de_campos

⁠Tão gostoso visitar alguém que mora num sitio,
até o gosto de salada é diferente...

Inserida por OscarKlemz

⁠"a beleza vem do interior"
Então a minha está no sítio...?

Inserida por Nicolythoughts