Silhueta
Meu corpo faz parte de mim,
faz parte de quem eu sou.
Faço-me de tela e deixo a luz do amanhecer minha silhueta delinear...
E nesses momentos, deixo minha essência de MULHER para o mundo aflorar...
Bolha de sabão
Aquela grande e delicada bolha de sabão
Sempre foi o brinquedo do vento
Para lá, e para cá ...
De dentro me parecia estável
Morada da fundação do eu.
E foi então que como uma criança
De olhos brilhantes e curiosos
Tais estes, certa vez, denunciaram
em um reflexo, a silhueta frágil do domo.
Perco a fé na minha não resistência
Realidade de repente me pesa
Caí ...
Gritos ...
Gravidade carinhosa, mostrou:
- Este é o verdadeiro chão!
A queda .... ah que infernal presente foi para mim!
Sentado, ergo a cabeça para cima
Há muitas bolhas flutuando no ar
Fecho os meus olhos, aflito:
- Vai cair!
- Não!
Pensei,
Talvez, só cai quem estranhe o nada, a transparência de não significar.
A voz do eu
Um corpo pode ser uma bela e impactante escultura, porém só a alma que é artista nata de contar histórias. O silêncio pode bastar os olhos, para ver a sensual silhueta do som, mas sinfonia mesmo é somente a voz do eu.
És uma mulher muito intrigante, rara é a tua presença, mesmo nas sombras és radiante com a tua linda silhueta, cada contorno do teu corpo, o relevo dos teus cabelos, portanto, fica evidente que é atraente a tua beleza, de ardentes sentimentos e que sinto prazer em enaltecê-la, sendo assim, já estás presente nos meus pensamentos com toda clareza.