Sertão

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EU SOU NORDESTINO E EU SOU SERTÃO - João Nunes Ventura-03/2019

Sou nordestino hoje vivo no Ceará
Embarquei pelo rio São Francisco,
Quem sabe cantando eu levo você
E se for do sul venha meu coração,
Eu sou nordestino e eu sou sertão
A terra amada sonho do meu viver.

Inserida por joaonunesventura

Me enche os olhos
E de alegria o coração
Ao ver a chuva
Banhar esse sertão.

Inserida por GerlaniaFelix

NORDESTE LAR.

Nordeste Deus quem fez
nossa terra prometida
no sertão tem escassez
no litoral água fluída
e que vem com sensatez
passa férias uma vez
e quer ficar pra toda vida.

Inserida por GVM

O fato é que Deus
Insiste em olhar
Para o homem no sertão
Para o homem do campo
Para os bêbados de ilusões
Para a mulher que lava a roupa
Mas que canta.

No sertão!

Aqui eu tenho felicidade
nos arvoredos do sertão
a comida é de qualidade
e faz gosto a educação
aqui não tem ansiedade
só paz e tranquilidade
e muito amor no coração.

Guibson Medeiros.

Inserida por GVM

FEITO DE GADO

O que é feito d'aquele gado
tocado, lá no alto do sertão
piola, boiadeiro bravo
berrante tocando fado
estralo na palma da mão.

O gado que passou porteira
ploc-ploc, pelo chão...
Cruzou rios com piranhas
alvoroçou grandes façanhas
... Poeira amor e paixão.

O que é feito d'aquele gado
do sol quente pirambeira
lua fria escuridão...
Que passou pelos quatro ventos
curandeiros e seus ungüentos,
coloral pimenta açafrão.

O que é feito d'aquele gado
e do pasto secando no campo
d'aquele ar tísico no tempo
da distancia ao sentimento
das lagrimas enxugando encanto.

D'uma saudade adoidada
vivendo os sonhos do amar
d'aquela flor na estrada
do amor por quase nada
chorando além do mar.

O que é feito d'aquele gado
que passou pela corrente
do rio cheio de peixe
do rastos da estrela cadente...
do sangue brotando n'água
da fogueira conto de fada
da chuva nascendo semente.

O que é feito d'aquele gado
do sol escaldante do dia...
Da sombra d'aquele oitão!
Do segredo e da paixão,
que sentiu dona Maria...

O que é feito d'aquele gado
que embarcou nas quatro rodas
deixou p'ra traz, ribeirão...
Campo, bosque e a grande grota
deixou lá no rancho o seu João
vivendo a vida que gosta.

Inserida por Amontesfnunes

Vaqueiro do Sertão caboclo desenrolado,de Gibão chapel d couro perneira bota e espora,num cavalo bom d gado adentra de mato a fora

Inserida por Cacio01

Canta o sábia que encanta o sertão. A mocinha no portão vislumbra o céu, vê que seu amor vive longe no deserto, espera com seu coração aberto e o seu manancial a chegada daquele que foi em busca de novas descobertas, não sabe ele o quanto ela tem desertos. Canta o sábia sendo o tema dessa história, torcendo para o encontro desse amor, para cantar em outros ares, em outras histórias​.

Inserida por SandraNevesRibeirao

FORÇA E FÉ.

Ser do sertão é ser forte
é ter o mato na veia
é não falar mal da sorte
mesmo se a coisa tá feia
é não ter medo da morte
é ter Jesus no suporte
sem invejar vida alheia

Inserida por GVM

CHUVA NA HORTA!

Quando chove no sertão
a semente se aflora
nasce broto em cada grão
o pé cresce sem escora
e na mesa do cidadão
volta o queijo e nasce pão
e o cuscuz feito na hora.

Inserida por GVM

VERDE VIDA!

Quando há chuva no sertão
a planta cresce na hora
o verde da plantação
pela terra revigora
brota flor em cada grão
e no peito do cidadão
a tristeza vai embora.

