Sertão
A seca ainda castiga
alguns pontos do sertão
mas tem água que irriga
vindo da transposição
quem trabalha não mendiga
corre,luta, encara e briga
e agradece em oração.
Salve, salve essa região
não me venha com pantim
do litoral ao sertão
o nordeste é um jardim
ao preconceito digo NÃO
mas pro respeito digo SIM.
São Pedro abriu o chuveiro
pra acabar com a rachadura
molhando o sertão inteiro
e florescendo a agricultura
pelas contas do roceiro
na mesa do brasileiro
esse ano tem fartura.
Licença poética:
Existe uma canção no silêncio de um fim de tarde,
Assim é o pôr do sol no sertão, a lua toca violão,
Quando a fogueira acende a saudade.
O nosso amor é infinito
essa beleza me seduz
o sertão é meu destrito
o sol forte é a minha luz
e o nordeste é tão bonito
que até hoje eu acredito
que é o refúgio de Jesus.
Chuva cai
chuva cai
águas de São Pedro
Trazendo as nuvens
vem regando
no agreste do meu sertão
De tão seco
de tão seco
morreu de solidão!
O amor é o sertão com terras férteis, com presença dum aguaceiro refrescante que vitaliza… O cheiro duma floresta de pinheiros; o aroma do azeite de oliva, a farinha com café que comporta o atarantado.
"Ô, mulher tão linda
Lá do meu sertão
Que me avistava
Lá sempre do seu portão
Com aquele sorriso
Lindo e encantador
Que pouco a pouco
Me conquistou."
Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo, doutor
E antecipa o que vai acontecer
Para quem se alegra e se alumbra à luz do outro, um toco de vela aceso no fundo do sertão é capaz de alumiar o mundo inteiro em silente mistério.
Meu nome é Everton Lima,
minha casa é o sertão,
o meu verso tem paixão
e tinta pintando o clima.
Minha seresta é com rima,
o meu clássico é forró,
e no cordel sigo só
porque nele me destaco...
Minha maleta é o saco,
meu cadeado é o nó!
Quem pensa que o Nordeste
só tem sertão, seca e fome
que só no Sul e no Sudeste
o que é de bom se consome
eu falo pra quem conteste
na terra que a gente investe
o povo escolhe o que come.
Viva o meu sertão, que jamais precisará lamber as botas de fascistas disfarçados de bom moço e desumano, viva o meu sertão.
SERTÃO DE SÃO DOMINGOS
Neste seu sertão onde os ipês
se entristece pois as flores caem,
E suas folhas são levadas pelo ventos
de outrora que vai voltar,
E eu quero deslumbra ainda em vida
A cigarra que canta infinitas horas...
Que a primavera já em breve vai embora, deixando lembranças o seu perfume no ar.
O cheiro do cerrado em flores cálidas,
Infiltrados na pele impnotiza o olhar,
Nesta tarde de Domingo eu de longe,
Sonhando está contigo
nas palmeiras de São Domingos!
O sentimento rege toda essa orquestra de cores...
A mata, o vento, a pastagem o sol da tarde e alma no seu repouso encontra a calma.
Para longo logo seguir em frente.
Talvez a chuva cai ai no seu corpo seu doce sertão.
E você sinta saudade de desabrocha no meu coração.
Meu amor é como Deus da a mão em toda as estações
Porque amor verdadeiro é cheio de bênção e afeições.
Ar puro e azul celeste
povo forte e verdadeiro
do litoral ao agreste
por esse sertão inteiro
quem vive no nordeste
é rico sem ter dinheiro.
O poeta das poesias.
No mar ondulado em que vivi,
Foi um sertão pantaneiro de coração fértil e bem regado,
Ali nasceu uma família,
Que viviam do seu suor derramado,
Naquele tempo,
Veio em minha imaginação,
E tentei fazer uma canção dedicada,
Buscando em meu mundo de sonhos,
Em uma época cheia de realidades,
As estradas eram turvas,
Mas meu olhar sempre estava aguçado,
No Teatro da vida,
Ainda me lembro,
Nada era e nunca foi premeditado,
Tudo foi ao vivo,
Naquele cenário lindo , alegre e inusitado,
As estrelas guias iam sorrindo,
Pareciam que iam dizendo,
Do seu jeito sereno como garoa fina caindo,
E ao mesmo tempo,
Como um nevoeiro fechado,
Aqueles sorrisos lindos de outrora,
Era de mamãe e papai,
Irmãs ,titias(os) e primos(as) e outras senhoras
Chamado por um destino,
Deixei tudo e fui embora,
Inspirado em minha própria criação,
Fui vivendo e atropelando,
Balançando e caindo,
E levantando quase toda hora,
Sem álcool e sem tequilas,
Em pouco tempo fui aprendendo,
Ser inspirador por dedicação,
Um mero rimador indexado,
Avante em minhas escritas,
Um tropeiro nessa longa estrada,
Varei campos e fazendas,
E vicinais nessa jornada,
Deus sempre em primeiro lugar,
A chinela chiava que até quebrava,
Escolhendo palavras em um alfabeto desconhecido,
Fazia levantar poeiras debaixo de chuvaradas,
Inspirações faceiras,
Heranças de uma infância,
Que trago comigo desde o ventre que nasci,
A luta é batuta,
E o meu coracao é aquebratado,
Sou da terra e sou do ar,
Sou do Mar e desse imenso Sol sagrado,
Não sou indigente,
Sou humano e sou gente,
Que também erra e comete pecados,
Sou do poema,
Sou dessa confraria,
Sou de Deus e sou da lua,
Sou uma vida que está a deriva,
Sou eu mesmo em minha imaginação,
Que inspira no lindo Azul do céu,
Porque foi esse que me deu,
Esse dom de ser,
O poeta das poesias....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
RUMO!
Sou nordestino, sou forte
lá do sertão sou nascido
na carne a dor e o corte
da seca que tem punido
quem não espera a sorte
encara a vida e a morte
sem nunca ter desistido.
Ida e volta!!!
A Beleza aqui aflora
tem do sertão ao mar
um clima que revigora
bem fácil se apaixonar
mesmo quem foi embora
até hoje ainda chora
pedindo a Deus pra voltar.