Sim nós dois

Uma das trágicas coisas que eu percebo na natureza humana é que todos nós tendemos a adiar o viver. Estamos todos sonhando com um mágico jardim de rosas no horizonte, ao invés de desfrutar das rosas que estão florescendo do lado de fora de nossas janelas hoje.

É estupidez entristecermo-nos pela perda de uma companhia: podíamos nunca ter encontrado essa pessoa, portanto, podemos dispensá-la.

As nossas necessidades unem-nos, mas as nossas opiniões separam-nos.

Perder uma ilusão torna-nos mais sábios do que encontrar uma verdade.

Amar é descobrirmos a nossa riqueza fora de nós.

Não somos nós que perdemos tempo. É o tempo que nos perde.

A minha opinião é que nós temos de nos emprestar aos outros, mas apenas nos darmos a nós mesmos.

Um argumento a favor do diabo: É preciso recordar que nós ouvimos só uma versão da história. Deus escreveu todos os livros.

Como podemos nós pretender que os outros guardem os nossos segredos se nós próprios os não conseguirmos guardar?

A mulher que se beijou e não se teve, que se adivinhou e não se possuiu, transforma-se para nós numa obsessão, numa preocupação doentia.

Aqueles a quem amamos têm todos os direitos sobre nós, até o de deixarem de nos amar.

Os nossos maiores inimigos existem dentro de nós mesmos: são os nossos erros, vícios e paixões.

Não há nada de tão belo como aproximarmo-nos da Divindade e espalhar os seus raios pela raça humana.

É permissível a cada um de nós morrer pela sua fé, mas não matar por ela.

Desperdiçamos o tempo, queixando-nos sempre de que a vida é breve.

O dever: gostar daquilo que prescrevemos a nós próprios.

O medo nunca está no perigo, mas em nós.

Podemos odiar aqueles que amamos. Os outros são-nos indiferentes.

As pequenas coisas parecem insignificantes, mas dão-nos a paz.

É-nos possível viver sozinhos, desde que seja à espera de alguém.