Inserida por GVM

Loucuras de poeta

Sou o projeto de um sonho de um louco apaixonado
Sou chuva mansa no sertão
Sou poeira vermelha
Sou estrada sem curva
Sou o canto dos pássaros ao por do Sol
Sou o néctar em árvores de framboesas
Sou poesia sem rima
Sou fragrância rara com cheiro de cerejas
Sobremesa cristalizada em potes de vidro
Sou a canção do amor
Sou corda de violino, sonhos indevidos
Sou o caminho da euforia a ser encontrado, nas vielas da vida sem graça

Autora:Simone Lelis

Inserida por simone_lelis

Uiraúna tem festas juninas,
Retratando a cultura nordestina,
O arrasta pé do sertão.

Pamonha, milho-assado e canjica,
Casamento matuto e quadrilhas,
É no São João do Garrafão.

Inserida por gnpoesia

Cordel: a seca...
um Apocalipse no sertão

O agricultor sofre demais
Com a seca no sertão
Essa dura realidade
É de partir o coração

A seca ta acabando tudo
E todo ano é assim
Sai esturricando o verde
Parecendo não ter fim

É grande a minha tristeza
Quando eu olho pro sertão
Vendo a chuva tão distante
E o sol rachando o chão

Aí eu me ajoelho e rezo
Pra Jesus nos ajudar
E lhe peço humildemente
Que mande chuva para cá

Pois o meu gado está morrendo
E eu não sei o que fazer
Minhas cabras e bacourinhos
Eu vendi pra não morrer

Na varanda lá de casa
Ainda me lembro com tristeza
Do roçado e os pés de frutas
Destruídos pela seca

Antigamente a gente tinha
Os nossos porcos no chiqueiro
Na lavoura era fartura
Tinhamos até um galinheiro

Das nossas vacas vinham o leite
Pra fazer queijo e coalhada
Manteiga da terra e escaldado
Além do doce e a nata

No nosso plantio tinha batata
Melancia e melão
Macaxeira e milho verde
Jerimum e o feijão

Lá na horta tinha tomate
Batatinha e cenoura
coentro e berinjela
Pimentão, alho e cebola

Nas noites de lua cheia
A gente sempre ia caçar
Voltávamos com uma fartura
De peba, mocó e préa

A gente criava Guiné
Patos, jumentos e uns touros
Ovelhas, cabritos de raça
Uns 4 cachorros e 1 poldo

E nas noites de São João
Comíamos milho e beju
Tapioca molhada no coco
Canjica, pamonha e angú

Essas lembranças do passado
Eu recordo com emoção
Da felicidade que um dia
Eu vivi no meu sertão

Esse sertão já foi motivo
De muita felicidade
Hoje tudo se acabou-se
Só restou mesmo a saudade

Ainda recordo com alegria
os bons tempos de abundância
A chuva caindo no chão
Nos enchendo de esperança

Só que aqui no meu sertão
Onde tudo era fartura
Não se ver mas mata verde
É só tristeza e amargura

Morreram todos os pés de frutas
Os de manga, os de caju
De acerola e às bananeiras
As laranjeiras e os de embu

A seca é tão devastadora
Que os peixes morreram tudo
Tucunaré e a tilapia
Não escapou nem o cascudo

Essa seca é muito árdua
Que eu nunca vi ser tão cruel
Às abelhas foram embora
E acabou com nosso mel

Às plantações se acabaram
Com a seca repentina
No sertão não sobrou nada
Nem mesmo o galo de campina

Os pardais foram embora
Em busca de sobrevivência
Arribaçãm pegou o beco
E o urubu pediu clemência

Não existe mas açudes
Nem barreiros e nem cacimbas
A falta de chuva é grande
Que o verde virou caatinga

O plantio de algodão
Ficaram secos e não tem mais
Nenhum pezinho de palmatória
Para dar aos animais

Essa seca tão cruel
Está tirando a alegria
E os sonhos do sertanejo
Que trabalha noite e dia

