Sim nós dois

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Síndrome do Superman

Talvez você não saiba, mas até o Superman tem uma fraqueza.
Sim. Ele não pode com a pedra de “kriptonita”.
Basta um pedacinho da pedra verde e ele cai que nem lesma.
E você ai… pagando de super-super e dizendo para os 4 cantos do mundo:
-Eu não to nem ai para a dor, para o problema, para a situação.
E lá no fundo, naquela “dobrinha” do coração que mamãe não apertou,
tem uma dor tenebrosa, daquelas de fazer palhaço chorar no picadeiro.
Mas, você não pode dar o braço a torcer!
Te ensinaram que “os fortes não choram”, ou que os “vitoriosos não recuam”.
Tudo besteira de almanaque de autoajuda furado.
Sabe aquele livro daquela solteirona encalhada que ensina como fisgar um homem?
Pois é, é a mesma coisa dessa filosofia barata que ensina a ficar firme, a engolir o choro, a não desabafar.
Filosofia que cria frustrados e perdedores, pois o reconhecer dos erros, o chorar, o arrepender-se é uma forma linda de extravasar a dor, a angústia e escolher novos caminhos.
É como um dia de chuva forte, daqueles que parece que vai lavar o mundo e que quando acaba, deixa aquele cheiro de limpeza no ar, de terra molhada e santificada, que logo vai gerar frutos.
Não queira ser o “superman”, ou a “super-mulher” que seja. Queira ser o herói anônimo que não precisa de máscara para esconder a sua identidade, apenas trabalha, segue, confia, ama, erra, tropeça, levanta e recomeça, sempre, ainda que com lágrimas nos olhos, pois as lágrimas do aflito de hoje podem ser a gota d’água bendita que semeia os campos da conquista de amanhã.
Eu acredito em você, e no seu poder de transformação.

SIM, EU SOU DE GÊMEOS!!
= Não aguenta? Bebe leite. :)

Sou suas alternativas
Eu sou o sim e o não
Sou o contrário do avesso
Por isso mereço o mundo nas mãos.

Ele não é só um cara, esse sim, esse esquenta as suas mãos e escuta os seus impropérios e gracinhas com o mesmo apego. Faz perguntas, faz suas unhas, faz comida, te leva o mundo numa bandeja quando você acorda. Ele não te deixou apodrecendo ali onde você não pudesse incomodar, não não: ele chegou meia hora antes e trouxe flores cor de laranja. Depois ainda te levou para algum lugar cheio de estrelas e pernilongos. E te avisou que quando seus olhos borraram do rímel. Ele é diferente de tudo o que é errado em seu mundo e em outros mundos. Não te poupou, porque sabe que você é esperta. Você diria que ele salvou sua vida se não soasse tão dramático. E se isso não fosse mentira – a sua vida velha não merecia ser salva e ele te trouxe uma vida nova que inventou só pra você. Ele te faz sofrer muito, porque sofrer é importante. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas. Te ensinou a gostar de surpresas, a esperar, ele te deixa esperando, não deixa nada muito claro, você voltou a roer unhas, você nunca sabe, mas a verdade é que ele está sempre ali, ou logo adiante. Ele é diferente. Ele não é só um cara. Ele te ouve como se te entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele mente pra não te chatear e não te deixa descobrir. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas você prefere ser a garota dele. E que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer. Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer hoje.

Será horrível demais querer se aproximar dentro de si mesmo do límpido eu? Sim, e é quando o eu passa a não existir mais, a não reivindicar nada, passa a fazer parte da árvore da vida – é por isso que luto por alcançar. Esquecer-se de si mesmo e no entanto viver tão intensamente.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

- O tempo não existe.
- O tempo existe, sim, e devora.

Sim, meu Deus. Que se possa dizer sim.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Dies irae.

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Viver não é relatável. Viver não é vivível. Terei que criar sobre a vida. E sem mentir. Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade. Entender é uma criação, meu único modo.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Meu medo não era o de quem estivesse indo para a loucura, e sim para uma verdade.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu retribuo o sorriso. Eu correspondo ao abraço. Eu digo sim. Eu quero sim. Eu sinto sins. Só porque estou vivo.

Na maioria das vezes a gente não precisa de um “vai dar tudo certo” e sim de um “eu vou estar aqui até quando as coisas derem erradas”.

Não importava o quanto me diziam que ele não valia a pena, pra mim, ele valia muito mais que uma simples “pena”.

Deve ser melhor sem você saber. Deve ser melhor você achando que sim, tá tudo bem pra mim. Mesmo que seja mentira.

Eu quero sim te matar, porque você tem uma mania surda de me chamar de brava, de chata, e eu quero te socar porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim.

Como você sabe, sim como você sabe, a gente, as pessoas, infelizmente têm, temos, essa coisa: emoções.

Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são
Você não quis tentar me ajudar
Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?

O importante não é voltar com a vitória mais sim lutar por aquilo que se tem amor.

Vi, sim. Vi, e me assustei com a verdade bruta de um mundo cujo maior horror é que ele é tão vivo que, para admitir que estou tão viva quanto ele – e minha pior descoberta é que estou tão viva quanto ele – terei que alçar minha consciência de vida exterior a um ponto de crime contra a minha vida pessoal.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

As palavras mais importantes em todas as línguas são palavras pequenas.

“Sim”, por exemplo. “Amor”. “Deus”. São palavras que saem com facilidade, e preenchem espaços vazios em nosso mundo.

Entretanto, existe uma palavra – também muito pequena – que temos dificuldade em dizer: “não”.

E nos achamos generosos, compreensivos, educados. Porque o “não” tem fama de maldito, egoísta, pouco espiritual.

Cuidado com isto. Há momentos em que – ao dizer “sim” para os outros, você está dizendo “não” para si mesmo.

Todos os grandes homens e mulheres do mundo foram pessoas que, mais do que dizer “sim”, disseram um “NÃO” bem grande a tudo que não combinava com um ideal de bondade e crescimento.

Jamais diga um “sim” com os lábios, se seu coração diz “não”.

E quantos mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança, e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento