Sim nós dois
Isso é uma verdade incontestável, pois tanto Henry Miller quanto Rimbaud foram dois seres incompreendidos no seu tempo e desprezados por a sociedade, mas acabaram por tornarem se imortais por aqueles que em vida nunca os compreenderam. A vida de artista é mesmo assim, nem as próprias mães chegam a entender seus próprios filhos, quanto mais à própria sociedade. Vivemos como na corda bamba e tudo o que dizemos parece absurdo. As nossas palavras ou jeito de vivermos nunca se encaixa com os padrões desta ou daquela sociedade.
"Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora,mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".
Aniversário
É.... dois patinhos na lagoa
indo em direção de sonhos...
de realizações;
as vezes
menina sapeca,
menina mulher...
me chamam de chinesa, de mestiça
até de chilena maluka...
jeito simples de se viver
ato pelo dito, dito pela boca...
amigos faço nesta jornada pelo lago;
amigos para sempre, que conheci hoje
amigos desde infância que até hoje permanecem
pessoas que apenas passam
e deixam um poco de si em mim...
nada é por um acaso
o acaso é agora.
viva o hoje com reconhecimento do ontem
para se viver melhor no futuro...
o que tão normal ir com uma meia na bolsa
para colocar no frio?
o que tão normal estar brisada com sono e com banana?
o que tão normal que ser multi uso?
assim sou eu.. simples para uns
complexa para outros...
Aquilo que melhor expressa, o que não pode ser expressado, é o silêncio de dois corações fundidos num só em nome do amor.
O amor, que vem procurado como sensação necessária à felicidade da vida, perde dois terços da sua embriagante doçura; porém, o amor inesperado, impetuoso e fulminante, esse é um abrir-se o céu a verter no peito do homem todas as delícias puras que não correm perigos de empestarem-se em contato com as da terra.
Gosto de perceber que cresci. Percebo actualmente, que os últimos dois anos mudaram a minha vida e, principalmente mudaram-me a mim enquanto ser individual. Talvez tenha sido o trabalho, a família, os acontecimentos ou simplesmente as pessoas que se cruzaram no meu caminho e que, irremediavelmente, foram deixando cunhos impossíveis de apagar. Umas pela positiva e tantas outras pela negativa.
Todas essas figuras tiveram uma função fundamental no aspecto como afronto o mundo, na maneira como olho os meus semelhantes ou as situações próprias.
Os amigos, esses são os de sempre, os imprescindíveis. A família em nada muda, nas horas boas e nas más acompanham-me e nunca me deixam cair. Os acontecimentos, esses fizeram-me crescer, amadurecer, encarar a vida como um trilho com obstáculos que cada um ultrapassa ao seu melhor género, no ritmo que deseja e com a força que possui.
Agora as pessoas… essas sim, difíceis de perceber, talvez o maior óbice de ultrapassar. Tantas mentiras, falsificações de boas índoles e sentimentos autênticos, também felicidade e deleite de reconhecer o real sentido da amizade.
Nunca estamos inabaláveis quando conduzimos alguém para um universo que é próprio. Jamais podemos ter a convicção absoluta que elegemos um sujeito genuíno para declarar silêncio do espírito, para contar histórias da nossa existência, para repartir sentimentos. Por vezes, com buena-dicha e alguma reciprocidade, atingimos o ponto exacto e adquirimos aliados para a vida. Em outras descobrimo-nos frustrados, abatemo-nos num alvéolo sem desfecho e mortificamos o denodo por um ser benquisto, mas disperso para a eternidade.
Estes dois anos envelhecidos, mas não antigos, que com tanto grado rememoro, onde faço analogias absurdas entre o antes e o depois. Estes anos esplêndidos que inovaram a minha individualidade, que reformularam a minha alma e a minha retrospectiva do mundo. Estes foram anos de combate, flagelo, êxito, memórias inesquecíveis, pessoas que falsearam, que me amaram, que choraram comigo, que partilharam fábulas imaginárias e que me fizeram feliz e infeliz mas que… obrigada, fizeram-me engrandecer!
Agora, por fim, encontrei o fragmento da mestria, a chave que desfechou o meu carácter e que acalenta o meu ser. Sempre me senti com a sensibilidade de dever cumprido, mas ele faz-me ter a certeza e, próxima dele sou admiravelmente feliz. Actualmente não necessito de mais nada para ser afortunada. Sou eu, ele, os meus amigos e a minha família, o meu desporto e o meu trabalho. Juntos fazemos um só na idealização da minha existência exemplar.
Obrigada meu amor por me amares, por fazeres da nossa ligação uma função tão prazerosa e, ao mesmo tempo, tão enigmática.
Que muitos mais pares de anos se passem igualmente. No equilíbrio do bom e do mau que ainda tento descobrir em mim.
Há, então, dois princípios contrários, um bom e outro mau? Perguntaram os discípulos de Manés. Não, os dois princípios do equilíbrio universal não são contrários ainda que opostos em aparência, porque é uma sabedoria única a que opõe um ao outro.O bem está à direita, o mal à esquerda; porém a bondade suprema se acha acima de ambos e ela se servirá do mal para o triunfo do bem, e do bem para a reparação do mal.
Às vezes, os dois passavam o dia inteiro na cama, abraçando-se e fazendo o tipo de amor que satisfazia plenamente a ambos.
Preciso confessa. Sou bipolar!
Bipolar de sentimentos, Bipolar pensamentos...
Mas meus dois lados amam você por inteiro.
Enquanto saia do estádio, depois do GreNal. Vi dois caras caminhando, lado a lado, pacificamente, cada um com a camisa de um time. Pensei nisso por que esta paz me surpreendeu. Seria melhor se não surpreendesse: esta paz deveria ser normal!
Dois em um
Ela; quase bonita, quase comum, de cabelo normal,geométrica, tipo mignon, ora alegre, ora triste, espécie maternal, romântica, pés no chão, pés na lua, noturna, complicada, simples,musa de si mesma e tudo o que se pode acrescentar de um ser aparente sensível e sem méritos para nenhum destaque em livro de recordes.
Ele: quase forte, quase decidido, só às vezes romântico alto o suficiente, quase bonito, moreno como estava previsto pra ser, esquecido, lunático, panturrilhas, couro cabeludo, coração, tudo onde deveria estar. Ora sozinho, ora por ai.
Encontro, olhares, conversa café, outro gole, gosto musical, sintonia, risadas, pés, mãos entrelaçadas, olhares de novo, piscadinhas, concordância, fim de noite, cupido, conversas, beijos, carro, apartamento, desejos, roupas no chão, química, cheiro, pele, gosto, respiração, sentimento, teto, céu, afeto, ombro, colo, silêncio.
Isso também era amor.
Me intitulei como burro por testar a profundidade de um rio com os dois pés, mas infelizmente eu precisava ser burro para aprender a não ser burro.
Acredito que você pode conquistar mais amigos em dois meses interessando-se em outras pessoas do que em dois anos se tentar fazer com que outras pessoas se interessem por você.
Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. (Eclesiastes 4:9-10)
Se eu fosse rebobinar minha biografia afetiva, certamente encontraria: dois tropeções, uma loucura, três teimosias, uma ilusão, uma desistência, quatro bis, duas besteiras, uma escorregada, algumas covardias e vida longa para o romantismo.Sinto-me honrada pelas oportunidades de ter me danado e com isso aprender que preciso aprender. Andemos.
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