Simplicidade
Quando ouço esse diálogo entre as pessoas, baixa em mim um espírito de profundo calafrio inevitável:
- Qual é o seu nome?
- A outra pessoa responde:
- Carlos Augusto Maranhão Antunes Castro Veiga Costa dos Santos Pereira Barreto Sandoval Siqueira Borba.
- O que faz?
- Sou Presidente da Empresa Tranquitan International Corporation Suncs Rians Troncton Company
hummmm... isso me dá uma gastura.
Por quê, isso? Até hoje não consegui entender.
Não seria mais fácil dizer:
- Sou o Carlos
- Trabalho na Tranquitan
Indagaria por curiosidade a outra pessoa:
- Mas, o que faz na empresa?
- Sou um dos colaboradores.
Ou estou errado sobre isso?
Eu só acho.
Contudo, apresentação não se discute.
Cada um tem seu próprio cartão de visitas e os ouvintes que precisam para suas apresentações.
Abandonei as roupas no chão, peguei um vento no rosto e me encontrei aqui, pensando o quão pouco precisamos para ser feliz...
Talvez a felicidade seja essa simplicidade, um vento no rosto, um estar nu de corpo e alma e só sentir a brincadeira que o vento faz com as nossas sensações!
Essa é a hora que nos damos as mãos, e seguimos. Tá, o passado pesa um pouco nas costas, mas acreditamos que levar algo dele nos fará algum bem. Então, carregamos um pouco de peso, de poeira, de esperança; e uma dose rara e linda de pureza e amor. Seguimos sorrindo. E eu sei que ainda iremos longe com estes nossos sonhos tão simples, mas tão importantes para nós.
Todos nós somos únicos,muitas vezes buscando o mesmo objetivo e o mais interessante é saber que mesmo que você esteja do outro lado do computador ou de um telefone,você não conhecerá as virtudes daquela pessoa e nem ela as suas...nada como um olhar sincero, um abraço amigo,para começar descrever quem você realmente é,seja para ser uma grande amizade ou para um bom relacionamento. Pense e repense, algumas coisas não podem deixar a sua simplicidade,porque isso é o que a torna tão valiosa.
E se for...
Se for pra doer
Que cure
Se for pra chorar
Que sorria
Se for pra ser longe
Que aproxime
Se for pra brigar
Que reconcilie
Se for pra ser eu
Que seja nós
Se for pra ir
Que venha
Se for atrasado
Que seja cedo
Se for rico
Que seja simples
Se for paixão
Que seja amor
E se for amor
Que seja...
Bom mesmo é estar com quem a gente gosta. Cuidar para manter perto quem nos faz e nos quer bem e se afastar de quem nos faz e nos quer mal. Cultivar velhas amizades para ganharem mais força com o passar dos anos, cavar novos espaços no coração e deixar mais calor humano entrar.
Humildade. Humildade para aprender, para fazer um elogio, para agradecer pelo que quer que seja. Deixar o orgulho de lado, para perdoar, para pedir perdão, para se redimir, para admitir os próprios erros. Ficar feliz, feliz de verdade, com a felicidade do outro. Sem invejinha, sem competição, sem sorriso falso. Ah, como essas atitudes estão raras de ser de se ver nos dias hoje.
Estranha sensação para alguém que gosta tanto de dizer em palavras sobre o que vive descobrir-se sem som!
Compreendo que certas coisas não se diz, não se resume, certas coisas são mudas dentro da gente.
Nos rouba a voz, emudece o coração, certas situações nos colocam em um estado de reflexão e emoção profunda e silenciosa.
Percebo que certas coisas nunca conseguiremos compreender porque viver também é não saber, é descobrir-se pequeno e cheio de limitações....e algumas vezes elas não estão em nós porque somos piores ou porque erramos em algo, simplesmente porque somos como todos os outros: somos humanos!
Não sei de onde as pessoas tiram essa pretensão de serem grandes, fortes e cheias de poder...se soubessem que até as águas que constituem os oceanos anseiam por saberem que em algum momento serão apenas pequenas gotas de chuva.
Assim sendo, felizes por verem sentido: gotas de chuva poderão fazer florir os jardins!
