Seus Devaneios
Devaneios
Muitas vezes me sinto flutuar
Livre, solta no ar.
Devaneios?
Não, leveza...
Alma translúcida...
Sensibilidade aflorada.
Jeito de menina sonhadora
Imagino meu mundo suspenso
Na carona de um belo pássaro
De asas multicoloridas
Alço voos... Me desafio
Vou além...
Almejando um porto
Um lugar lindo para pousar.
No alto de uma montanha
Deslumbrar a paisagem
A vida...
Ou a sombra de uma árvore
Descansar... Repor as energias
Para voltar a realidade.
Com o coração abastecido de paz
E a alma lapidada pela luz
Que ilumina meu ser...
Desde muito cedo, crio meus próprios mitos para não embarcar nos devaneios e nas fantasias de ninguém.
a vida é cheia de devaneios porque a vida é feita de simplicidade a simplicidade é a felicidade pura
Com um notório atrevimento,
compartilho contigo um dos meus devaneios,
que se for também da tua vontade,
um dia pode vir a se tornar um fato,
estávamos a sós, à noite, no sofá do meu apartamento, como sempre,
estavas maravilhosa e depois de conversarmos um pouco,
fomos logo pra o que nos interessava naquele momento,
então, sentaste no meu colo
de frente pra mim,
calmamente, fui acariciando as tuas pernas,
levantando aos poucos o teu vestido,
em seguida, segurei com firmeza as tuas nalgas,
enquanto nos beijávamos intensamente,
rapidamente, terminamos de nos despir,
a partir daí, as coisas começaram a esquentar ainda mais,
pois estava evidente o nosso desejo,
o teu fogo era insaciável
e, claro, precisei correspondê-lo
e com muito gosto, comecei a atíçá-lo,
já que estava do mesmo jeito
com a temperatura elevada,
assim, sem perder tempo,
minhas mãos deslizaram pelas tuas costas, deixando-te envolvida
em meus braços, trazendo o teu corpo
pra junto do meu, demonstravas
um querer na mesma proporção,
senti o perfume no teu pescoço,
a maciez dos teus cabelos volumosos
e cacheados, ficamos em êxtase
com os batimentos dos nossos corações num ritmo acelerado,
fiquei ainda mais extasiado
quando te fiz suspirar,
portanto, nossos corpos ficaram
muito suados,
aquecidos pelo o nosso prazer,
nenhum segundo foi desperdiçado,
que esta ocasião possa, de fato,
vir a acontecer.
Querida, agora confesso que, nos meus pensamentos, sonhos e devaneios, já ficamos juntos, até saboreei os teus beijos através da maciez dos teus lábios carnudos, senti o teu cheiro, um perfume delicioso, além de outros frutos do meu desejo intenso de desfrutar dos teus encantos.
Também compartilhamos sorrisos e olhares, estavas provocante com um tom de vermelho nas tuas vestes, cabelos lindos e soltos, então, demonstramos afetos de verdade sem nenhum sinal de fingimento, assim tivemos momentos calorosos de reciprocidade, tiramos um bom proveito do nosso tempo.
Infelizmente, muito provavelmente, isso não se tornará realidade, entretanto, pelo menos, posso pensar em ti, sonhar contigo visualizando com nitidez na minha mente cada detalhe aprazível do teu ser, da tua presença simplesmente marcante, sem dúvida, uma linda mulher, cuja essencialidade é emocionante.
Ainda
" Se aquietas a alma
aceitas as ventanias
e os devaneios do destino
todas as manhãs.
.
Ainda que rompas laços
nós, pedaços entrelaçarão
legados, portas, estradas
viagens...
.
Águas puras banham
o centro do ser.
passados e futuros
emergem nos desejos e saudades.
.
Viver a agonia
ela é tempero da vida
pulsar, pulsar, pulsar
e florescer...
" Deveria sobreviver
a duras crises, faltas
devaneios
renascer sempre
invertendo a lógica do abandono
sendo supremo, imortal
digno de eternidades
de abraços apertados
de farto tesão
e sendo apenas amigo
pudesse acompanhar sem pretensão
apesar de audacioso, imprevisível
ah!! o amor
antes fosse um oásis
que matasse a sede do mundo
mas é miragem..
E de repente me vi de frente aos moinhos
Dos devaneios
Dos desalinhos
Dos anseios
Não me calei
Caminhei...
A culpa, é da lua
deixou a noite fria e nua
de sonhos e devaneios...
E nesta ausência os anseios,
viraram penumbra
e o poetar uma rumba...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Sorte
Nos sulcados do cerrado
Deslizam linhas do meu fado
Enrugadas, ressequidas
Nos devaneios perdidas
E de tão solitários dias
Mastigando os fardos,
em poesias.
São trilhas tão plangentes
De passos tão descrentes.
E desde então, caminho
Poetando, descalço e sozinho...
