Sertão

Cerca de 811 frases e pensamentos: Sertão

Minha sorte!

Terra seca e rachada
não tem quase nada
que alimente o sertão
é a sorte que vaga
sem ter quem lhe traga
um pedaço de pão!

Inserida por GVM

No sertão!

Aqui tem felicidade
tem aperto de mão
tem amor e amizade
um bom dia do irmão
lugar de simplicidade
e o agito da cidade
passa longe do sertão.

Inserida por GVM

Criança do sertão!

O café puro bem cedo
é de apertar o coração
e não se muda o enredo
que vive aqui no sertão
criança cresce com medo
sem ter escola e brinquedo
sem ter direito a um pão.

Inserida por GVM

Cordel: a seca...
um Apocalipse no sertão

O agricultor sofre demais
Com a seca no sertão
Essa dura realidade
É de partir o coração

A seca ta acabando tudo
E todo ano é assim
Sai esturricando o verde
Parecendo não ter fim

É grande a minha tristeza
Quando eu olho pro sertão
Vendo a chuva tão distante
E o sol rachando o chão

Aí eu me ajoelho e rezo
Pra Jesus nos ajudar
E lhe peço humildemente
Que mande chuva para cá

Pois o meu gado está morrendo
E eu não sei o que fazer
Minhas cabras e bacourinhos
Eu vendi pra não morrer

Na varanda lá de casa
Ainda me lembro com tristeza
Do roçado e os pés de frutas
Destruídos pela seca

Antigamente a gente tinha
Os nossos porcos no chiqueiro
Na lavoura era fartura
Tinhamos até um galinheiro

Das nossas vacas vinham o leite
Pra fazer queijo e coalhada
Manteiga da terra e escaldado
Além do doce e a nata

No nosso plantio tinha batata
Melancia e melão
Macaxeira e milho verde
Jerimum e o feijão

Lá na horta tinha tomate
Batatinha e cenoura
coentro e berinjela
Pimentão, alho e cebola

Nas noites de lua cheia
A gente sempre ia caçar
Voltávamos com uma fartura
De peba, mocó e préa

A gente criava Guiné
Patos, jumentos e uns touros
Ovelhas, cabritos de raça
Uns 4 cachorros e 1 poldo

E nas noites de São João
Comíamos milho e beju
Tapioca molhada no coco
Canjica, pamonha e angú

Essas lembranças do passado
Eu recordo com emoção
Da felicidade que um dia
Eu vivi no meu sertão

Esse sertão já foi motivo
De muita felicidade
Hoje tudo se acabou-se
Só restou mesmo a saudade

Ainda recordo com alegria
os bons tempos de abundância
A chuva caindo no chão
Nos enchendo de esperança

Só que aqui no meu sertão
Onde tudo era fartura
Não se ver mas mata verde
É só tristeza e amargura

Morreram todos os pés de frutas
Os de manga, os de caju
De acerola e às bananeiras
As laranjeiras e os de embu

A seca é tão devastadora
Que os peixes morreram tudo
Tucunaré e a tilapia
Não escapou nem o cascudo

Essa seca é muito árdua
Que eu nunca vi ser tão cruel
Às abelhas foram embora
E acabou com nosso mel

Às plantações se acabaram
Com a seca repentina
No sertão não sobrou nada
Nem mesmo o galo de campina

Os pardais foram embora
Em busca de sobrevivência
Arribaçãm pegou o beco
E o urubu pediu clemência

Não existe mas açudes
Nem barreiros e nem cacimbas
A falta de chuva é grande
Que o verde virou caatinga

O plantio de algodão
Ficaram secos e não tem mais
Nenhum pezinho de palmatória
Para dar aos animais

Essa seca tão cruel
Está tirando a alegria
E os sonhos do sertanejo
Que trabalha noite e dia

Toda manhã quando eu acordo
Eu não sei como dizer
a minha esposa e a meus filhos
Que não tem mas o que comer

Viver dessa maneira
Me corta o coração
Essa seca desgraçada
Tá acabando com o sertão

Eu imploro ao meu jesus
Um homem santo e salvador
Que ajude o sertão
Que a seca esturricou

Pois o sertão está sem água
Sem trabalho e sem comer
O sertanejo ta abandonado
E a tendência é morrer

Mas o sertanejo é teimoso
E tem muita fé no coração
Ele morre de fome e sede
Mas não abandona o sertão

Mas logo logo, a chuva chega
E eu sei que ela vai
Acabar com o sofrimento
Do sertanejo e dos animais

E quando a chuva aqui chegar
Eu vou ter que conseguir
Começar tudo de novo
E o meu sertão reconstruir.

Inserida por Robinhopoeta

Odair Flores
21 de junho de 2013 às 21:55 ·
Princesa do sertão, as feras que carregavas em teu seio/ soltava-as as vezes como louca/ nos rios, e barrancos entre nados e correrias soltas/. Criança daqueles meios/ cansou das brincadeiras, e então até hoje a vida afronta/, chegastes sem imaginar/ que tuas feras, te trariam para a busca do que eu tinha para te dar/! Trazias em ti na sintonia da imaginação,/ nossos três filhos que esperavam o meu toque de condão/ para nascerem e não deixarem nossos sonhos perecerem/ Tu minha mulher que te desmaculas, quando à espada desse teu guerreiro, o teu corpo submetes/
és ser interplanetário surgida nas terras mineiras/ para o encontro com esse teu valete/, que te aguardava aquém da Mantiqueira/ a te roubar das ondas de verdejantes ladeiras/ para as azuladas ondas do meu mar natal/
odair flores

Inserida por odair_flores

Minha terra.