Amor
Amor é um estado, não uma condição, amor não é único, não é tênue, amor é a descontínuidade de uma linha muito embaçada, embaraçada, estranhas entranhas cheias de camadas que nos deixam confusos e são complicados de entender, amor é sentimento, não crença. Porém, não confunda desejo com amor, por favor, o desejo é conteúdo, mas funciona sem essa peça. O amor, ele permanece, se vai, é diferente, inconstante, inconsistente, constante, sólido, gasoso, líquido. O amor é lindo, é, foi bonito, foi, e será também, mas não para sempre, um dia ele se acaba, e quando acabar, talvez se renove, senão, vai lá e tenta outra vez, só não desista, pois ele está contido nas mais pequenas coisas.
O céu sempre me intrigou. Desde cedo olhava para o espaço e pensava sobre os limites, as fronteiras, o fim de tudo. Algo como a parede que Jim Carrey encontra enquanto navega no oceano artificial do “Show de Truman”. Aquele mundo era uma produção televisiva, todos sabiam, menos o incauto personagem que protagonizava a serie. Um dia desconfiou e chegou ao limite do seu mundo, a parede pintada de céu.
Tudo o que sabemos é que as medidas são muito maiores do que imaginávamos. Quanto mais a ciência explora, mais perguntas, mais grandiosidade, mais mistérios. Do que é feito o universo? A matéria escura? A causa primordial? Estamos muito longe de respostas definitivas.
O mesmo acontece quando me aproximo e tento entender as partículas subatômicas. Os átomos dissecados. Agora exploramos o mínimo dos mínimos e parece que a física macro é subvertida em conceitos no micro. Mudam as lógicas, as leis, as dinâmicas.
Vivemos em busca de respostas que diminuam a sensação de perplexidade diante do que não sabemos, do infinito, do incognoscível, da vida, da morte.
Então tentamos entender Deus, ou pelo menos a mente de Deus. Tentamos controlar Deus. Seja pela via científica que explora o universo, seja pelo conhecimento teológico que alimenta as religiões, seja pela viagem filosófica que nos aponta para o sem fim, para perguntas sem respostas, exatamente como a ciência, ou como a religião se encarada com honestidade.
Tudo o que vejo como mistério inacessível do lado de fora se projeta de alguma maneira no que sou, do lado de dentro. O mistério dos multiversos, das galáxias, dos planetas. As perguntas sobre Deus, sobre o que ou quem ou se é. O medo da morte e os mistérios inexoráveis. A vida e os significados que tentamos entender. Reflexos do que nos habita, se vincula à dinâmicas tão sutis, tão intimas, tão essenciais e se projetam em completa grandiosidade e mistérios para o lado de fora. Intocáveis para lá, discernidas em significados para cá.
Somos maquetes do universo. Somos a chave de compreensão entre os dilemas da vida, do espaço, do infinito, do tempo, da morte que se projetam subversivamente no essencial, no simples, no genuíno.
Tudo aplicado no cotidiano e em minha capacidade de assumir-me como sou, humano, incluindo minhas fragilidades. Olho para dentro e sinto que sou casa de mistérios. Em mim habitam as respostas das galáxias, os segredos dos planetas, as chaves do infinito, da vida, da morte. Casa de Deus que sou.
Então entendo que tudo fala sobre a mesma coisa. Noite e dia, luz e trevas, dor e alívio, doença e cura, macro e micro, vida e morte, mistérios expostos na simplicidade de quem entende que somos linguagem vinculados ao infinito e, no entanto, lindamente presos ao tempo e aos reflexos de tudo que ainda não sei, mas se expressa em desconcertante simplicidade do lado de dentro. Do lado que vejo. No lado que sou. Flavio Siqueira
Nunca perca esse sorriso simples que a todos cativa. Eu sei o quanto é difícil de se alcançar a simplicidade.
Comecemos a nos ver pequenos como no dia de nosso nascimento, como o maior exemplo de nossa simplicidade, onde nascemos sem roupas, sem dentes, e olhávamos para todos da mesma forma simples e humilde sem discriminação
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