Silenciosa
RETRATO
Vivo como posso,
silenciosa, ao amanhecer
dançando um forró triste na beira dos meus desejos.
E basta-me a resignação das folhas de outono.
Às vezes eu posso como devo,
condigna, entre notas desafinadas
pinto dias sempre eguais
na tela das minhas emoções.
E basta-me a firmeza dos ponteiros na passagem inexorável do tempo
Raramente devo como vivo
inerme diante a magica do sublime
entrego a lua meus loucos devaneios
E não me basta a irrequietude dum leão na jaula
Hoje vivo como creio,
livre, como ao pôr do sol
moldando meus sonhos
ao sabor de antigos ideais.
E não me basta a coragem e a força do mar de inverno
Impetuoso, veemente, despudorado...
Sou rocha que resiste ao furacão dos sentimentos,
Sou neve que desliza através das emoções
Sou salgueiro chorão, que resistente
aos ventos borrascosos da vida
Eu sou ...
silenciosa, condigna, inerme, livre.
Rocha, neve, salgueiro.
Eu sou.
Quando a mão silenciosa do amor nos acaricia o coração, as palavras se tornam totalmente desnecessárias.
A LUZ DO POETA
Na silenciosa escuridão, resta solitária uma pálida lua vigiando os portões da noite. De longe um coração descontrolado chora aos soluços por uma desilusão, afogando o pranto em pensamentos que cheiram a álcool e nicotina.
Na velha janela, do mesmo quarto da pensão de quinta, a caneta e o papel são os velhos companheiros da agonia. Contadores da dor e do amor, deles nascem palavras chorosas que contam experiências de um platonismo de dar pena.
O poeta, então, recluso e trespassado pela realidade encontra forças sabe-se de onde e arde como uma estrela em plena revolução nuclear. Subitamente, a pena apaixona-se pelo papel envelhecido e tudo é luz. Anjos e Deuses sopram flores, sonhos e amores e no minuto seguinte colhem os mais belos versos.
A mágica se fez. A Luz interminável do poeta fecundou a realidade mais uma vez, transformando a poderosa escuridão na luz das estrelas.
Um Poema Revolucionário (Uma Revolução Silenciosa)
Autor: LCF
1
(Quero que fique registado: este poema trará a diferença neste mundo tão homogéneo.
Como o meu melhor amigo disse-me uma vez e eu repeti para ele: “Tu és um ponto negro numa parede branca, esta sociedade.”
Mas depois corrigimos para “Tu és um ponto branco numa parede negra, esta sociedade.”
A ideia percebe-se, não importa a troca da colocação na frase que ocorreu entre aquelas duas palavras.
Bem, vamos fazer a diferença… Só que sem dinheiro, a minha opinião vale o que vale, por isso fico-me pelo criticar. E reparem que na frase anterior já procedi a uma crítica…
2
Eu farei um poema em que viver não seja artificial.
Em que as frases “Eu amo-te mais do que tudo na vida!” e “Tu és a razão da minha existência, bebé!” não sejam consideradas como principais.
Em que não mostrarei a “beleza” do meu corpo para atrair fêmeas que se mostrarão “Em promoção!” para mim.
Em que o amor não seja aquilo que todos dizem, que todos afirmem, que todos escrevem, mas sim algo diferente, sentido, sem as mesmas condições.
Em que não terei de dizer que as músicas que correm nestes tempos são, na sua maioria, um desperdício de tempo, de riqueza, uma plena falsidade.
É como ter um alimento podre, não adorado pelos adorados, os do bem, que atrai as criaturas maléficas para uma armadilha. O problema é saber se a dureza desta é suficiente para aguentar tanta selvajaria… São tantas e cada vez mais…
3
Eu percebo que a popularidade seja importante e que é a única forma de mostrares um pouco da tua inutilidade perante um público ao vivo e a cores, no entanto… É o lugar da reunificação das almas que determinarão o teu destino.
É a folha que tens à frente, minha jovem? Não tenhas medo de a ler, é a solução dos teus problemas, para não acabares a servir-me um copo num certo estabelecimento…
É essa moeda que te manipula, rapaz? Se sim, tens duas hipóteses: podes usá-la para te servires de uma roupa mais elaborada; ou deitá-la fora, enterrá-la, e ver se cresce uma árvore a partir desse processo… Por acaso, não.
Porque não me dão as mãos? Esperem, toquem-me com a vossa alma e eu vos direi o caminho a seguir.
Um dia, eu escreverei um poema em que o cartão de crédito não tenha comprado as vossas personalidades.
4
A explosão prossegue, trovões fortíssimos, movimento irregular das placas tectónicas, por favor, alguém que me explique para que serve eu ter sucesso nos Estados Unidos perante tais calamidades?
Não, a hostilidade não pode liderar.
É no limite da minha paciência que me dizem que o entretenimento - a música - contenta as pessoas. Então, não gostam de ser inteligentes? A escrita não vos encanta, a arte não toma conta do vosso espírito com a sua magia? Os trabalhadores, ao Sol, com trapos desconfortáveis, horas sem parar de exercer a sua profissão, não deveriam ser mais respeitados?
Eu não critico a música, eu também a ouço (certas músicas.)
