Sim nós dois
Isso é uma verdade incontestável, pois tanto Henry Miller quanto Rimbaud foram dois seres incompreendidos no seu tempo e desprezados por a sociedade, mas acabaram por tornarem se imortais por aqueles que em vida nunca os compreenderam. A vida de artista é mesmo assim, nem as próprias mães chegam a entender seus próprios filhos, quanto mais à própria sociedade. Vivemos como na corda bamba e tudo o que dizemos parece absurdo. As nossas palavras ou jeito de vivermos nunca se encaixa com os padrões desta ou daquela sociedade.
Os Dois
Eu sou dois seres.
O primeiro fruto do amor de João e Alice.
O segundo é letral:
É fruto de uma natureza que pensa por imagens,
Como diria Paul Valèry.
O primeiro está aqui de unha, roupa, chapéu e vaidade.
O segundo está aqui em letras, sílabas, vaidades e frases.
E aceitamos que você empregue o seu amor em nós.
Devemos tomar consciência que os direitos da natureza e os direitos humanos, são dois nomes da mesma dignidade. E qualquer contradição é artificial
Aniversário
É.... dois patinhos na lagoa
indo em direção de sonhos...
de realizações;
as vezes
menina sapeca,
menina mulher...
me chamam de chinesa, de mestiça
até de chilena maluka...
jeito simples de se viver
ato pelo dito, dito pela boca...
amigos faço nesta jornada pelo lago;
amigos para sempre, que conheci hoje
amigos desde infância que até hoje permanecem
pessoas que apenas passam
e deixam um poco de si em mim...
nada é por um acaso
o acaso é agora.
viva o hoje com reconhecimento do ontem
para se viver melhor no futuro...
o que tão normal ir com uma meia na bolsa
para colocar no frio?
o que tão normal estar brisada com sono e com banana?
o que tão normal que ser multi uso?
assim sou eu.. simples para uns
complexa para outros...
Corpo pulsante
Dois dias, uma noite, um sonho, vários desejos.
Uma manhã, um pensamento, uma sensação, vários sorrisos.
Um corpo pulsante, quente, trêmulo e aflito.
Uma ausência, uma sede, uma ânsia, um vazio.
A pele, um par lábios, uma língua, dez unhas (que anseiam ser garras).
Um instinto, a luxúria, delicada, suave, macia e selvagem.
A menina, a princesa, a mulher e aquele sorriso.
Enquanto saia do estádio, depois do GreNal. Vi dois caras caminhando, lado a lado, pacificamente, cada um com a camisa de um time. Pensei nisso por que esta paz me surpreendeu. Seria melhor se não surpreendesse: esta paz deveria ser normal!
Todo casal passa por dificuldades, tem crises, brigas, ameaças de término... Se os dois se amam de verdade, vão arranjar um jeito de superar tudo isso, seja ficando juntos, seja se separando, pois entenderam que essa era a melhor solução. O importante é nunca perder o respeito pelo outro e lembrar que a felicidade do outro também é muito importante.
PONTO FINAL
Quebrei o aquário com o maior prazer do mundo. Eu matei os dois peixes, deu um pouco de dó da fêmea, ela demorou mais pra morrer. Mas, sinceramente? Não estou com pena deles. Peixes morrem todos os dias, assim como pessoas. Ciclos se encerram todos os dias, assim como o dia acaba, como o amor é destruído ou construído. Todos os dias. Quem sabe, essa não seja toda a emoção da vida, não é mesmo?
Depois rasguei o embrulho do pijama, e queimei. E a tesoura me foi útil na hora de cortar o pijama em pedacinhos irreconhecíveis. O pingente de sol deve estar em algum lugar da rua, já que eu joguei da varanda aqui de casa.
Depois as coisas na parede do quarto devem estar em alguma lixeira; notei a presença da mãe tirando os papéis do chão enquanto eu dormia. Espero, sinceramente, que ela não os tenha guardado.
E, eu acho que depois que eu surtar e tacar o celular do vigésimo andar e ter o prazer de vê-lo esmigalhado no chão, eu me sinta bem melhor. Melhor do que estou agora.
Sinceramente, achei que fosse estar pior. Mas, não. A vida é feita de escolhas. Ok, eu sei que isso é muito clichê; mas é a verdade. Quem sabe, a única verdade nisso tudo.
As coisas costumam passar na nossa frente, se exibindo, prometendo felicidade. E vai da nossa coragem querer pegar e ser feliz, ou não. Daí que tem pessoas que fazem questão de deixar passar, por simples covardia ou vai saber lá o quê. As pessoas surtam e decidem ferir as outras. Depois reclamam de não serem respondidos.
Eu lembro que um dia eu escrevi sobre livre arbítrio. E, depois de tudo, continuo tendo a certeza de que existe uma coisa pré-definida por trás do livre arbítrio, que nos faz tomar aquela decisão por ser exatamente aquela que devemos tomar. Pro nosso bem ou não, mas a gente acaba vivendo uma história que já está traçada, já está escrita, já foi determinada. Aí, basta a gente entender e aceitar tudo isso pra não sofrer mais que o necessário.
E aprendi que, sofrer no dia seguinte é idiotice. Se sofre no dia da dor, o dia seguinte é outro dia e esse dia segue.
Eu já tentei várias vezes me fazer de forte, dizer que eu era durona e que jamais me apaixonaria, ou sofreria, ou cairia na lábia de um idiota que tem um rei na barriga.