Toda manhã quando eu acordo
Eu não sei como dizer
a minha esposa e a meus filhos
Que não tem mas o que comer

Viver dessa maneira
Me corta o coração
Essa seca desgraçada
Tá acabando com o sertão

Eu imploro ao meu jesus
Um homem santo e salvador
Que ajude o sertão
Que a seca esturricou

Pois o sertão está sem água
Sem trabalho e sem comer
O sertanejo ta abandonado
E a tendência é morrer

Mas o sertanejo é teimoso
E tem muita fé no coração
Ele morre de fome e sede
Mas não abandona o sertão

Mas logo logo, a chuva chega
E eu sei que ela vai
Acabar com o sofrimento
Do sertanejo e dos animais

E quando a chuva aqui chegar
Eu vou ter que conseguir
Começar tudo de novo
E o meu sertão reconstruir.

Inserida por Robinhopoeta

Em terra de peão não existe moda não
Bota, calça, respeito e muita tradição
Quem veio do sertão sabe que amamos o mato
Triste é ver uns abelha conhecido como Cowboy de asfalto!
Eles não entende de nada e querem saber de tudo
Mas bancam de sertanejo isso é um absurdo
Eles acham que o traje é o que define a cultura e a fama
Mas nunca acordaram cedo e não sabem o que é cana-caiana
Eu não queria criticar mas me senti obrigado
Ver essa juventude tudo desacreditado
Eles acham bonito mandar uma pinga no gargalo e se embriagar
Menina de 12 anos já tem filho, menino 12 anos já querem matar
Mas quem foi criado no mato saberá de fato!
Que no sertão tem cultura e amor, quando o pai chama respondemos por sim senhor
Cada um foi criado em culturas diferentes, no seu jeito
Mas tenho muito orgulho e bato no peito, que foi lá no mato que aprendi o significado do respeito
A proza está boa mas no meu estradão irei bolear
Tião Carreiro iria se orgulhar se esses versos eu pudesse recitar
Mas já que não posso, quando para o mato voltar pro meu pai irei mostrar e tenho certeza que um abraço ele irá me dar
Então o jeito é me despedir sempre com muita fé
Abraços a todos, inté!

Inserida por 28kevin
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SOU POETA DO SERTÃO

No repente na cantoria
Trago muita alegria
Sou poeta do sertão
De cima do cavalo
Eu boto boi no chão

Na vaquejada chego primeiro
Mulher bonita só no piseiro
Na faixa derrubo boi
E na cama mulher
Se falar de mim Não abala minha fé.

Não ligo pro que o povo fala
Não ligo pro que o povo diz
Vivo a vida trabalhando
Por isso sou feliz.

Poeta Antonio Luís
7:21 AM 22 de julho de 2016

Inserida por PoetaAntonioLuis

Terras do sertão.

Aqui eu me sinto bem
onde fiz o assentamento
de tudo um pouco tem
do plantio ao colhimento
e é dessa terra que vem
o melhor do alimento.

Inserida por GVM

Minha região

Tem muita gente que pensa
que o nordeste e só sertão
falam mal da nossa crença
desconhecem a região
acho até que isso é doença
ou burrice de nascença
de quem não teve educação.

Inserida por GVM

Meu sertão.

É aqui que eu me empenho
na tristeza ou na alegria
levo cana para o engenho
lavo roupa na bacia
e pelo pouco que eu tenho
eu agradeço todo dia.

Inserida por GVM

Flor do sertão

Na terra seca
pouco profunda
No solo árido
sufocante
Onde tudo parece estar perdido
Acabado, destruído
Ela brota sua exuberância
Em tom de vermelho
Enfeita o chão sem cor
A flor do sertão
Brota pra gritar
com sua beleza singular
Que nós podemos
Assim como ela
Brotar
mesmo quando tudo
estiver morto
Nós podemos ser vida
Linda, ávida, colorida
Desprendida
linda vida.

Inserida por ThiffanyMacedo