Eu não critico quem tem dinheiro, também gostava de ter mais (mas não exagerar.)
Eu não critico homens, mulheres, crianças ou idosos, também sou uma fragrância, um ser dotado de tudo o que me rodeia (certos seres não critico.)
Apenas digo que certos aspetos deveriam ser melhor controlados, porque infeliz ou felizmente, qualquer coisa tem valor.
E eu espero, um dia, criar um poema em que não tenha de realçar quaisquer pontos negativos.
5
Enquanto o Sol se esconde nas sombras da noite e não regressa, os vitoriosos vão fechando os olhos ao absurdo.
Para não causarem conflitos;
Para não sofrerem pela originalidade que possuem, nunca antes aceite.
Não é a força que nos define.
Não é a riqueza que nos define.
Não é a roupa.
Não é o corpo.
Não é o carinho, a paixão, nem talvez o conhecimento ou a sabedoria.
Porque tudo junto, somos nós, nada em específico nos define.
Mas talvez, no meu caso, os parênteses sejam a minha caraterística principal, o silêncio, o medo de fazer sair a palavra… E as reticências? Devem-se às minhas incertezas…
Contudo, neste poema sei bem o que digo e não voltarei atrás com a minha posição!)
Noite escura, silenciosa, e eu aqui sozinha, absorta, perdida em meu próprio eu, procurando respostas, motivos ou até mesmo razão de ser ou não ser...
Sentimentos permutados deixam meus pensamentos conturbados, a alma atormentada e o coração angustiado... E então em meio a essa solidão nefanda, eu apenas choro... Apenas choro...
Há quem diga que sou calada,silenciosa. Isso por não saberem os diálogos que permeiam minha cabeça, todo dia, toda hora.
“04:42 am”
Aqui estou…
Em uma silenciosa madrugada.
Sinto aos poucos…
A saudade que vem do nada.
Fecho os olhos e vejo…
O que ficou na memória guardada.
Como é forte, a nostalgia da madrugada!
A prática de boas coisas, ainda que silênciosa, com intenção e atitudes corretas e em segredo de alma valem mais que discursos fervorosos. Faz bem e é registrado na eternidade!
"Abraço...
É a forma silenciosa de dizer que o outro é
bem-vindo dentro de você.
É muito abraço acumulado
esperando a hora de abraçar"
Que noite fria e silenciosa
E a falta de alguma coisa assim por dizer.
Que noite parada e demorada a passar.
Que o pensamento ainda pode ser apenas você
Que tempo mais quieto e singelo.
Que coisas sem sentido
As vezes aquela Boa Noite
Para você, que pode está indo dormindo!
Que noite..!
A obsessão cega enquanto a traição silenciosa revela o que os caminhos meticulosos nunca ousaram mostrar.
É no silencio da noite que nós descobrimos nossos maiores demônios, na silenciosa e confortável escuridão que eles aparecem e nos fazem duvidar se realmente ainda estamos vivos. Eles fazem de tudo pra destruir o que construimos e tentam fazer você mesmo aceitar que não merece existir,viver e amar a si mesmo, é quando entendemos que se você não lutar por você ninguém mais vai te levantar e tirar você do fundo da escuridão interna que você carrega
A Constituição não é apenas um documento; é a voz silenciosa da nossa nação, garantindo que a justiça prevaleça em todas as esferas da vida pública e privada
O educador é a luz que conduz o caminho do conhecimento, a força silenciosa que faz o futuro acontecer. Em poucas palavras, eles ensinam não apenas conteúdo, mas também valores e esperanças.
Para cada aula, a chance de conversão vem quando a curiosidade e a informação se encontram. Um verdadeiro educador encoraja - provoca o pensamento crítico, acolhe a diversidade e nutre a empatia.
Na arte de ensinar, eles se tornam jardineiros da mente, onde as sementes que são semeadas florescerão ao longo da vida. Hoje, celebramos aqueles que com amor e dedicação escrevem a história de cada aluno, inspirando sonhos e, no processo, constroem um mundo melhor.
Nesta noite silenciosa e nessa solidão noturna, é onde todos os meus sentimentos e pensamentos vem à tona, transbordando tristeza e felicidade em simultâneo.
Ódio
O ódio é essa coisa silenciosa, que se esconde nas frestas do que eu fui.
Ele não grita, não pede, não fala. Apenas cresce. Como uma planta amarga, que se enraíza nas profundezas da alma.
E eu? Eu sou só o vaso, a terra que já não floresce, que só sustenta essa sombra que me habita.
Ele corrói, devagar, sem alarde.
Sinto nas mãos, nas pequenas ações, nos olhares que já não sabem mais ser suaves.
O ódio não tem pressa, ele espera. Espera o momento de ser. Porque, no fundo, o que ele quer não é me consumir, mas transformar-me em sua morada.
A sala estava silenciosa
vultos tremiam na parede
reflexos da luz lunar
a imaginação
desenhava bichos
de sombras nas laterais
e o pensamento
― indomável ―
lhes dava vida
e até os ouvia
mas a alma
― exausta ―
depois dum longo dia
fechava os olhos
buscando os
anjos da paz
para levarem
consigo meu olhar.