Silenciosa
O tirano prefere compelir, a escravidão silenciosa tirá proveito de algo não solicitado, solicitando-se, atribuindo-se bondade, com intuito de encarcerar.
Não quero que me aches bonita nem feia, nem alta ou baixa, silenciosa ou brejeira.
Só desejo que olhes meus olhos e perceba neles este longo caminho, trilhado com coragem, mesmo quando com medo e solidão.
E que nesse olhar compreendas que este é o coração, que por amor, estou entregando a ti...
GUERRICA
Com a investida das feras
E a procissão silenciosa das formigas
O predaor toma distância de proximidades.
Esperneia,
Faz como quem vai desistir,
Hiptoniza.
E já se aproxima de mim
Sou um Colizeu, só ruínas
De espada e esporas,
E um lastro podre sob os pés.
O inimigo é uma fera larga
E eu prentenso em minha defesa
Não o olho, estou na luta.
Nas tendências de gestos, embaraçosos.
Na fricção do joelho na outra perna,
O lamento do golpe acertado.
E o tempo conta. Desce a linha da sombra
E vai o rival crescendo e eu descendo.
Pobre de mim, tudo que vem é contrário,
É doloroso, é arbitrário.
Armas que não se negociou,
Surgem de todos os lados do meu escudo,
E se renova o seu fulgor,
E eu me abato, e saio,
Caçando becos, olhando lados.
E não feri, mais que em mim dói.
É preciso lutar contra este deus mortal,
Que não se cumpre, por gestos nem palavras.
O que faz de mim,
Ou o que permite que dele, faça.
Somos dois exaustos
Escorados pelas cabeças,
Pelas tabelas. E a prenda bela,
A recompensa, saiu pra retocar o rosto,
Enquanto o díspare roedor,
Deu mais uma volta
E volta foi, de não voltar. Foi lavar-se na foz da rua.
Eu marquei o chão com a minha cor.
E o devaneio por embates,
De ser guerreiro embainhado, escudado,
Piorado em meus prós e contras.
Por trá de cada olhos infantis
uma estória silenciosa..
Se entrelaça com minha estória
vara de condão revela
estórias minhas a cada encontro
quando me deixo entregar ás Fabulas
sou Criança novamente...
Ah! esse Adulto que não me deixa...
dizer: Seja Feliz para sempre!
Viver a Intensidade na Impermanencia...
Os Versos da madrugada alimentam a alma da insônia, a escura e silenciosa madrugada é magnifica ap primeiro olhar, assustadora ao segunda e porque não calma ao terceiro, a madrugada está fria, ao meu ver meio sombria...Começo de um longo dia para uns, final para outros...Simplesmente madrugada.
Lembranças de infância de um novo amor.
Não há mais problemas, nesta noite chuvosa e silenciosa.
Fecho meus olhos, e penso no caminho que peguei dessa época, que roubou o melhor de mim.
Um ano novinho em folha, esta chegando ao seu fim. Eu me recordo de ver a minha mãe na cozinha, o meu pai no chão assistindo televisão. Era uma vida maravilhosa. Velas de canela queimando, sorriso embaixo de cada nariz e acima de cada queixo. Desperdicei meus desejos, nestas noites de sábado... Nossa, o que eu faria por apenas mais um sonho assim.
Família toda reunida, presentes empilhados, geada em todas as janelas, que noite maravilhosa. Amoleci meu coração, choquei o mundo.
Você ouve a minha voz?
Você sabe o meu nome?
Estou tão feliz.
Tão feliz que acharam, que o amor estava ao meu redor. Tiro a poeira antes de eu voltar pra dentro, e sigo feliz com meu novo amor.
Casa vazia. Silenciosa. Ninguém dentro dela, à não ser eu. Um livro na mesa, e uma xícara de café quente na mão. Frio que fazer arrepiar. Você na minha cabeça. Inspiração batendo na porta. Vontade louca de escrever tudo que sinto. Vontade louca de alguma coisa. Vontade louca de ter que você aqui pra tomar café quente comigo, e assistir um filme enrolados num cobertor grosso.
Chorar e a forma mais rápida e silenciosa de colocar a dor e a angustia que esta dentro de nos para fora, a lagrima mais pura e simples pode carregar tantas mágoas e aliviar as dores mais fortes do coração, capas de lavar a alma de um ser humano.
CÚMPLICE
A lua expia
Cumplicidade silenciosa.
Indiscreta invade
O pomar dos sonhos
Carregados de esperanças.
Vasculha frestas
Entreabertas das paixões
Ofuscante luz de prata
Cálida companheira
Retrata os amantes
Vislumbrando sonhos
Que divagam
Na presteza de tornar-se realidade
Transparentes a luz do luar.
Caricatura agreste
A suposta teoria
é a da luz remota
absorta na simulação
branda e silenciosa
do solene mistério.
