Sexta
Quem sou eu 2
Pense na minha vida como um texto. Eu sou a décima sexta palavra.
Esse texto ainda está sendo escrito e eu estou à mercê da vontade do artista de me trocar, de me impor vírgulas, de me separar com hífen, de me dar ênfase com dois pontos e de me apagar se ele quiser. Agora pense, será que vale a pena estar à mercê do que alguém quer para você? Viva. Torne-se o autor do seu próprio texto. (Anne Caroline Barbosa)
Começinho de noite. Semana banal, terça, quarta, quinta, sexta... Estou me sentindo muito triste, e eu acho que isso tem sido frequente demais e muiiito chato. Mas, o que vou fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura...
Pensamentos e questionamentos sobre o amanha, o depois, trabalho, amor... o que vai acontecer? Aí eu retruco com um NADA A VER! Sossega menina! O que vai acontecer acontecerá. Relaxa baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará o que te pertençe e levará o que te serve mais...
E aí em meio coisas meio essas coisas ingênuas, que a gente faz sem pensar, meio burras, eu vinha pensando muito naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar...olhar as pessoas, as coisas, a maneira como uma folha cai com uma brisa...
E me vi chorando, só chorando, sem escândalo, sem gemidos nem soluços, uma semana estranha, uma noite NÃO dormida, um dia estranho e frio. Frio não de temperatuda, frio comigo, resplandecendo minha infelicidade...
Agora vou pra casa, dormir quem sabe. Tentar. Acordar de manhã e ver se posso mudar a história do domingo nessa calendário semanal que acabei de escrever.
O que importa não é com quem você quer ficar sexta à noite, e sim, o sábado inteiro.
E eu quero passar todas as segundas, todos os sábados com o Sérgio. Pra sempre.
Sim, vivem me dizendo que tenho um defeito, eu acredito no amor verdadeiro.
Sérgio é o meu grande e infinito amor verdadeiro.
HOJE É SEXTA-FERIA, vá, curta, pegue quantas mulheres você pode pegar, afinal você é jovem, desimpedido, não tem receios e é cheio de AMIGOS, então vá com muita sede ao pote e não esqueça, em meio a isso tudo se cuide, pois eu estarei aqui cuidando de você em meus pensamentos, apenas isso, se cuide. Depois vá aqueles lugares que você costuma frequentar e não esqueça de dizer que é solteiro, sim, isso mesmo SOLTEIRO, aí consiga mais algumas mulheres lindas e gostosas para acariciar seu ego, logo depois olhe seu celular lá terá uma mensagem minha, olhe para a mensagem e não responda, de preferência apague. Vá, volte a curtir sabe porque?
Porque ninguém vai conseguir te mudar, só você mesmo. Enquanto você esperar ser mudado por pessoas, suas tentativas serão frustradas. Um dia, a vida mesmo vai se encarregar de mudar seu rumo.
"Minha Santa Catarina,
vós sois a flor divina...
Em sexta-feira da paixão
foste a casa de Adão,
encontraste três mil homens
bravos como um leão...
Todos eles abrandaste
pela palavra da razão...
assim vos peço que abrandeis
de M.S.C o coração..."
Eram 8 da noite de uma sexta feira. Mal sabia que essa sexta feira era o início de toda a minha vida até hoje. E passa tudo pelos seus olhos e você se pergunta: já faz um ano que eu estou amando o mesmo sorriso. Tempo demais não é? É tempo pra caramba se quer saber. E entre idas e vindas descobri a pouco tempo de que na minha vida era só ele. Nesse 1 ano me envolvi com outros nomes: Rodrigo, Erick, David, etc. Convencia mim mesma de que estava fazendo a coisa certa ignorando o nome tatuado no meu coração. Enxergava tem todos o rosto dele, enxergava em todos os meus sonhos o sorriso dele. E agora é tarde demais? NÃO. E nunca será porque como diz a música "Quando a gente fica junto tem briga, quando a gente se separa saudade.. Quando marca um encontro discute, não conheço um amor tão covarde."
Um relacionamento de um vaqueiro é bem assim: Na sexta estão namorando, no sabádo já tão casados, no domingo estão brigando e na segunda separados.
Sexta feira, meio dia, não sei o que fiz nesta semana e com certeza se fiz algo não ficará marcado em minha vida, meu diário cada dia poucas linhas, mais tenho a certeza de uma coisa essa fase de capítulos curtos ja, já acabará e um capitulo cheio de suspense e emoções breve chegará. pelo menos assim espero.
