Sim nós dois

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Devemos pagar caro pelos nossos erros se quisermos ver-nos livres deles, e depois podemos até dizer que temos sorte.

Nós temos a religião suficiente para nos odiarmos, mas não a que baste para nos amarmos uns aos outros.

A boa educação consiste em esconder o bem que pensamos de nós próprios e o pouco bem que pensamos dos outros.

O que nos outros chamamos de pecado, para nós é experiência.

No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálida e aguardarmos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar.

August Strindberg

Nota: Citação encontrada em Ensaio Sobre A Solidão, de Graça Mourão, Clube de Autores, 2009

A tristeza é um livro sábio que se tem no coração e que nos diz centenas de coisas - impede-nos de apodrecer como um cogumelo debaixo de uma árvore; pouco a pouco vai fabricando uma provisão de ensinamentos para a vida.

A alegria não está nas coisas, mas em nós.

Charles Wagner
The Simple Life (1901).

Nota: O pensamento costuma ser atribuído ao escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe e ao compositor alemão Richard Wagner. Mas acredita-se que a frase seja do pastor francês Charles Wagner, e está presente em seu livro "The Simple Life", publicado em 1901.

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Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo.

Exteriorizar impressões é mais persuadirmo-nos de que as temos do que termo-las.

Todo o progresso é precário, e a solução para um problema coloca-nos diante de outro problema.

A maneira de apreciarmos uma coisa é dizermos a nós próprios que a podemos perder.

Um amigo é a pessoa a quem mais se dá crédito quando fala mal de nós.

O Amor

E alguém disse:
Fala-nos do amor:
- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem
vos possa ferir.

E quando vos falar, acreditai nele;
apesar de a sua voz
poder quebrar os vossos sonhos
como o vento norte ao sacudir os jardins.

Porque assim como o vosso amor
vos engrandece, também deve crucificar-vos
E assim como se eleva à vossa altura
e acaricia os ramos mais frágeis
que tremem ao sol,
também penetrará até às raízes
sacudindo o seu apego à terra.

Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo
para vos livrar do joio.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.

Então entrega-vos ao seu fogo,
para poderdes ser
o pão sagrado no festim de Deus.

Tudo isto vos fará o amor,
para poderdes conhecer os segredos
do vosso coração,
e por este conhecimento vos tornardes
o coração da vida.

Mas, se no vosso medo
buscais apenas a paz do amor,
o prazer do amor,
então mais vale cobrir a nudez
e sair do campo do amor,
a caminho do mundo sem estações,
onde podereis rir,
mas nunca todos os vossos risos,
e chorar,
mas nunca todas as vossas lágrimas.

O amor só dá de si mesmo,
e só recebe de si mesmo.

O amor não possui
nem quer ser possuído.

Porque o amor basta ao amor.

E não penseis
que podeis guiar o curso do amor;
porque o amor, se vos escolher,
marcará ele o vosso curso.

O amor não tem outro desejo
senão consumar-se.

Mas se amarem e tiverem desejos,
deverão se estes:
Fundir-se e ser um regato corrente
a cantar a sua melodia à noite.

Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência do amor,
e sangrar de bom grado e alegremente.

Acordar de manhã com o coração cheio
e agradecer outro dia de amor.

Descansar ao meio-dia
e meditar no êxtase do amor.

Voltar a casa ao crepúsculo
e adormecer tendo no coração
uma prece pelo bem-amado,
e na boca, um canto de louvor.

A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri-la por nós mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós.

Esforçamo-nos sempre para alcançar o proibido e desejamos o que nos é negado.

Ovídio
OVÍDIO, Amores

A natureza deu-nos duas orelhas e uma só boca para nos advertir de que se impõe mais ouvir do que falar.

A nossa pálida razão esconde-nos o infinito.

É possível mudar nossas vidas e a atitude daqueles que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos.

Tudo o que amamos profundamente converte-se em parte de nós mesmos.

Helen Keller
We Bereaved, 1929.

É sempre assim. Morre-se. Não se compreende nada. Nunca se tem tempo de aprender. Envolvem-nos no jogo. Ensinam-nos as regras e à primeira falta matam-nos.