E vem de muito longe
amoldando a face
lapidando a imagem
tristemente cômica
fosca, fluída e feia
como água dos córregos
em lápis de giz,
rabiscando com gás,
com faísca elétrica
o rude contorno
tosco da caricatura
de risível forma
de aroma agreste
da agoniada alma.
UMA LÁGRIMA
Uma lágrima cai silenciosa
Para justificar tudo o que escrevo
Arrastando a dor que ficou presa na minha alma.
Tantas vezes escrevo sem pensar
Que as lágrimas correm devagarinho pelo meu rosto
Toca de leve os meus lábios
Num beijo que guarda o gosto a sal.
Escrevendo tudo o que a minha alma dita
Nas emoções dos sentidos que foram teus
E se fizeram meus
Escrevo tudo o que o meu corpo sente
Desejando ser acordada pelo toque suave de uma carícia
Escrita com as pontas dos dedos
Num beijo sentido nas palavras ditas em silêncio
Escrevo tudo o que o meu inconsciente grita.
Um ser perdido que naufragou
Nas sensações do meu corpo, do meu coração
E tantas vezes da minha alma!
Mea culpa
Na madrugada silenciosa
Teus gemidos sobressaem
Tuas dores se agigantam
Teu corpo reclama
Ah velha senhora
Dona de tanta força
Doi mais em mim as Tuas dores
Pode acreditar
Minha impotência neste instante
Faz de mim covarde
Finjo não acreditar
Nas dores que te consome
Choras silenciosa
Contendo as lágrimas teimosas
Sedo-te com analgésicos
Correndo todos os riscos
A sapiência do tempo
O torna frio e cruel
Sufoca-me a culpa por me flagrar
Desejando o teu descanso
Teu Deus tão soberano
Sabe o que tá fazendo
Eu, na minha ignorância
Perco a paciência
Vamos velha senhora
Encarar mais uma noite
Onde todos os gatos são pardos
E nós duas...companheiras
"" A ginga estapafúrdia confundia até a si mesma
Quando moldava sua eira silenciosa
Malandragem simbólica
Ou astúcia descomunal
Controvérsias destilam a poesia
Do esmo a se revelar
Seria um caso de autofagia
Ou mágica a moldar
Não sei o quanto te resta
Mas é óbvio que não se tratam de sombras
Ainda mais nessa fresta
De onde ouço o insano falar.
Por ruelas estreitas e pagãs
Anjos circulam livremente
Seus sinais vindos do espaço
Marcam o compasso da música a tocar...""
Oh formosa e delicada
Com sua sublime e silenciosa calma
Me bate um arrepio ao sentir teu sopro vindo do horizonte
E em teus brilhos eu enxego o céu
Céu escuro, terra escura...
Terra essa que é iluminada pelo reflexo daquela que me aquece
Doce brilho que me faz acordar
Nessa noite fria e serena, onde a lua é pequena
Perto do brilho do seu olhar.
Oh noite serena
Me deixa entrar em tua cena
Onde a lua pequena
Me faça sonhar.
Você em mim e vice-versa...
Na alto da noite silenciosa, ruídos penetram a quietude do meu ser...
É o barulho do seu riso intruso, ecoando em minha memória auditiva, me impedindo de adormecer ao me fazer desejar reencontrar alguém de quem eu faço esforço imenso para me lembrar...mas que algo me impede de conseguir...
Reviro-me na cama ao pensar em seus olhos exploradores, receosos e curiosos que me religam a alguém de que um dia eu talvez tenha me esquecido, mas que vive adormecido em algum lugar dentro de mim.
O seu amor próprio, o orgulho de si e a sua segurança, um tanto quanto prepotente, me levam a certeza de que este alguém está mais vivo do que nunca.
Sua sede de viver e seu espírito aventureiro, quase chegam a cegar meus olhos para a sua arrogância, atrevimento e insolência que sua beleza vangloria.
Sua esporádica ponderação, razão e sensatez me mostram que o caminho que me conectam a este ser, é mais curto do que eu havia imaginado, quando finalmente deduzo ter encontrado.
O que encontrei? Uma barreira entre nós que paradoxalmente nos divide e nos integra. Ela é feita de vidro e te revela em mim, bem como me reflete em ti, e me faz compreender que reencontrei partes esquecidas de mim em seu ser, me fazendo admitir o narcisismo deste amor, que tatua ardilosamente em minha pele o seu nome, me convencendo do quanto eu sou capaz de me amar em ti.
Texto: Aline Bergamini
Não posso reclamar das condições em que me encontro,
Ás vezes fico imóvel...
silenciosa...
como o tempo quando quer enganar!
mudando a temperatura..!!
Faço pouca sombra, todos me olham,
mas poucos me veem..
..