Silenciosa
Noite de gala
Na noite silenciosa e enluarada, o Céu se fez meu ouvinte,
A sinfonia oferecida pelo soprar dos ventos, deu o ritmo da dança as árvores presentes,
Poucas nuvens, das estrelas a reprodução de um belo lustre,
Olhar firme, cabeça levantada, uma mão no coração e a outra mão segurando o véu da imaginação.
A Sabedoria da Natureza: Aceitação e Fluxo
A natureza, em sua imensidão silenciosa, ensina que a verdadeira aceitação está na fluidez do tempo. Como as ondas que tocam a areia, somos convidados a nos entregar ao que é, sem pressa de mudar, sem medo de ser. É na quietude de um momento natural que encontramos a chave para a aceitação – de nós mesmos, do outro e do processo da vida.
Silenciosa
Quantas vezes eu falei com meu olhar, gritei com o meu silêncio e até com um sorriso que escondia o que as palavras não conseguiam dizer? Tantas tentativas de me expressar de forma discreta, até que o brilho dos meus olhos se apagou e o sorriso perdeu a graça.
Silenciei, mas também gritei com um comportamento que não era meu. Meu corpo, que antes sustentava forças, começou a falar por mim: perdi peso, meu cabelo caiu, minha vitalidade se esvaiu. Tudo porque me esforcei para silenciar a minha dor, tentando não ferir aqueles que nunca estão preparados para escutar — não genuinamente.
Ninguém está realmente pronto para ouvir sobre a escuridão da depressão. Porque ninguém compreende de verdade, a não ser que já tenha mergulhado nas mesmas águas turvas.
Mas eu não desejo que ninguém me entenda. Pedir isso a Deus seria cruel, seria pedir que outros sentissem essa dor em suas próprias experiências. Não, eu não quero que ninguém afunde nesse abismo. Desejo apenas que meu silêncio seja ouvido, mesmo que eu não precise mais gritar.
O CAMINHO DO MEU CORAÇÃO
Silenciosa caminha minh’alma
levando com ela sentimentos
e resquícios de outras vidas,
os quais nela ficaram retidas,
em meio a risos e lamentos.
Há em mim um lugar sagrado
onde meu amor está guardado,
seguro de tudo e bem protegido.
Nele ninguém fica desiludido.
E andará sempre a meu lado
Que a força que move o infinito,
Silenciosa, sublime e bendita,
Esteja contigo em cada passo,
Iluminando a estrada da vida.
Que essa luz te envolva em paz,
Que te sustente nos dias incertos,
Pois quem caminha guiado por ela,
Nunca se perde, jamais deserto.
Se o caminho parecer sombrio,
E os sonhos tardarem a chegar,
Confia no tempo, na harmonia
Que faz tudo certo se alinhar.
Ama sem medo, vive intensamente,
Espalha alegria por onde passar.
Pois quanto mais amor tu entregas,
Mais tua alma irá se elevar.
Não te prendas ao que é efêmero,
Busca o eterno, o que é essência.
Lá encontrarás tua liberdade,
A paz profunda, a verdadeira presença.
Que teus dias sejam de renovação,
E teus passos firmes na esperança.
Com a força maior em teu coração,
A vida se torna plena e mansa.
Moça que sonha, que ri e encanta.
Ora tão silenciosa por fora, mas por dentro uma barulheira quase transbordando.
Ora fala pelos cotovelos; que quem tá do lado, se morde de vontade de mandar calar a boca.
Ora é tão confiante; noutra não consegue nem encarar o espelho.
Ora sente o coração transbordar esperanças; noutras pede forças para continuar.
Ora é tão valente e sem medo segue em frente; noutras só quer dormir pra chegar logo outro dia.
Ora tão sentimental; que chora só do jeito que alguém fala com ela; noutras responde na ponta da língua.
Só uma coisa que ela ainda não conseguiu;
é agir pela razão, emoção é o que a move para tudo.
"Ela parece um girassol; o girassol se volta para o sol e ela se volta ao coração."
Essa moça já caiu várias vezes e floresceu amor em si; em todas quedas.
Dizem uns e outros que ela é doida; mas ela nem dá ouvidos; continua seu trajeto enchendo seu coração de afeto.
"Ora moça; sonhe, sorria, se encante, que a vida sempre te dá mais uma chance."
#Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 14/10/2018
O que mais me irrita é a passividade e a preguiça que vejo em alguns, a aceitação silenciosa das coisas como são impostas, sem questionamento ou esforço para mudar.
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O beijo é a expressão silenciosa da palavra não falada, e mesmo assim dita, pela mesma via. Seja de amor, afeto, paixão, falsidade, a voz do beijo é de fácil tradução.
A pior dor é a morte.
Ela é silenciosa, e ninguém sente até o dia que ela chega e devasta com tudo.
