Seus Devaneios
Xis
Não me perdi numa ilusão. Perdi-me
Na incoerência, entre os devaneios
E no poço sem razão encontrei-os
Débeis, onde a cortesia os oprime
E num inconsequente e fatal crime
Duma imaginação, tive sonhos feios
Onde a inspiração de olhares cheios
Da mesmice, deixou de ser sublime
Mas há tempo no bem, compreenda
Não só os que se tem, - os fugitivos
Os da fé do amor que não nos infama
São tais como o andejar de uma lenda
A alma terá sempre os homens vivos
No afeto, ardentes como uma chama
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018, 14
Cerrado goiano
DEVANEIOS
Quantas vezes, em sonho, as asas da ilusão
Flechado pra onde estás, e fico ali no vazio
Me perdi nos devaneios, e então a solidão
Em um deserto agridoce: de amargor e frio
Angústia, minh’alma voa, quer outra direção
Soluça na treva, triste realidade que arrepia
Sonhos que mais parecem querer confusão
Estirado sob o céu, do cerrado, árida folia
Quantas vezes, a imensidão, assim calada
De cada canto passado, o olhar espantado
Via minhas lembranças no beiral debruçada
Quantas vezes, quantas vezes, a passividade
Da noite, num luar tão sedento e desfolhado
Fez lagrimejar cada versar de uma saudade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SONHOS E DEVANEIOS
Márcio Souza. 15.02.18
Farei da luz do sol a nossa chama,
Da luz da lua e das estrelas o abajur,
Das brancas nuvens o leito e nossa cama,
Toda ela enfeitada pelo Cruzeiro do Sul.
Sentirei no meu corpo, o teu corpo presente,
Em perdidas insânias de amor quase loucas,
Para saciar meus desejos e ânsias carentes,
E extrair dos teus lábios beijos da boca.
Assim, em sonhos e devaneios, vou tecendo,
Nesse jogo de fantasias e de ilusão,
Essa volúpia de estar amando e te querendo,
Numa doce mistura de amor, fogo e paixão.
Regresso-me às rotinas do outro dia,
Ao receber de ti o bálsamo que me acalma,
Meu coração feliz de amor se extasia,
Ao alimentar-me da fonte da tua alma.
E nessa aventurosa história de amor,
Despedimo-nos da noite ao romper do dia,
Desperto-me ao teu lado, tu perfumada flor,
Para refazermos, aos poucos, as energias.
Márcio Souza
(Direitos autorais reservados)
Imagem: Google.
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O sonho
Dormi e sonhei
que beijava-lhe
o corpo inteiro
fazendo-a perder-se
em devaneios.
Acordei despindo-me...
Em meus devaneios apenas um caminho, que leva até você... pensa em mim? Porque meus pensamentos estão sempre em você e queria muito que nos seus eu me fizesse presente também... para não me esquecer.
Você está a um clique e algumas palavras escritas mas receio não poder lhe dizer o quanto sinto tua falta. Você não responderia e manteria seu silêncio e eu continuaria distante de você. Triste destino que ousou me desafiar amar...
Nos encontramos como se estivéssemos esperando por esse momento há muitas vidas e nos separamos como se nada tivesse acontecido para você. Triste história a minha, refém de algo que não chegou a se firmar no tempo porque você não teve coragem de viver...
Naveguei em mar de sonhos, me encontrei como náufrago em devaneios dos meus pensamentos, ó amada minha eu procuro seu porto seguro para enfim ancorar meu coração sofrido.
Devaneios em mim
É certo que tentei falar,
tentei falar com a lua,
mas ela, tão longe,
... pôde ouvir não.
Tentei alcançar uma estrela,
dessas que vivem ainda,
mas ela, tão longe,
... pôde ouvir não.
Tentei acompanhar o riacho,
mas tanto ele corria...
que não pôde ouvir não.
Tentei falar ao passarinho,
mas ele tanto cantava,
que não pôde ouvir não.
Então falei para mim,
falei, ouvi e parei...
então percebi, senti
sorri... estou aqui.
Escrevo versos
Para tornar público
Todos os meus devaneios
Em desejar teu peito desnudo.
E saber
Que de todos os amores
Que só quiseram colher
Você me plantou flores
Tu es ma personne, por Castro
Desde muito cedo, crio meus próprios mitos para não embarcar nos devaneios e nas fantasias de ninguém.
Devaneios
Nos meus sonhos
Todos loucos
Passo a passo eu te encontro
Me desnudo
No teu mundo
É só um sonho
Sozinha ali estou
Pensamentos a voar
Queria você aqui
Mas longe você está
Me envolver nos seu braços
Sentir o seu toque suave das suas mãos
Seu coração a pulsar
Sua boca a me tocar
Seu olhar
Me observando
E seu coração pulsando
Dizendo estou aqui
E juntos vamos ficar
Corpos enlaçados
Já não quero acordar
Sonho bom
Já está na hora de acordar?
Devaneios de Um Caipira
Ah de haver o tempo
Tempo necessário
Necessário para viver
Viver meu sonho
Sonho simples em ser
Ser o homem que me dou feito
Feito no barro.
Do rio atrás da casa "humilde" de meus pais
Ah de haver o tempo
Tempo necessário.
Para aquela dor suave, mágica e imensa em ser criança
Em minha rua
Em minha escola
Com meus amigos de infância
Com meu amor de infancia
Com meus Padrinhos
Enfim, as cores que me forjaram
Ah de haver o tempo
Do sonho em novamente ser criança
Não qualquer criança, mas aquela criança que ainda sou.
Ivan Madeira
JAN2021
A chuva esbraveja na minha tristeza...
Minhas alegrias são parte dos maiores devaneios...
A música tornasse gotas de chuvas...
O orvalhos estremecem com luz do luar...
Sob devassas abstinências das brumas
Tenho sonhos que esperanças se deseja
A lucidez apenas amarga a solidão...
Bebendo suas gotas e murmúrios
Na questão da dor mais forte...
Muitas vezes é difícil compreender...
Mais a chuva alimenta minha alma...
Nada posso lembrar até que enfim adormeço...
E nas profundezas acordo...
No abismo platônico te sinto...
A luz do amanhecer seria linda demais
Mas desejo continuar a sonhar pelas madrugadas chuvosas.
Devaneios
Tudo é ilusão, passageiro!
Você pensa que está ali, protegido
pelo amor de outrem, por alguém.
Mas aí você percebe, por derradeiro,
Que está só, só você e mais ninguém.
Só eu posso me perdoar.
Somente eu a me amar.
Sem crítica ou cobrança.
Eu, nesta solitária dança,
De viver, de respirar, de estar.
ATANAZAR
Viste-me abatido um dia no caminho
em devaneios de que, nem eu o sei
ó aperto no peito, assim, eu lhe falei:
Cara poesia. Na jornada indo sozinho
Trovei, e rimei, foi por entre espinho
E em nenhuma postagem descansei
Em cada uma loa que por ela passei
Saudei! Umas até degustando vinho
E neste poetar pedregoso, solitário
Os pés deplorando em um calvário
Imolado. Eu num canto, no entanto
Ao chorar o prazer em um dejejum
Tu e eu poesia. Em drama comum
Versejamos com o mesmo pranto
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18/10/2020, 14’13” – Triângulo Mineiro