Silenciar
Ninguém nunca conseguirá aceitar o barulho ensurdecedor do poder que algumas pessoa tem de silenciar aqueles que cometem o bem.
O silêncio é a revolta mais intrigante de um ser humano, silenciar nem sempre vai te fazer menor, mas, superior aos olhos daqueles que aguardam sempre um despertar de um ser aguerrido.
Mero silêncio, essência
Resta apenas viver o silêncio
Silenciar os sentidos,
E apenas viver essa essência,
Escrever, esse íntimo solidão
Pois viso olhares e pensamentos
De um mero admirador de palavras
Mais um em suma existência.
Cada vez que me calei foi para não magoar, mas hoje eu sei que nem sempre é bom silenciar. Se estiver doendo é melhor falar.
Ao contrário do que muitos dizem, você não deve silenciar-se diante de uma ofensa, no caso, quando esta ofensa vem de alguém que você convive todos os dias. Ficar calado, só vai dar liberdade para o ofensor continuar ofendendo.
É claro que você não deve responder, provocando outra ofensa, mas dizer: “Vamos resolver o problema, eu vou corrigir meu erro, mas a sua forma de falar comigo, me desrespeita, e eu não aceito que você me desrespeite.” Esta fala, olhando firme em direção aos olhos da outra pessoa, é poderosa, e mantém os limites para a boa e saudável convivência, num relacionamento de hierarquia.
O ofensor só se mantém, quando há um ofendido calado!
Não internalize uma ofensa, ela causa doença, verbalize-a, expresse os seus sentimentos de repúdio àquela ofensa, e depois esqueça,... proteja o seu coração!
Tergiversar, relativizar e silenciar diante da injustiça e opressão promovidas e defendidas por uma cultura/lógica estrutural e sistêmica Anti-REINO DE DEUS ( os impérios humanos com o espírito do anti-Cristo) é: CALAR a profecia e ESCONDER a capitulação por trás de uma MÁSCARA de PIEDADE e pseudo PACIFICAÇÃO.
O coração e a mente as vezes precisa silenciar pra entrar em sintonia com o Universo e entender o sentido da vida, o rumo a tomar, sentir a energia para seguir sabiamente!
As vezes o silêncio se faz tão necessário, que é preciso silenciar o enorme barulho dos maiores trovões das maiores tempestades que se formam dentro dos piores pensamentos da mente humana.
Silenciar
Eu tenho ficado muito quieta. Calada, em silêncio. Silêncio na boca e no corpo. Meu maxilar, acostumado com o tanto dizer, dói por tanto ficar imóvel.
Tenho aprendido muito na quietação:
- É preciso colocar um pano no chão quando for passar roupa, a água do ferro de passar fica pingando.
- É preciso varrer o chão após limpar a caixa de areia porque os farelos da areia se espalham por todo lado.
- É preciso secar a bancada depois da tampa da panela ser colocada lá, o vapor molha.
- É preciso ouvir mais os outros, e somente ouvir. (Muitas vezes as pessoas não precisam de respostas, somente de ouvidos atentos)
Quando silencia-se a boca, a mente começa a trabalhar mais e mais depressa. O coração sente mais e bombeia melhor o sangue. O corpo aprende a ouvir o próprio corpo e a consciência desata os nós das suas asas.
Os poemas passam a fazer sentido.
A música toca o sistema nervoso.
Com muita calma, antes de dizer bobagens, a boca - que antes era órgão auto-suficiente - agora concilia seus desejos faláticos com a língua, com os dentes, gengiva e cérebro.
Minha boca, de fato, nunca foi boca de dizeres bons. Aproveitava-se da carência, e lá deixava seu sermão, sem ao menos ser convidada para tal.
Meu músculo mais forte sempre foi a língua que em um complô envenenava cabeças, olhos e aortas.
A mão tentava escrever, mas a boca falava, não deixava calar a voz, nunca! E os textos, todos pequenos, com cara de mal acabados ou mal pensados, eram só uma pequena amostra do que a mão podia fazer.
A boca não se abre. O maxilar ainda dói severamente, mas a alma agora respira, agora permite a manifestação da existência, silenciosamente.
A boca agora só diz o pontual, somente diz o que o coração e a mente aprovam ser dito.
Há muita clareza nos sentimentos e no mundo exterior. Há compressão no mundo dos outros. Muda, a boca sabe se expressar melhor quando diz.
O que há boca? Tem medo do mudo? Tem medo da compreensão, restauração, modificação, rotação, translação e emudamento completo? Tem medo que os lábios se colem e nunca mais se abram por falta de exercícios?
Você não vai morrer ou atrofiar, você apenas está aprendendo a lidar com uma faceta sua que você mesma escondia; continue fechada, calada.
Você ainda pode cantar, mas somente boas canções, caso contrário, vai se manter fechada!
Você boca, é mais um pedaço meu que preciso controlar, assim como controlo meus sentimentos.
Controlo minha mente pra poder controlar você. Controlo minha carência, minhas vontades e receios.
Controlo todos os meus recheios para que você não seja leviana, abusada, indiscreta, indecente e folgada.
Você quer parecer que sofre com a mudisse obrigatória, mas a mudança tem libertado você. Os ossos da face andam menos desgastados.
Eu, realmente, tenho adorado a experiência do silenciar.
Muda eu mudo.
Muitas vezes é preciso silenciar, para poder meditar. A meditação é o alimento da mente, que exala sabedoria a alma vivente.
precisamos saber a hora
de falar ou silenciar
e também de calar ou gritar
se fazer ouvir ou emudecer a alma
deixar sussurrar a voz do coracao
com a melhor intenção
que pede uma especial atenção
à ação da natureza
que floresce em nós
nos reflete tamanha beleza
através da sua flor
ou será do seu amor
que se põe com fartura à mesa
servindo de bons sentimentos
e pensamentos a altura
para sermos realmente felizes
com flores e espinhos
com bondade e maldade
com boas atrações e chamarizes
porque a dualidade se encontra em nós
para dosarmos nossas emoções e razões
a respeito de todas as nossas diretrizes!!!
trago uma flor
pra acalmar o coracao
pra silenciar a alma
pra descansar o corpo
pra embelezar os olhos
pra perfumar a noite
pra oferecer aos anjos
pra Jesus que nos ilumine
pra que tenhamos paz
de espírito e muita luz
e um repouso merecido!!!
Diante dos horrores do pecado que nos estarrecem, silenciar a nossa voz em favor do evangelho parece revelar nossa cumplicidade com o mal. Até quando ficaremos em silêncio? Até quando a timidez amordaçará os nossos lábios? Até quando o mal patrocinará os seus espetáculos e nós nos acomodaremos como se tudo não passasse de estatística? Até quando nosso povo viverá a dormência da indiferença? Até quando?