Seus Devaneios
Devaneios
Muitas vezes me sinto flutuar
Livre, solta no ar.
Devaneios?
Não, leveza...
Alma translúcida...
Sensibilidade aflorada.
Jeito de menina sonhadora
Imagino meu mundo suspenso
Na carona de um belo pássaro
De asas multicoloridas
Alço voos... Me desafio
Vou além...
Almejando um porto
Um lugar lindo para pousar.
No alto de uma montanha
Deslumbrar a paisagem
A vida...
Ou a sombra de uma árvore
Descansar... Repor as energias
Para voltar a realidade.
Com o coração abastecido de paz
E a alma lapidada pela luz
Que ilumina meu ser...
Derramo nos meus versos
Meus devaneios,
Escrevo sem sentido
O que sinto é a dor da solidão
O vazio que cresce
O silêncio que alimenta
Abraço tudo
Uma bagunça completa
Não consigo arrumar.
Eu sou isso descrito em poesia
Perdido em meio ao caos do viver.
Se não podes curar alguém dos próprios devaneios, da fuga constante da realidade, cuide para não adoeceres junto, para não viveres à margem da tua sanidade
"As heranças das lembranças e devaneios,
não adianta nada. Podemos ter tudo,
mas é preferível não ter nada.
O melhor e seguir em frente sozinho."
DEVANEIOS:
Sozinho, em meu quarto estou
A janela entre aberta seduz a brisa fria
A entrar
Sobre a platina está
O cálice já embriagado com o licor
Que faz acalmar
O orvalho da madrugada fria
Sucumbe em meu corpo nu
E me faz despertar
A aurora já adentra
As frestas da janela que não mais
Entre aberta está
Meu corpo ainda moribundo
De uma noite ébria
Me faz delirar
Procuro-te ao meu lado
Não tenho teu corpo febril
A me deleitar
Assim desperto
Para mais um dia em devaneios
Me embriagar.
Estranho Medo
Escrevo agora sobre angústia e solidão,
Antes descrevia amor, sonhos e devaneios,
Estranho certas coisas, pois estranha é a decepção,
Tristes são as páginas do diário, nem sei o que anseio.
Estranho medo, esse que de repente chegou pra ficar,
A estranheza mais profunda que um ser pode ter,
Estranho até a alegria que vem e vai sem avisar,
Me diga alegria, o motivo de ir, me explique o porquê.
Coração sangra, grita em meio as decepções,
Murmurar num adianta, nem devolve a certeza de outrora,
Certeza que iria acalmar esse turbilhão de emoções,
Estranho medo, que trouxe pesadelos para esse homem que chora.
As palavras me fogem quando mais delas preciso,
Me fugiu a alegria, causando-me imenso pavor,
Onde está ó esperança? Devolva-me o precioso sorriso,
Estranho medo que me faz estranhar até mesmo o amor.
Tenho tanto dentro de mim, queria ser muitas.
Em meus devaneios, me pego a flutuar, e a imaginar a vida que está a me esperar...
Sou seu mocinho ou seu bandido...
Eu sou o caos que te acalmou...
Sou o exílio dos teus sonhos perdidos..
Quem sabe a fuga da sua própria dor...
Posso ser o medo que te entrega o beijo...
E a coragem que te refaz no olhar...
Sou o teu ódio ,a sina perfeita...
Eu sou o delírio que te faz Amar!
Ao som do badolim se guarda memórias e se encontra no seu lugar, enquanto se rompe a madrugada e a vida continua assim.
Quem não sonha e muitas vezes sorri de seu próprio sonho?
O importante é sentir energia boa. Nem que seja devaneando!
Solidão
Por vezes odiada e temida
Se faz presente e companheira com seu silêncio assustador.
Por poucos desejada e procurada
Se faz ausente e foge indolente deixando pra trás sofrimento e dor.
Decifra-me ou te devoro...
Decifra-me e te devoro mesmo assim!
Eu quero morar no passado
Exatamente naquela noite
Que me abraçou
Me sentou no seu colo
E me disse que ia cuidar de mim
Para sempre
Foi onde me sentir segura
Muito feliz
E acreditei em cada palavra
...
CORPORE
Tudo começou numa tarde de sábado.
Tinha agendado um atendimento no seu espaço.
Ainda me lembro de cada movimento e palavras trocadas.
A energia que circulava no ambiente e aquela luz, que parecia uma sessão de cromoterapia.
Muitas coisa foram ditas que alcançou uma profundidade na qual eu não sabia que era possível.
Solidão, bem, oportunidade, rasteira, oportunismo, família e outras coisa que não podem ser ditas.
Acabei no meio do caminho desejando um relacionamento que talvez nesta vida não se concretize, mas na próxima quem sabe.
Não pude me despedir de uma maneira adequada, mas logo te encontrarei no caminhar da minha estrada.
THIAGO RIBEIRO DOS SANTOS
02/08/2020
Tornei-me um ébrio nas palavras e sem que elas me abandonem tornei-me seu principal amante, viajando nos seus versos, e entregando a elas flores de cada estação.
Tenha o céu como o seu o objetivo e nada lhe faltará, tenha a terra como sua eterna morada e nunca alçará nada.
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