Essa é a vida nordestina
pelas terras do sertão
quando verde predomina
enriquece a plantação
e o trabalho nos ensina
que o futuro só germina
quando a chuva cai no chão.

Inserida por GVM

Homem do sertão
Faz o sinal da cruz
Entrega tua alma a deus
Pois teu corpo já pertence a esse chão
Onde o inferno predomina.

Inserida por Geffisonfonteles

Trago tintas nas mãos.
Cara respingada.
Paredes brancas, que eram ...
Nova imagem do sertão ficou e tem cor, cor de calor..

Mãos que criam,
que pintam e escrevem sem medo.

Sem travas.
Que travas??
Não se trava
Quais são suas placas, suas palavras, seus riscos?
Não diga nada.
Não critique, se tu não faz e não tem os teus.
A arte é livre...então crie.

Arte que se renova.
Todo dia ela levanta cedo e troca de roupa.

Nem as palavras que foram ditas, cantas e escritas.
Nem a tinta que ficou rente as unhas, não ficou pronta.
não foi terminada

Do meu ventre sai...a vida!
Da minha cabeça sai imagem em plena ação.
Nunca paro, nunca durmo.
Nem nossa arte
Nossa arte.
[Minha arte.]
Nossa poesia.
[Minha vida.]
indivíduo.
Ser que também não é sozinho.

Inserida por KarolCalisto

Plantei um sítio
No sertão de Catolé
Acredite se quiser
Mas eu posso inté jurar
No meu roçado não tem cova de semente
Vou contar daqui pra frente
O que plantei no lugar

Plantei as pernas de uma cobra corredeira
Um 30 de fevereiro
Os ossos de um aruá
Penugem nova da orelha de uma freira
A buchada de um siri
E o coice de um preá

Plantei tutano do mocotó da traíra
Metade de uma mentira
O cheiro bom de um gambá
Honestidade de um político das antigas
O não de uma lagartixa
E neve do Ceará

Plantei esmalte dos dentes de um banguela
Duas pilhas de uma vela
E a dobra de uma esquina
Plantei os lábios da boquinha de uma noite
230 volts da luz de uma lamparina

Plantei chulé vindo do pé da barriga
Os motivos de uma briga
De Tamy Gretchen a fimose
Plantei o fêmur tirado da borboleta
Marcha ré de uma lambreta
E motor bom de um scort

Jardel Cavalcante

Inserida por Prjardelcavalcante

SOU !

Sou sertão, sou vida dura
sou as vias do destino
sou o mel da rapadura
sou o gibão de Virgulino
sou vaqueiro raça pura
sou suor da agricultura
sou raiz, sou nordestino!

Inserida por GVM

São memórias que habitam o peito meu
No cenário poético do Sertão.

Vira lata no quintal sem coleira
Vigiando um burrego desnutrido
Um boi velho cantando seus mugidos
Carcarás nos farpados da porteira
Uma lebre fugindo nas carreiras
Um tum tum de batidas no pilão
Se mistura ao estampido de um trovão
Passar vela nas mãos de quem morreu
São memórias que habitam o peito meu
No cenário poético do Sertão.

Pés cansados calçando uma alparcata
Em fragelos os punhos de uma rede
Lagartixas desfilam nas paredes
No coreto matuta enfeitada.
Com perfume Almíscar perfumada
Um casal namorando no portão
Um vaqueiro , uma espora e um gibão
Procurando uma rês que se perdeu
São memórias que habitam o peito meu
No cenário poético do Sertão.

Um bruguelo chorando desgosto
E um velho tocando realejo
Faz comércio de doce quebra queixo
sacudir o pirrai que tomou o choro
Procissão de boiada dando estouro
Benzedeira vendendo oração
Lapeadas de folha de peão
Ver visagem de alguém que já morreu
São memórias que habitam o peito meu
No cenário poético do Sertão.

Pr Jardel Cavalcante

Inserida por Prjardelcavalcante

Eu sou da caatinga do sertão do nordeste, sou da garoa do sudeste, sou do cerrado do centro oeste, sou dos pampas do sul, sou da selva do norte, eu sou BRASILEIRO

Inserida por Araujo2013

Você me pergunta de onde sou?
Eu sou do sertão! Do Seridó, do Cariri, do Pajeu, sou lá do Araripe, da Caatinga.
Sou da Amazônia, do Cerrado, da Mata Atlântica, dos Pampas, do Pantanal. Eu sou do BRASIL.

Inserida por Araujo2013

Doutor do sertão

Sou poeta, agricultor e vaqueiro
Sou mais um filho desse nordeste brasileiro,
Da palma verde ao solo rachado
Pense num Nordeste caprichado!

