Simplicidade
Outono chegou, sem mistérios nem sombras,
as folhas caem como quem se despe por vontade,
o ar frio não traz aviso, é apenas o que é.
A castanha abre-se na mão, oferta simples,
uma bênção da terra, sem pedir nada de volta.
O mundo veste-se de cor, mas não por vaidade,
as árvores mudam como quem aceita o tempo,
e eu, no meu caminhar tranquilo, olho e sorrio,
não há mais do que a alegria de estar aqui,
o outono é apenas o que o outono deve ser.
Tudo é tão claro como o ar entre os ramos,
não preciso de mais para entender,
que o sol que se põe não se despede triste,
apenas dá lugar à noite, e isso também é alegria.
Simplissência
No início, éramos mais simples
E a vida fluía como era de ser
Pode até não parecer
Mas tínhamos tudo que precisávamos.
Então o tempo passa
E as coisas vão ficando mais complicadas
A vida segue a cobrar tempo de todos
Cada um a cobrar ainda mais dos outros
Sem perceber o que é de graça.
E agora, o que se faz?
Seguimos em frente ou olhamos pra trás?
O que de fato nós buscamos?
E se, onde mesmo que erramos?
Porque bem, nem tudo parece estar
Não que antes não havia confronto
Mas há um anseio diferente
Não sei quando mudou, nem como.
Só sei que não se busca algo novo
E o que se busca ainda não está claro
Mas há um caminho nisso tudo
No passado já está o futuro
E nisso o tempo tem passado.
Na vida a gente precisa aproveitar os momentos simples. São eles que vão marcar nossa memória. São eles que vão aquecer o nosso coração quando a gente ficar velhinha.
Quer fazer um ato em que encha o coração do próximo de alegria? Faça sem buscar aprovação de alguém, mas apenas do seu coração.
Poder construir boas lembranças é um privilégio, principalmente, ao lado de quem se ama, um momento simples e abençoado, sorrisos sinceros, corações gratos, um fôlego para a alma, uma vivência que não se perde com o caminhar do tempo, permanece guardada na mente e a cada volta do sol, vai ficando mais preciosa, permissão do amor divino, lindas memórias que torna a simplicidade incrível, que faz o viver valer a pena, apesar das lutas, das perdas e dos conflitos.
O amor não segue regras, ele simplesmente acontece. O amor é inexplicável, uma conexão de almas que surge num instante, num olhar, e que já estava lá desde sempre.
A vida é um sopro.
Quando menos se espera, a passagem por aqui acaba. Já era. Por isso, tente não brigar com as pessoas, seja mais tolerante, viva, cante e curta mais. Queira beber, gritar, correr e beijar muito. O fim da vida não traz arrependimento; apenas será você e sua consciência. Por isso, nunca se apegue a bens materiais e status. Tente desapegar da arrogância, abrace a humildade e busque, todos os dias, a felicidade nos momentos mais simples. A vida é muito breve para que você queira sempre ter razão; por isso, tente diminuir essa ideia a cada dia, policiando-se para não discordar de todos e passar o tempo discutindo, apontando e julgando. Agora, enchi uma taça com vinho, brinde à vida e decida manter apenas boas relações. Queira ser uma pessoa que seja lembrada com gratidão e saudade. Goste de pessoas que gostam de pessoas, faça a vida valer a pena e, ao seu lado, só estarão pessoas que valham; afinal, a vida tem começo, meio e fim. Você já parou para pensar em qual estágio da sua passagem por aqui você está e o que vai deixar? Pense nisso... e viva!
O nascer apaixonante da lua, a grande atração celeste que vem abrilhantar a noite que se aproxima, toda elegante, grandiosa, reluzente, sublimidade cativante, essencialidade veemente, misteriosa e romântica, exuberante Selene, uma simplicidade emocionante proveniente da complexidade divina através do seu luar impactante, luz expressiva que já iluminou e continua a iluminar muitos romances, sendo a protagonista de lindos cenários nos momentos noturnos, a razão de alguns versos, sorrisos serenos e olhares exultantes, instiga o lúdico e aviva o que é real, um brilho profundo de refrigério, que torna cada uma de suas fases bastante especial.
As vezes o que temos é pouco, mas se torna muito quando vemos o quanto esse pouco, preenche nosso coração.
É uma tristeza funda, uma angústia que quase não se explica, ver quem se mede pelo que tem. Carregam, sem saber, o peso de títulos e bens que brilham por instantes, como o ouro que o tempo consome. Ignoram que a verdadeira luz não vem da ostentação, mas do silêncio profundo que habita na alma.