Ninguém está preparado para algo pior que ela, A SAUDADE.
YakuzaMoon_JWC Autism
Poderei Partir
Tudo será sua voz presente
Tua voz silenciosa
Tua voz ausente
Encostei a minha face
Na Face da noite
E
Como sendo um fio telegráfico de estrada
A arte de perder não é nenhum mistério
A chave perdida
A hora perdida
Depois perca mais rápido
Assim, senti a pior essência
De
Seu abandono desordenado
E ficarei só, como os veleiros
Nos portos Silenciosos
A verdade, mesmo sufocada, é como um rio subterrâneo — silenciosa, mas indomável, sempre encontra seu caminho para a luz.
A complacência moral aliada a aceitação silenciosa da maldade, denota sua forte cumplicidade com esse sistema.
O Amor Como Se Revela Para Mim
O amor, para mim, é uma dança silenciosa entre duas almas, onde cada movimento é uma entrega, um entendimento que não precisa de palavras. Ele é um espaço de acolhimento, onde podemos ser inteiros e, ao mesmo tempo, aprender a nos desintegrar nas pequenas partes que nos fazem humanos. É aquele laço invisível que une, mas não aprisiona. É a liberdade de ser, com a segurança de pertencer.
Amar é estar. É cuidar. É perceber o outro nos gestos mais sutis e, ainda assim, enxergar grandeza neles. Porque o amor se revela naquilo que muitos poderiam considerar pequeno, mas que, para mim, são declarações inteiras:
"Deixa que eu resolvo."
"Eu cuido."
"Tô indo aí."
O amor também precisa ser dito. Ele se manifesta no toque, no olhar que sustenta, mas também na palavra que acolhe. Há amor no que é sussurrado ao vento, no que se ecoa no silêncio, no que se escreve para que permaneça. Mas o amor não se limita ao que se fala, ele vive no que se faz. Está no ato de estar perto sem necessidade de presença constante, no tempo dedicado sem ser cobrado, no abraço que cura sem que precise ser pedido.
O amor não pede mudança, mas naturalmente nos ajustamos ao outro porque queremos caber ali, porque o pertencimento não é imposição, mas um desejo que brota de dentro. E, assim, sem que haja perda, há encontro. Um encontro onde cada um pode ser por inteiro, mas também se permitir ser moldado pelo outro, não por necessidade, mas por vontade de caminhar junto.
E o amor, quando é genuíno, não exige. Ele é. Ele transborda sem esforço, se reflete nas ações e nas palavras, no que se doa e no que se recebe. O amor é esse cuidado que não pesa, essa presença que não sufoca, esse elo que não prende, mas sustenta.
Porque o amor, para mim, é isso: um sentir que não se mede, mas que se reconhece em cada detalhe.
O amor, um encontro de presença, cuidado e pertencimento.
“A humildade é silenciosa, mas genuína; a modéstia, às vezes, pode ser o eco de uma escolha estratégica.”
"Cada ato sincero de transformação em sua vida será uma pregação silenciosa que ecoará para sempre."
A VOZ DA SOLIDÃO
No vão da noite sombria, deserta
Tão silenciosa, envolta em arrelia
O repouso torna a cena irrequieta
Em um tenso sussurro de agonia
A enodoada alta noite terrificante
Povoada de uma vontade, irradia
Aperto, onde não há o que cante
Nem o poema sem a melancolia
Na treva da escuridão a coruja pia
Rompendo o vazio no tom dolente
Tal um cântico de acerba sensação
O pensamento da gente silencia
O coração arrepia tão vorazmente
E, merencória fala a voz da solidão.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 abril, 2024, 13’58” – Araguari, MG
MADRUGADA
Do fundo do meu quarto no cerrado
Ouço a madrugada, de tão silenciosa
Que faz do vento trautear desentoado
E do canto do galo... prece religiosa!
Ouço a noite cochichar ao meu lado
Fuxico escusado da hora vagarosa
Sem dó nem piedade, nem agrado
Despetalando a solidão tal uma rosa...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
Na estória a doce loucura teórica
Confabulada em silenciosa retórica
De paixão, desilusão, recordação
Pois a vida passa... A alma não...
RONDA SILENCIOSA
Solidão cerrada, aquietada, escura
Afora a janela, o cerrado tão calado
Na imensidade do céu não fulgura
Um só brado, um ermo imaculado
Cá dentro, a mudez flébil murmura
E a melancolia no vento é fustigado
Escoriando a alma, áspera candura
Em um rasgar do silêncio denodado
Ecoa surdamente sôfrega bofetada
De escora frouxa, completamente
Aflando ali a apertura tão abafada
E, a letargia, assim, vorazmente
Faz tácitos claustros de morada
Em ronda silenciosa, lentamente
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 5 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando