Silêncio
Ventos não trazem mais
A remissão, ainda há de vir
Da paciência dos tempos.
Foi como um disparo
Tão rápido quanto uma bala
Disparada por um revolve.
Abandonou em um silêncio promissor
Um romance que fora corrompido
De um abismo agora faz teu leito.
O silêncio é esterilidade e hostilidade, é terreno baldio e é desumanização se por detrás dele não há uma palavra viva e comunicativa que crie convivência fecundadora de humanidade. Quando a Palavra se manifesta como presença e mensagem, o silêncio se torna meio indispensável para a escuta e o acolhimento. Escutar o esposo e a esposa, escutar os filhos, escutar os gemidos do coração, escutar os passos do Senhor batendo à nossa porta.
É no silêncio que tomamos consciência de nosso ser e de todos os seres. É fundamental o silêncio para que possamos ouvir a palavra das criaturas e a Palavra de Deus. O silêncio é o substrato necessário da palavra, a condição de sua existência e de sua integridade. O homem que não vive só de pão, mas da palavra, tem necessidade do silêncio para viver.
E as vezes o melhor é calar e engolir. Sua dor. Seu amor. Sua raiva. Seus pensamentos. As pessoas não querem palavras. Elas querem atitudes. Por mais que você fale, as vezes só o silêncio pode se fazer entender.
Intensidade de um minuto - Engole
Tempo de recomeçar...
Existe barulho lá fora.
Existe barulho aqui dentro.
O silêncio é um oceano.
Mar de meus pensamentos.
Muita vezes olhamos para alguém
e tomamos por julgá-la e depreciá-la.
Mas, só realmente quem sabe o que
passa, ou o que sente é que tem o
direito de opinar sobre si.
Se ela prefere o silêncio é por que
não quer ser cansativa em narrar
sobre suas cicatrizes ou problemas.
Afinal de contas é ela que terá de resolve-los.