Sinto falta do seu Corpo
"Viver em gotas é terrível para alma. O corpo se compadece da alma que esvaece de pouco em pouco.
Viciado, mas negado oferecido, mas não entregue. Assim em passos lentos a falta está naquilo que nunca está inteiro. Em parte, sempre faltando e aos poucos desfalecemos pelo amor que nos foi retribuído de maneira tão artificial, visceral e nada natural."
Ao olhar do vidro avanço
o tempo nesse receptáculo.
Escoa uma areia fina
de seu corpo esguio.
A chuva cor de palha
vem de céus afunilados.
A miséria a conta gota nunca cessa,
caí de grão a grão.
Na cabeça os grânulos da areia
do tempo desgastam a fé e os fios.
Aqui não há futuro
tudo é agora ou tudo já se foi.
Às vezes fechamos a porta não por falta de sentimentos, mas porque percebemos que preconceitos e interesses são mais fortes
RACIONAMENTO
A mingua atinge a todos
Que se declaram meus vizinhos.
Nalgum dia dos dias
Falta água em minha casa.
Quem tem sede,
Já não encontra torneira aberta
Em meus olhos.
Donde sou,
Racionamento não poupa
Nem a quem não tem.
Como eu que,
Desde que o calendário
Ganhou ligeireza,
Não ajunto
Em meu corpo
Nada que não seja tão meu,
Nenhum grão.
Mesmo no tempo em que me falta,
Sob horário de verão,
Ganho e perco horas.
Nem bolso eu tenho
Pra guardar poliqueixosos.
Não entesouro mágoas,
Tampouco guardo águas,
Pra tomar e lavar as dores
De amores
Que só a vida
Há de lhe
Economizar.
"O corpo envelhece além da sua natureza por falta de cuidados e sem a sua permissão. A alma só se você permitir."
Olhos sensuais
A noite chega, e com ela a
falta de um querer ao nosso
lado fica.
Madrugada, e esses olhos lindos
e sensuais pelo meu pensamento
passeiam, olham-me com carinho,
e eu me perco dentro deles.
Lábios doces, jeito de mulher
carinhosa e quente.
Te faz real, e ao meu lado fica.
Traz com o teu querer, teu gostar,
tua paz para mim..
Sacia a minha saudade com esse corpo,
com esse beijo com esse amor intenso e
real.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de letras do Brasil
Membro da U B E
Acadêmico da Acilbras- Roldão AIres
Cadeira 681
Patrono Armando Caaraüra- Presidente
Inverno
Há tanto frio no corpo
Por falta de um cobertor…
Há tanto frio na alma
Por ausência de amor.
Sinto com o meu corpo, respiro com os meus poros e vejo com os olhos da alma o que ninguém mais consegue ver.
Fingir sentimento nunca foi meu forte, se sinto meu corpo todo fala, mesmo quando minha voz silencia.
Quando trabalho meu corpo com consciência sinto uma energia interna como um rio que desce tranquilo irrigando às margens e trazendo vida. No seu término sinto um frescor de vida aumentando ainda mais minha energia como uma cachoeira que desde graciosa formando os rios e sem medo deságua no mar!
Meu corpo marcado
pela tua lembrança
que ainda sinto.
O único beijo
que roubou meu folego,
em um perfeito abraço,
entrelaçando nossos corpos
nos tornando um.
Eu me deixo afetar mesmo sem notar, eu caio, me machuco, choro e sinto dor, vou até o fundo do poço, sinto medo até de mim e de perder o controle, quase perco a fé, a esperança, mas nunca permito que isso chegue ao limite crucial da desistência.
Eu rezo, eu oro, eu imploro, eu suplico eu grito até com Deus, eu chuto os pensamentos e emoções, eu prendo a respiração pra morrer, e eu choro, e choro e choro até não enxergar mais, até os olhos quase caírem da cara.
Eu quero arrancar a pele, eu quero virar pó e eu viro cinzas, e nas cinzas eu fico até sentir o calor do AMOR e esse amor cresce e me toma de novo, eu levanto aos poucos, devagar, percebo que a luz ainda existe e que o poço ainda tem água e eu bebo a água e respiro fundo, sinto o frescor de novo no rosto, a brisa sopra e eu saio voando como FÊNIX de sua própria morte!!!
Podem me queimar, podem me ferir, podem me ignorar, me odiar, mas eu digo, eu não sou esse "corpo" mas o que nele está é "FOGO" e esse fogo há de me aquecer até que esse corpo esfrie definitivamente.
Márcia Raphael
Às vezes parece que morri dentro de mim, pois eu já não me sinto mais eu, já não me reconheço mais. Quando olho o reflexo no espelho já não sou mais eu ali, não sei como pode alguém ainda vivo morrer em si e dentro de si, e torna-se prisioneiro nessa capa que se chama corpo.
O que será que se passa comigo, afinal não sou eu mesmo aquele iceberg todo de certezas e razoes, razoes essas que desconhece impugnações, que se mantém a salvo das muitas criticas e de repente (boom) mais uma bomba explodiu no meu inóspito e esmo campo minado que tem sido a minha vida.
Parece que bebi do cálice perdido, sim aquele mesmo que escorria nos maliciosos e misteriosos lábios da morte. Não posso aceitar que de uma hora pra eu já não consiga reconhecer esse sujeito que habita o meu ser, e ser mais é o que sempre quis.
SINTO-ME PREENCHIDA POR VOCÊ
CORPO, BOCA, POROS, PENSAMENTOS
E QUANTO MAIS RECEBO, MAIS DESEJO
COMO UMA FOME QUE ALIMENTA-SE DE INSACIEDADE
Me sinto estranho... é como se vermes comessem o que ainda resta do meu coração, como se eles quisessem tirar a última gota de esperança do amor que há dentro de mim. Deixando-me VAZIO... De corpo e alma.
Corpo moreno
Ao te ver passo a imaginar.
Como serás?
Te sinto em todas as vezes que surges.
Teu sorriso é a marca registrada do teu
carinho e encanto.
Teu corpo, com seios lindos e fartos,
aliam-se ao formato de tuas coxas roliças
e insinuantes.
Permaneces em mim, pelo dia afora.
Quem me dera poder perto estar, e te abraçando
não permitir que vás.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E