Serviço
FALSO ORGULHO, FRACA AUTORIDADE - outro problema na Universidade é o da hierarquia. Lembro-me de uma ex-funcionária que gostava de me dar ordens grosseiras por telefone. Como não lhe reconhecia a voz, perguntava de quem se tratava e ela, asperosa, berrava: "Sou Fulana da REITORIA". Bem, nem da Reitoria era, estava no terceiro ou quarto escalão. Certo dia, cansado, resolvi atendê-la com mais rigor e arquitei uma saudação bem fraterna nas ruas da cidade, onde, frequentemente, nos encontrávamos. Acabou a novela. Há quem se ache que a Pós-graduação é mais importante que a graduação. Eu não penso assim. A Universidade jamais fechará os cursos de graduação e manterá os da pós-graduação. O mais importante da universidade são seus alunos e o povo que nela não está, depois TODOS nós, sem hierarquia.
Servos, apenas servos.
Quem daqueles crentes, que viveram no primeiro século ou que vivem em lugares em que a igreja é perseguida, poderia imaginar que haveria um tempo em que o evangelho pode ser livremente pregado? Ou, que haja outro lugar em que se pode falar de Jesus sem correr o risco de ser queimado vivo?
Quem deles acreditaria se lhes fosse dito que há um tempo e um lugar em que as Bíblias podem ser livremente comercializadas e, algumas, mais baratas que uma passagem de transporte público?
Somos privilegiados. Temos acesso livre às Sagradas Escrituras. Liberdade de culto. E, ainda assim, não nos aproximamos quilômetros do amor que aqueles crentes tinham quando testemunhavam de sua fé.
O que se passa com a igreja do presente século? Esqueceu-se do seu chamado? Esqueceu-se de qual é o seu chamado? O que aconteceu com os profetas, pregadores, pastores, líderes dos dias atuais? Por que tantos querem ser ovacionados, aplaudidos e elogiados? O que aconteceu com aquele maravilhoso aprendizado do maior de todos os mestres, Jesus, quando, sendo Senhor, lavou os pés dos seus discípulos? Será que confundimos o nosso chamado?
Não fomos chamados para sermos senhores, mas servos. Apenas isso.
Não fomos chamados para sermos estrelas, apenas servos.
Não fomos chamados para sermos brilhantes, apenas servos.
Não fomos chamados para sermos “grandes homens de Deus”, apenas servos.
Se na nossa vida ninguém notar o nosso trabalho, se não nos honrarem com os lábios, mas, se vivermos como servos já estaremos cumprindo com o nosso chamado.
Queridos, sejamos servos... apenas servos.
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Conheço pessoas cuja profissão resume-se a "concurseiro". Questionadas sobre o porquê de tamanha determinação, a resposta na maioria das vezes é "estabilidade". O que me intriga e ao mesmo tempo enternece é a concepção de estabilidade e a motivação que as levam a ingressar no serviço público; concepções e motivações essas que, via de regra, não incluem o cidadão que deveria se beneficiar de seu ofício - tampouco da qualidade deste serviço. Eis que nos deparamos constantemente com um sem-número de funcionários que não cumprem seus horários, tiram licenças abusivas, não cumprem metas - sequer as estabelecem -, agem com descaso, negligência e desrespeito frente a seus semelhantes (são cidadãos prestando serviços a cidadãos), realizam o trabalho de forma medíocre e, como é endêmico em nosso imaginário, distancializam todos os problemas que afligem a população, delimitando um círculo bem claro do qual todos eles estão excluídos. Não gosto de generalizar, e felizmente conheço pessoas que honram sua profissão, independentemente de qual seja o setor no qual atuem, mas, basicamente, o que sinto é vergonha, tristeza, sinto raiva e sobretudo impotência por saber que essa não é uma realidade que mudará com uma ou outra gestão partidária.
O funcionalismo público é como um sistema de catracas sem a maioria dos dentes. Não gira por si só e não permite o todo girar. Precise de um serviço público que você vai entender. É a catraca banguela.
O trabalho é um recurso indispensável para quem deseja eternizar suas benfeitorias pelos caminhos da vida.
O resultado de um trabalho bem feito traz consigo, além de progressos mútuos, mais inspiração para nos mantermos úteis e produtivos.
Deus é grande demais, e eu sou muito pequeno. No temor não busco intimidade, servi-lo, enquanto estiver por aqui já me satisfaz. A intimidade deixo pra usurfluir na eternidade.
“não faço vistas grossas nem ouvidos moucos aos descalabros protagonizados, diuturnamente, seja na educação, seja em qualquer outra ambiência do serviço público. O estado deplorável de tudo que aí está, acredite, só seria transformado com a obrigação inexorável de quem se coloca como servidor público, também ter de utilizá-lo.” Gladston Ribeiro Jr.
Em 2020 um vírus nivelou os países. Ao passar pelo mesmo problema, cada um revelou sua maturidade política, social, econômica e moral. Ao final, todos aprenderam que é preciso valorizar o essencial.
O excesso de burocracia está tão arraigado nos servidores públicos que o comparo ao racismo estrutural. As leis já mudaram, mas o comportamento histórico é repetido até mesmo inconscientemente pelos indivíduos. Ou seja, na prática, nada muda.
Frequentemente pessoas me perguntam como podem vender melhor. Antes de vender qualquer coisa você deve ter a certeza de que acredita no seu produto e que ele verdadeiramente será a melhor opção para as pessoas. Sem essa convicção seu discurso não será suficientemente convincente.