Silêncio
Entre as sombras do meu silêncio, ecoa a sinfonia dos mistérios que me envolvem, revelando apenas o que a quietude permite fluir.
Gosto do silêncio, quando quero que a minha mente se encarregue de criar a trilha. Fico encantada com o som do vento, da chuva, o crepitar do fogo, os murmúrios da natureza. Também aprecio música com volume suficiente para sentir as ondas sonoras vibrando na minha pele. Mas me pergunto se há no mundo som mais agradável do que aquelas palavras certas, sussurradas com a entonação certa, bem ao ouvido...
Amo a chuva, a tempestade, o frio. Mas também sou completamente apaixonada pelo silêncio e a calmaria.
Ela sempre com essa mania de fugir de tudo e de todos, isolava-se e observava cada detalhe para decifrar a situação. Talvez precisasse de outra cidade ou novas pessoas, mas não, ela sabia que as pessoas são o lugar e o lugar é as pessoas, e mesmo que ela mudasse de país as pessoas continuariam lá e lá sempre vai ser seu lugar. Só precisava da solidão, ou melhor, da sua companhia, já que ninguém melhor a entendia do que ela mesmo. Ouvir todo aquele barulho do cotidiano fazia ela querer ser silêncio, porque só enxergamos de verdade quando escutamos o silêncio em meio ao caos.
Olho para o mundo e tenho medo dele. Acho que no fundo tenho medo da felicidade ou ela de mim. Sempre que estou muito feliz fico desconfiada. Desconfio secretamente e vou-me afastando para que ela não acabe por si só. Prefiro eu correr dela, assim não corro o risco da felicidade me deixar.
Fico em silêncio por um longo tempo e procuro saber o valor dele. Há tantas coisas que eu queria escrever, mas, não posso. As palavras me deixam com medo, por isso fico calada. Há tantas coisas que nunca escrevi e que morrerão comigo. Este silêncio é a minha garantia. Dentro dele está o meu EU gritante.
Quero explodir para que as palavras se libertem. Seria uma loucura as palavras soltas por aí. Ninguém entenderia nada, porque elas se misturariam. Às vezes quero a verdade outras vezes o oposto dela me alimenta. O cotidiano me mata de tédio, por isso me reservo e escrevo.
A vida é tão passageira! É como um sopro. Sopramos e ela se vai. Não entendemos nada da vida e isso me deixa angustiada. Pensar que a vida é um sopro, logo vem à minha mente uma bolha de sabão solta no ar. Tocamos nela e ela explode.
Ficam no ar apenas pedacinhos que vão se desintegrando um a um. Assim imagino o sopro da vida. Uma película muito fina, quase invisível, transparente, brilhante com multicores como se fosse um arco-íris. Duram apenas alguns segundos e explodem.
São os segundos mais belos que nossos olhos já fotografaram e guardaram na gaveta do tempo. Assim é o sopro da vida. Simples, intenso e belo. Se deixarmos passar em branco ele se vai sem deixar nenhum vestígio.
O silêncio é barulhento, pode lhe parecer insuportável.
Ou quem sabe, até mesmo admirável.
Qual o barulho do seu silêncio?
Ame em silêncio para ocultar a dor de quem um dia muito te amou! Ame, apenas ame! Porque o bem mais precioso da vida é o amor.
O silêncio esconde diversos
Segredos
O silêncio esconde diversas
Palavras
O silêncio esconde diversos
Gritos
O silêncio esconde diversos
Sussuros
O silêncio esconde o silêncio.
A maioria das palavras está no silêncio. O silêncio que tapa a boca quando por dentro, um coração que grita. Talvez nunca sejamos entendidos, já que dentro de nós mora o inexplicável da razão. E por vez, não quero entendimentos quando o que se falta é afeto.
Sou o fogo, a primeira faísca, sou um doce desastre, posso ser a tormenta perfeita e também posso ser o silêncio que tudo consome. Sou complicada em meus próprios termos, mas quando eu quero, posso ser tudo o que alguém deseja. Tenho minhas próprias imperfeições, estou rodeada de pessoas que sabem admitir que são humanas, que embora não esteja claro o que são, sabem o que querem ser, indivíduos melhores. Quando tudo me supera, em vez de ressurgir, eu afundo. Há tantas mãos egoístas querendo mais e mais de mim, quando sou apenas uma, quando sou somente essa mulher enfrentando seus medos como qualquer outra pessoa.
Nunca fui boa com o esquecimento, mas sei fingir muito bem. Tenho muitas coisas em mente, muitas delas, ninguém gostaria de saber, no entanto quero que entendas que isso não faz de mim um inimigo, somente faço pra proteger-te de meus demônios. Não quero que me olhes como se eu fosse uma desconhecida, mas acredite em tudo o que você ver. Pode estar morrendo por dentro e por fora não verás nada além de um rosto sorridente e um corpo com o qual me movo como se fosse minha melhor qualidade, quando na verdade, eu só quero menos, muito menos dele. Às vezes quero menos de mim para ter algo melhor de outra pessoa.
Pra você que, foi amiga, silêncio tem valor
Desta forma sozinho lutando, brigando.
Você pra mim pode não mais olhar,
Mas, sentimentos apreços respeito
sempre terei por você dentre seu bem estar.
Fatos , admirei em si num dia sem apegar,
Hoje, felizesmente fico nos dias que, não ah vejo pelo ar.
Lembre se ! tenho de ti aprendido num só olhar,
As coisas mais belas da vida, deu novamente bem estar,
Gostaria muito lhe pessoalmente falar,
Entretanto algo impede , coração faz vibrar,
Porque ?, simples timidez também outros muito comentar.
Neste sentido, nas entrelinhas , estrofes, versos lhe comunico ,
Sei que pra ti não sou mais vem vindo,
Por ser pessoa diferente, entretanto, com a vida lutando.
Talvez
Talvez nada tenha a importância
Do tamanho da minha audácia
Talvez tudo não passe de imaginação
Mesmo assim tudo é dilúcido
Da soleira o espero pacientemente
O frio do granito gela os pés
O cobertor aquece meu corpo
Mas não meu coração...
Rompo as palavras
Guardo-as no intimo da noite
Quando o silêncio pernoita
Criteriosamente deito e adormeço.