19 anos ele tinha...
Era só mais uma sexta a noite
O computador ligado com o Word aberto, e o cursor que piscava
Uma garrafa de wisk ao lado, e pela janela na rua chovia
Já era tarde, e com a solidão ele bebia, outra dose de saudade, misturada com melancolia
Quase 5 da manha, e na rua... chovia chovia
Uma simples noite chuvosa, uma garrafa de wisk barato, um garoto de 19 anos, sozinho no quarto
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...
Nove de Outubro de 2015, Sexta-feira, 7:45h da manhã.
Avistei ao longe um casal de velhinhos já octogenários. Ela na frente, os pés inchados por alguma patologia, arrastava com dificuldade um carrinho de feira vazio. Ele, logo atrás, magrinho-de-dar-dó, se equilibrava em uma bengala em passos trôpegos. Verdade que não havia faixa de pedestres ali; rua tranquila, sem outros carros passando. Parei o meu e fiz sinal para que pudessem atravessar calmamente, não me custando nada esperá-los. Um meio sorriso se esboçou na fronte da senhorinha e, passo a passo, foram tomando a rua rumo ao outro lado. O senhorzinho segurou o ombro de sua senhora com uma mão para dar impulso ao passo e ajudar a bengala em seu equilíbrio, vagarosamente.
Avistei pelo retrovisor uma motociclista que vinha logo atrás em uma velocidade baixa, mas suficiente para que eu pudesse colocar o meu braço para fora e balançá-lo, em sinal de “venha devagar… mais devagar”. A motociclista ignorou o meu gesto, ignorou a esquina… possivelmente embalada musicalmente pelos fones de ouvido logo abaixo do capacete. Ultrapassou o meu carro e freou bruscamente em cima do casal de velhinhos. O susto foi tamanho que os dois foram ao chão… corpos, bengala, carrinho de feira, respeito, civilidade. Tudo caído no asfalto.
A motociclista continuou “empinada” em sua moto e não fez nenhuma menção de ajudá-los, não moveu um músculo sequer… e eles estatelados no chão. Abri a porta do meu carro e saí e, antes que eu pudesse fazer algo, o velhinho, com toda a dificuldade e com certa rapidez olímpica para a sua idade, se levantou do chão, levantou a sua senhora com os joelhos ensanguentados e pegou a sua bengala. Em pé na porta do meu carro, pude ver uma cena similar às populares surras que ocorreram nas novelas globais “Senhora do Destino” e “Celebridade”. O velhinho, juntando as forças de seus braços magros, “empunhou” a sua bengala como se fosse uma espada e, como se tivesse tomado um elixir da juventude, desferiu golpes na motociclista posuda. Um, dois, três, quatro, no retrovisor da moto, no ombro dela, no tanque na moto, nas pernas dela. Aí sim, ela reagiu, se movimentou, pois AGORA sim, era com ela, antes não! Ela começou a gritar “velho louco! velho louco!” e ele, com a sua “bengala-sabre-de-luz”, tentava fazer alguma justiça com as próprias mãos, ainda muito trêmulas, pela idade e também pelo susto.
A motociclista arrancou a sua moto dali “gesticulando palavrões” deixando o velhinho ainda agitado e nervoso. Deixei o carro em direção aos dois para prestar alguma ajuda, pois os ferimentos físicos e emocionais eram visíveis. Peguei a minha garrafinha de água e ofereci a senhorinha sentada na calçada. Perguntei se poderiam entrar em meu carro para levá-los até o Pronto Atendimento, mas não aceitaram, alegando que estavam bem e precisavam fazer a “feira do mês”, em um supermercado próximo dali. Se levantaram, sacudiram a poeira; a senhorinha enxugou o suor e as lágrimas com um roto lenço, ajeitou seus cabelos e também o boné na cabeça de seu senhor, e, ambos, continuaram os seus vagarosos passos apoiados um no outro (creio agora que mais tristes e decepcionados do que quando se levantaram pela manhã).
Isso tudo não durou 5 minutos de relógio, e escrevo para que fique uma pequena eternidade em registro. Foi tudo muito rápido, mas não pude deixar de notar que, no veículo da descerebrada motociclista estava adesivado: “Livrai-me de todo mal, amém”.
No mínimo, irônico.