Lá no alto, os que se julgam poderosos deliciam-se na adulação dos que rastejam. É nesse louvor vazio que buscam o sentido da sua grandeza, um valor inchado por pobres de espírito que aspiram a ser como eles. Esses poderosos só existem pela bajulação; se os deixassem a falar sozinhos, não seriam mais que pavões, gritando por atenção, adornados por um brilho que nunca será verdadeiro.
E os que rastejam, sem coluna, vendem-se na busca de um lugar ao sol, dispostos a tudo para se elevarem e serem iguais aos que veneram. Perdem-se na sombra de uma ambição vazia, almejando um brilho que não lhes pertence, esquecendo-se de que a verdadeira grandeza não se mede em posses.
No fim, o que resta? A certeza de que o valor autêntico não se encontra em aplausos ou no eco oco de títulos. O tesouro real reside na essência, no caráter que se mantém erguido quando o silêncio envolve e a vaidade se dissolve. A dignidade não se curva ao ouro ou à adulação, mas ergue-se na simplicidade do ser.
E, se pararmos para refletir, perceberemos que a verdadeira sabedoria não se encontra na acumulação de riquezas ou reconhecimentos, mas na liberdade de ser fiel a si mesmo. Quando se vive com autenticidade, abrimos espaço para a verdadeira beleza da vida, que se revela nos gestos simples, nas conexões sinceras. A vida é uma arte, e a sabedoria está em saber viver cada instante com plena consciência de que somos mais do que o que possuímos; somos a soma dos nossos valores, das nossas escolhas e da luz que irradiamos no mundo.
Triste é quem se mede pelo que tem,
como se o ser se escondesse atrás de títulos e bens.
Essas coisas são sombras, não são luz,
brilham por instantes, como a espuma do mar
que logo se dissolve, deixando a areia nua.
Lá em cima, os que se acham importantes,
cobrem-se de aplausos, como quem se agasalha
num manto de palavras vãs,
sem perceber que a grandeza
não está no brilho, mas na essência.
E os que rastejam, sem coluna vertebral,
fazem de tudo por um lugar ao sol,
venderiam a alma por um pouco de reconhecimento,
esquecendo-se de que a verdadeira luz
vem do interior, não do que se ostenta.
No final, o que importa?
Não é o que se tem, mas o que se é.
A vida é simples, feita de pequenos gestos,
de momentos de paz, onde a vaidade se dissolve,
e a dignidade se ergue, firme,
sem precisar de aplausos ou bajulações.
A grandeza é um estado de espírito,
uma forma de estar no mundo,
um caminho sem adornos,
onde o verdadeiro valor
é apenas ser, simplesmente ser,
no silêncio que nos rodeia.
Há quem vista os títulos como se fossem troféus, sem compreender que não lhes foram dados para se servirem, mas para servirem os outros. Confundem o cargo com uma coroa, quando, na verdade, é apenas uma ferramenta, um meio para fazer o bem. O brilho que procuram não vem das insígnias que ostentam, mas do impacto das suas ações. Só que, por vezes, é mais fácil esconder-se atrás de um título do que fazer com que ele valha algo de verdade.
São pobres de espírito porque não percebem que o valor de estar num lugar importante está no que se faz com ele, não no que ele aparenta ser. E mais pobres ainda são os que os validam nessa ilusão, desejando ocupar os mesmos espaços pela mesma razão – não para servir, mas para alimentar o ego. É um ciclo que não traz mudança, que embrutece em vez de polir.
No fundo, a grandeza não se mede pelas insígnias que carregamos, mas pela simplicidade e verdade com que desempenhamos cada função. O verdadeiro poder está na capacidade de servir sem esperar nada em troca, de fazer brilhar o que é essencial, e não o que reluz por fora. Quando se entende isso, descobre-se que o único caminho que nos engrandece é o da entrega, sem precisar de reconhecimento ou de adornos.
Eu ainda sei muito bem como é estar apaixonado, mas estava refletindo que faz anos que não tenho esta sensação, a qual faz pensar naquela pessoa em todo instante, acelerar o coração por causa dela, seja na sua presença ou mesmo estando longe, sendo ela a protagonista de várias conversas ou no mínimo, uma contínua menção a sua preciosa existência.
Sei que tudo acontece na hora certa, então, isso no qual reflito não é motivo pra muita preocupação, entretanto, acho estranho ter chegado numa conclusão muito atípica pra mim que sempre me apaixonei tão fácil, talvez algo causado pela maturidade, pela frieza ou os dois somados, humanamente, uma clara incerteza, porém, no fim das contas é graças a Deus e sua providência.