Eu sofri. Não nego. Me descontrolei, quebrei o que eu podia quebrar, xinguei o que eu podia xingar, taquei almofadas na parede, me joguei na cama e me chamei de burra, prometi nunca mais ver nem ouvir falar no nome, tomei comprimidos pra dor de cabeça, meu estômago ficou atacado e eu chorava e me contorcia de dor na cama. Depois fiquei até altas horas da madrugada sentada na varanda olhando a lua cheia. Ela estava maravilhosamente linda e o céu não poderia estar mais bonito. Tudo isso normal. Coisas normais que acontece com qualquer pessoa que se entrega, que tem coração, que ama. Que ama de verdade. Que entende o perfeito significado do amor descrito em Coríntios, e que insiste em cumprir tudo o que promete. Coisas normais de uma pessoa que não é movida pela emoção, e mesmo na emoção, fala coisas que tem certeza que vai cumprir. Coisas normais de uma pessoa que mudou e que quer ser feliz, muito feliz.
Mas, no dia seguinte, a pessoa continua sendo normal e a ferida pára de sangrar. Tá dolorida por ser tão cutucada, mas não sangra mais. Depois de uns dias, cicatriza e fica a marca. E não é vergonha carregar as marcas. Pior aquele que não se entrega por medo de sofrer e carregar marcas depois. Como ele vai viver e passar toda a alegria e dor que teve pra outras pessoas? Impossível aprender sem carregar marcas, marcas que pesam, que revoltam, e que as vezes nos faz sentir idiotas. Mas são marcas, e por mais feias que sejam, devem ser motivo de orgulho para quem as carrega.
E quando você se conscientiza que foi melhor assim e que todo mundo precisa ser feliz, e não vai ser mais uma decepção que vai te fazer parar, te fazer desistir, aí você consegue não sofrer mais pela pessoa, não sentir falta. O amor fica escondido em algum canto e depois se cansa de insistir e vai embora, mais ou menos no tempo em que a ferida vira apenas uma marca.
E, mesmo depois de tudo ontem, não me arrependo de absolutamente nada. Eu vivi, fui extremamente nobre em me deixar viver, mais uma vez, tudo o que eu tinha pra viver, com toda a intensidade possível. E como todos os outros, vira mais um texto pro meu blog, mais uma história pro meu livro. De tudo o que foi vivido, de tudo o que foi dito, pra isso serviu. Pra me inspirar a escrever.
Não significa mais nada, a não ser, parágrafos de um desses textos gigantes que eu costumo escrever sem ver a hora passar.
E tudo volta como estava. Você, sendo uns papéis perdidos na minha gaveta de cartas. E eu, pra sempre, presa em algum canto em você. Porque eu ainda acredito no ser humano, ainda acredito nos olhos, na verdade das palavras, e nem tudo aquilo foi em vão ou mentira. E quanto a você, eu liberto de algum canto onde você esteve preso em mim por tanto tempo, e me esqueço, pra sempre, do que você foi e representou. Pra sempre.
E deixo de cumprir a promessa de que mais ninguém seria suficiente. Sim, existe alguém suficiente. Suficiente só pra mim. Do meu jeito. Que não tenha medo e que saiba, sempre, o que sempre quis. E que nunca, nunca desista de mim.
Dois loucos no bairro
Um passa os dias
chutando postes para ver se acendem
O outro as noites
apagando palavras
contra um papel branco
Todo bairro tem um louco
que o bairro trata bem
só falta mais um pouco
pra eu ser tratado também
Existem dois tipos de homem, o idiota com chance de reabilitação e o e o babaca incurável, só não descobri ainda como perceber a diferença antes, só depois. Já o canalha não é uma categoria é um sinônimo, feliz a mulher que aceita isso.
Solidão a Dois
A pior forma de solidão é a solidão acompanhada
Parece ate irônico isso, mas não é.
Isso é a pura verdade.
Solidão é ter alguém ao seu lado e não se sentir importante na vida da pessoa.
Solidão é criar uma ilusão para tentar se sentir amada, mas no fundo fica somente o vazio.
Solidão é quando o outro está em sua vida mais não consegue preencher as lacunas.
Solidão é quando o outro está em sua vida apenas de corpo, mas os pensamentos e sentimentos estão em outro corpo que não é o seu.
Solidão é quando o outro deixa você perceber que é apenas mais uma em meio a tantas outras.
Solidão é outro esnobar de você, e você aceitar sem ao menos questionar.
Solidão é você não ouvir o tão esperado eu te amo da pessoa amada.
Solidão é o outro dizer que te ama, mas admitir que não nasceu para o amor.
Solidão é amar sozinho.
“Os sentidos lógicos: uma boca + dois ouvidos – Falar menos e ouvir mais = Resultado: Bom senso! Na dúvida... Silencie!”
Bom dia, cheio de alegria... Hoje, dois inícios ao mesmo tempo: um novo dia e um novo mês... Agosto, seja bem-vindo! Estamos necessitados de um novo ‘gosto’, para esquecer muitos desgostos... A humanidade clama por saúde e por espontaneidade.... Agosto, por favor, seja leve e favorável... Abençoado mês! “Que nada nos tire o encanto da vida, nem a importância das coisa simples". A vida é realmente o maior investimento. Mãos à obra!
Estava caminhando com dois amigos. O sol se pôs. De repente, o céu ficou vermelho como sangue, e senti algo como um toque de melancolia (...) Senti como se um grande grito infinito atravessasse a natureza.
Há dois modos de escrever. Um, é escrever com a ideia de não desagradar ou chocar ninguém (...) Outro modo é dizer desassombradamente o que pensa, dê onde der, haja o que houver - cadeia, forca, exílio.
Há dois erros iguais e opostos no que diz respeito à matéria Demônios: Uma é desacreditar em sua existência. A outra é acreditar e sentir um excessivo e doentio interesse neles.
Faltam dois dias pra muita gente começa a fingir
que se importa comigo, que me ama,
que me deseja coisas boas.
Tudo por um algarismo novo.
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