Luciano Spagnol
23/05/2016, 22'46"
Cerrado goiano
andeja
minha poesia é onde vou
um aconchego, um amor
aí eu finjo que ali estou
uns devaneios ao dispor
então rumo pra outro voo
minha poesia é sertaneja
come perna de cachorro
sem parada, assim seja!
vai, sobe e desce morro
e outro acaso nem planeja
andeja!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 16 de outubro
Cerrado goiano
CUIDA DE TI, CORAÇÃO
Cuida de ti, coração, pra não ter desgosto
Mais, nos teus devaneios e tuas quimeras
Numa dança das abaçanadas atmosferas
Insista naquele poético âmbito proposto
Mostre a sensação e o espírito composto
As batidas meigas, dispostas e tão meras
A esperança que nos desejos são esperas
Deixai a alma saciada, tão cheia de gosto
Cuida de ti, ó coração, sem o duro temor
Sente e perceba o teu melhor aonde for
Arranca do teu peito essa sofrida ferida
Sempre tem a quem se dar na tal certeza
Aquele olhar, os mimos, a doce gentileza
Sem ficar, à beira, tão disperso... te cuida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 fevereiro, 2022, 19’19” – Araguari, MG
DEVANEIOS POÉTICOS
A poesia, por vezes, me parece tão alada
De sentimento astral, rimas borbulhantes
Tão tênue, livre. A sorte no versar colada
Num voo romântico, assim, dos amantes
Às vezes, tento ao comovente pôr um fim
Reviver as saudades que não voltam mais
Sofrer as sofrências, pranto, fazer motim
E desejar, então, ali ficar sentado no cais
Às vezes, quero ser sem ter uma vibração
Sentir sentimentos que nunca a eles ousei
Mas, de verdade, sempre caio na sensação
Do amor, de amar, sorrir e o que apaixona
Onde os cantos são todos galantes, eu sei:
- ornados com uma poética que emociona...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 setembro, 2021, 15’51” – Araguari, MG
ATANAZAR
Viste-me abatido um dia no caminho
em devaneios de que, nem eu o sei
ó aperto no peito, assim, eu lhe falei:
Cara poesia. Na jornada indo sozinho
Trovei, e rimei, foi por entre espinho
E em nenhuma postagem descansei
Em cada uma loa que por ela passei
Saudei! Umas até degustando vinho
E neste poetar pedregoso, solitário
Os pés deplorando em um calvário
Imolado. Eu num canto, no entanto
Ao chorar o prazer em um dejejum
Tu e eu poesia. Em drama comum
Versejamos com o mesmo pranto
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18/10/2020, 14’13” – Triângulo Mineiro
Xis
Não me perdi numa ilusão. Perdi-me
Na incoerência, entre os devaneios
E no poço sem razão encontrei-os
Débeis, onde a cortesia os oprime
E num inconsequente e fatal crime
Duma imaginação, tive sonhos feios
Onde a inspiração de olhares cheios
Da mesmice, deixou de ser sublime
Mas há tempo no bem, compreenda
Não só os que se tem, - os fugitivos
Os da fé do amor que não nos infama
São tais como o andejar de uma lenda
A alma terá sempre os homens vivos
No afeto, ardentes como uma chama
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018, 14
Cerrado goiano
DEVANEIOS
Quantas vezes, em sonho, as asas da ilusão
Flechado pra onde estás, e fico ali no vazio
Me perdi nos devaneios, e então a solidão
Em um deserto agridoce: de amargor e frio
Angústia, minh’alma voa, quer outra direção
Soluça na treva, triste realidade que arrepia
Sonhos que mais parecem querer confusão
Estirado sob o céu, do cerrado, árida folia
Quantas vezes, a imensidão, assim calada
De cada canto passado, o olhar espantado
Via minhas lembranças no beiral debruçada
Quantas vezes, quantas vezes, a passividade
Da noite, num luar tão sedento e desfolhado
Fez lagrimejar cada versar de uma saudade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SEM UMA PRESENÇA
Não tenho a quem recitar os meus versos
Dos devaneios, medos, do poetar de amor
Com emoção, sensação, de rumos diversos
Colocando sentido e sentimento ao dispor
No silêncio, sem um olhar pra permanecer
Logo, a solidão poeta e o poeta na solidão
Declama os seus versos para o amanhecer
Tentando poetizar a prosa sem interação
É triste a quem não ter os versos para ler
A cada momento o ledor sem comparecer
E no tormento a imensidão da indiferença
Então, o instante é de companhia distante
E o poema fingindo ser um acompanhante
Quando, a poesia é fira sem uma presença
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2022, 19’25” – Araguari, MG
INTENÇÃO
Naquele sentido pensativo e abandonado
Onde trago devaneios tão cheios de sede
instantes de tédio, enquanto se despede
o pôr do sol, só tenho, saudades ao lado
Com o pensamento num canto da parede
Crio ilusões, entrançadas tal um bordado
No silêncio do anoitecer por cá no cerrado
Ó tormento lavrado, que emoções impede
Dá-me um soneto cheio de cor e quimera
Junto, entre flores, arrebatado sentimento
Em um cenário de sentimental primavera
E, ainda carregado, não sensação pouca
Se o suspiro leva, que seja um momento
Quero poética que rime com beijo na boca
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 julho de 2023, 19’31” - cerrado goiano