Algumas mulheres já despertaram em mim a paixão, contudo, devido a uma decepção ou outra, ultimamente, sinto no máximo, um forte desejo, um apreço sincero, um respeito merecido, uma grata inspiração para os meus versos, a satisfação de causar um lindo sorriso, de partilhar de alguma forma de um simples e memorável momento com espíritos agradecidos num mútuo contentamento.
Atualmente, a paixão da qual desfruto é diferente, não menos importante, tenho pela arte, música, natureza, pela beleza da simplicidade, encantos celestes, o capricho do Senhor por todas as partes que me fortalecem, que alimentam a minha felicidade, que a minha alma enriquece, que me trazem alívio principalmente durante as adversidades, portanto, uma benesse imprescindível para minha brevidade.
Por enquanto, sigo minha jornada solitário, grato pela vida, só saberei se voltarei a me apaixonar com o passar do tempo e espero que se este dia chegar, que a mulher responsável seja uma benção, que eu não venha a abandonar a razão, que eu também seja pra ela uma benção, que o amor anteceda a paixão, que a Vontade do Senhor prevaleça, que um apói o outro na tribulação e que a nossa união Deus fortaleça.
"Não se perca da simplidade da vida, se agarre ao fio do amor ao próximo e siga em frente, cuidado para não se perder no emaranhado de opções atrativas que te levarão à complexidade de uma vida de sonhos alheios e frustrações desnecessárias."
A tranquilidade é indispensável, traz uma paz ao coração, renova o espírito cansado, então, sua presença de fato não tem preço, mas não está presente o tempo todo, por isso mesmo que não pode ser menosprezada, valendo muito mais do que ouro, com certeza, uma dádiva.
Poder participar de uma ocasião tranquila traz um frescor à alma, principalmente, em um lugar que outrora esteve em guerra, porém, agora é pacífico, ornado por uma natureza linda e verdejante e uma simplicidade cativante de cores vivas, uma experiência única e revigorante.
A este respeito, acredito que nossos pensamentos são semelhantes, quando o pouco pode ser muito, o simples ser fascinante e transformador, ainda que seja num momento tranquilo, sentado em um banco, admirando uma bela vista, sem nenhum tipo de incômodo.
Faz muito bem visualizar o teu sorriso cativante, destacando-se lindamente numa natureza formosa com lindos detalhes verdejantes, um cenário tranquilo que esbanja a simplicidade, daquela que traz bastante sentido ao ser percebida por um coração agradecido de verdade, penso que é por isso que estás sorrindo nesta rara oportunidade.
Se ela for observada profundamente, além da limitada superficialidade, é possível encontrar em meio a sua complexa essencialidade, um tipo de felicidade pautado na cor azul, percebendo a profundidade do mar no seu coração, a graça incomum de uma arte celeste que transmite tamanha tranquilidade, presente nos seus olhos quando resplandecem, uma visão de cordialidade que simplesmente fortalece.
O que talvez justifique muito bem a profundez que há em cada emoção que sente, a grande sensibilidade da sua percepção que a faz conseguir notar a beleza da simplicidade que muitos não conseguem, a sinceridade da sua maneira de agir que já pode ser percebida claramente no simples momento que sorri, uma vida consistente que não costuma desperdiçar o seu tempo a começar pelo seu expressivo sentir.
Atrevo-me a deduzir que mesmo que a sua essência possua nuanças e outras cores, aquela que mencionei é a que mais permite que fique exposta, porém, poucos e especiais aqueles que a notam, levando em conta que muitos são superficiais ou nem se importam, logo, a sua confiança não é conquistada com facilidade, requer que seja tratada consoante à liberdade do seu céu e à profundeza das suas águas.
Cenário simples, muito agradável, abrilhantado por uma serenidade rica, romântica, uma beleza que naturalmente se destaca, avivando ainda mais a rara simplicidade através da sua doçura e a veemência fascinante da sua alma.
Faço de bom grado esta interpretação lúdica que denota a tua importância que traz tanto significado, pois adoças com a tua emoção, és um raio de sol em um dia nublado, existe muito amor no teu coração que torna cada ocasião memorável.
Até mesmo em um fim de tarde com o pôr do sol se aproximando, tens facilmente o destaque e em pouco tempo, passas a pertencer a uma linda e calorosa paisagem, a arte celeste somada a uma mulher amável e sua tamanha graciosidade.
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