Bebi água de pote e me furei na macambira,
Desde criança era de baladeira
que eu treinava minha mira.
fachear era brincadeira de infância
ô saudade arretada daquele tempo de esperança.

A terra secava que chegava a rachar
Mas eu era moleque e só pensava em brincar.
Baixinha de corpo magrin, mainha mata um leão por dia
E eu comendo meus passarim, só agradecia.

A vida parecia ser pequena, mas nordestino é batalhador
Fui para a cidade grande, me inventei de virar doutor
Ô sofrimento da gota serena,
Trabalhei mais que beata fazendo oração,
Mas só de lembrar do meu sertão, já me corta o coração
Saber que eu tenho água nos canos,
E mainha ainda tá trabalhando as 18 horas do dia
Carregando água pra dar de beber a nossa famia.

Painho eu nunca vi, o Pai de cima levou de mim,
Mas de herança, papai deixou a enxada
Que muito já me servia, era pra ajeitar a terra e limpar o feijão
E foi com isso que mainha nos deu educação.
E hoje, lembrando do meu sertão,
Senti foi falta do meu cuscuz,
Mas tenho fé em meu Jesus
Que um dia eu consigo voltar.
Vou ligar pra minha véia e dizer que me achei
Perdido em outros estados vou dizer quem me tornei;
Sou poeta, doutor e serei sempre vaqueiro
Sou mais um filho desse nordeste brasileiro.

@CarvalhoEscrito

Inserida por Carvalhoescrito

Sou do Nordeste
Nordestino sim sinhô
Nascido nas bandas do sertão
Mas tome cuidado e preste atenção
Que eu posso ser matuto,
Mas besta eu num sou não!
Ser do interior, nunca me fez inferior,
Muito pelo contrário...
Eu sou de uma terra arretada
Que bem pertinho de mim nasceu Lampião e Luiz Gonzaga. é...
Berço cultural, terra de gente criativa
Foi daqui que saiu Castro Alves, Ariano, Patativa, e muitos outros que nesses versos nem iriam caber!
Eu sou de uma terra riquíssima
De coisas que o dinheiro não pode comprar
De lindas paisagens, vasta cultura, de um sotaque gostoso e da culinária que é apreciada em todo lugar!
Pra num ser tão demorado
Ligeirinho vou te explicar
Deus caprichou, fez tão caprichado
Que o Nordeste é tão bom, que consegue ser tudo de bom, e ainda sobrar um bocado!

Inserida por CarlosFilho

Seus olhos reluzem
Como brilha o sol no sertão
O calor que neles habita
Invadiu meu coração
Seu sorriso é uma foqueira
Como aquelas de João
Seu beijo é como as cantigas
Que manda embora a solidão
Sua beleza me fascina
Deixa o cabra todo bobão
Seu amor me contagia
Grito isso em todo sertão
Mas a saudade que me habita
Faz tudinho corroer
Ai, quem me dera voltar
Tô morrendo de saudades
Docê.

Inserida por Jean_Quintino

(TUDO QUE FOI DE BELEZA )
(DEUS COLOCOU NO SERTÃO)

Nas estradas esburacadas
Reflete a luz do baião
Essa vista do meu sertão
Sempre Foi mais contemplada
Nordestino faz feijoada
Tem de tudo e é fartura
Nas minhas terras mistura
Coco xaxado baião
Tudo que foi de beleza
Deus colocou no sertão

Inserida por Poeta_Rian_Nazareno

Vou embora para o sertão,
lá lutamos contra a seca e não contra nossos irmãos;
no sertão tem seca, luta e muita tribulação,
mas, sequidão por sequidão, acho que não perco a razão,
porque aqui a seca é no coração.

No sertão enfrentamos fome, desprezo e dificuldade,
aqui encaramos a hipocrisia que é um grande enfermidade,
tem matado a muitos que são amigos pela metade,
e antes que este mal me aflija, já que não quero esta enfermidade,
Vou embora pro sertão enquanto me resta sanidade.

Aqui temos transportes,
água e comida, e vivemos com comodidade,
já o povo sertanejo, sempre contando com a sorte,
nunca nega guarida, a aquele que necessita,
supera suas dificuldades e com muita humildade,
sempre nos felicita.

É comum pelo sertão, os mais velhos nos saudar,
dizendo: Deus te abençoe! para nos encorajar,
Aqui as pessoas vivem sem se importar,
E, se o sucesso você alcança,
vão tentar de derrubar.

A labuta do sertanejo, para trazer para casa o pão,
a espera pela chuva para fazer a plantação,
a resistência na seca sem de sua terra se ausentar,
a fidelidade pela cultura e o amor pelo lugar,
me tocam profundamente ..... e aqui quero esboçar,
que desejo ardentemente par o sertão me mudar.

Inserida por Araujo2013

Ô Glória
Que coisa mais linda,
Aquela estrada sem certeza,
Aquele morro sem sertão,
Aquele avião sem nuvem.

Inserida por izadora_ortega

Lá no meu pé de serra
Deixei ficar meu coração
Ai, que saudades tenho
Eu vou voltar no meu sertão

Inserida por pensador