Silêncio
Tem dias que a gente cansa, do tudo, do nada, do barulho, do silêncio.
A gente cansa das pessoas,das decisões de vida ou morte, do futuro, do passado e do presente.
Não é loucura minha, quem nunca cansou de sentir?
Quem nunca cansou de mentir? De iludir? De persistir? De insistir e mais uma vez dá em nada...
A gente cansa, do tudo ... Do nada ...
Do preto, do branco, do emprego, a gente cansa da política do esporte, a gente cansa e perde a esperança, e tudo é tão down.
De repente você pega aquela foto, e vem aquela singela lembrança, a triste lembrança, ai você desaba e cansa, do que poderia ser, do que não é , do que não será...
A gente cansa das pessoas,das decisões de vida ou morte, do futuro, do passado e do presente.
Eu cansei de mim, eu quero férias de mim mesma...
Só por um tempo eu anseio esquecer quem eu sou e viver longe dessa canseira toda
Agora as sereias possuem uma arma ainda mais fatal do que seu canto, ou seja, seu silêncio... Talvez fosse possível escapar do seu canto: mas do seu silêncio, por certo, jamais.
Tome partido. Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vitima. Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado.
Ficamos sentados em silêncio, contemplando o mundo à nossa volta. Levamos uma vida inteira para aprender isso. Parece que somente os velhos conseguem ficar sentados desse jeito, um ao lado do outro sem nada dizer, e ainda sim se sentirem contentes. Os jovens, irrequietos e impacientes, têm sempre de quebrar silêncio. É um desperdício, porque o silêncio é puro. O silêncio é sagrado. Ele aproxima as pessoas, porque só quem se sente confortável ao lado de outra pessoa pode ficar sentado sem falar. Esse é o grande paradoxo.
Não foi só a noite,
foi mais silêncio.
Tua ausência me buscou;
Não veio lágrima,
o dia já vinha
e só tua ausência
foi que ficou.
Ficou sozinha
com meu eu antigo,
e se entenderam,
se completaram.
Então a lágrima
caiu baixinho
no que restava
do teu carinho.
Entendi, de repente, porque gosto tanto da noite, desde sempre: pelo silêncio dela. Eu sei que o silêncio pode ser ameaçador. Sei que muitas vezes põe pra tocar, no volume mais alto, músicas que nossos sentimentos cantam e que falam de coisas que a gente nem sempre quer ouvir. Mas o silêncio é também alimento. O silêncio é também descanso.
Tem certas horas que só mesmo um café, vários pensamentos e
o silêncio da noite, pra ficar em paz.
É que em certas horas as lembranças confortam a dor que trazemos no coração.
" só é verdadeiro aquilo que não se diz... só o silÊncio é verdadeiro... é preciso ouviro silêcio não como surdo, mas com um cego..."
Fernando Sabino
Eu diria: menina, amar a dúvida, o silêncio, a ingratidão, o fim, o atraso, a invenção, a lacuna, o pode ser, as hipóteses, a não resposta, a raiva, o absurdo, o não, a impossibilidade, o depois que foi, o antes de chegar, o difícil, o pode não, amar essas coisas, menina, é amar o mistério e não um homem.
Esse seu silêncio que me mata, esse seu silêncio que maltrata, que me devasta a alma, o coração e a vida. Esse silêncio que deixou uma ferida que não cicatriza, que não sara, por mais que eu cuide, por mais que eu me poupe nada apaga essa lembrança que ficou inacabada. De tudo eu já tentei e o que não tentei nem quero mais tentar. Esse sentimento de descaso, de desprezo que se instalou aqui dentro e não quer sair por mais que eu chore, por mais que eu sonhe e tenha esperanças, por mais que eu afunde minha vida em um buraco sem fim, por mais que eu me afaste de mim, não tem fim...
Me deixe só!
Me deixe aqui, no canto, em companhia de mim mesma!
ouvindo meu silencio falar de coisas que calei...
Me deixe ir... com meus pensamentos tao longe, que nem
me encontre mas aqui.
Me deixe ali, sem rumo, ou direçao, vendo a vida passar vazia,
observada pela janela...
olha la...é a felicidade, me acenando a mao,
dizendo: adeus!
ela vai se afastando, e
agora esta tao longe, que ja nao posso alcança-la.
e esses muros sao tao altos!
como derruba-los, se o que os mantem de pé, sao as minha fraquezas?
Me deixe assim, buscando respostas, para oq nao tem razao.
fazendo da vida um jogo, de regras confusas,
onde parece que o objetivo é perder...
se perder de tudo e de todos, na tentativa de um
um dia se encontrar...
Sou confusão e gritaria, e ao mesmo tempo, todo o silêncio do mundo. Sou a ansiedade de um desejo sendo realizado, e o medo incontrolável de tudo dar errado – de novo. Sou a preguiça de um domingo a tarde, e a euforia de uma sexta a noite. Sou a vontade de abrir a geladeira, e angustia de ter engordado. Sou um doce sorriso, e uma lágrima quase salgada. Sou uma canção de amor cantada por alguém desafinado. Consegue ouvir?
Sou o que sou agora mas às vezes me pego pensando no passado, e vejo o quanto mudei. O quanto eu fui, e o quanto dexei de ser. E vejo nas marcas deixadas pela parede, tudo que hoje mais odeio em alguém. O destino me deixou do avesso, e agora não sei se é mesmo eu quem estou errada. Deve ser.