Sereno

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Salve salve minhas doces madrugadas, onde tudo flui de modo tão sereno, que a única coisa que preciso fazer é teclar. Ora leio, ora escrevo e quando amanhece o sono vem, vai entender essas coisas.
E hoje, um daqueles dias que você se depara com situações bizarras, com pessoas provincianas, de visões provincianas, cai em minhas mãos um fabuloso texto de Max Gheringe e penso:
Desde que o mundo é mundo, problemas como ingratidão, inveja, recalque, preconceito, injustiça, mentira e traição existem e vão continuar a existir.
Sendo assim, cheguei a seguinte conclusão : Perguntas como : PORQUE EXISTEM PESSOAS ASSIM? PORQUE AS COISAS SÃO ASSIM?
Esse tipo de pergunta, nunca fez ninguém sair do lugar. Essas coisas existem, desculpe não estou sendo pessímista,mas elas não irão mudar. ELAS CONTINUARÃO NO MUNDO PRONTINHAS PRA TE DEVORAR.

E ai COMO FAZ?
Hoje essa resposta me parece mais simples. "NÃO ESPERE GRATIDÃO DE NINGUÉM", algumas pessoas são nobres outras não. E isso você precisa entender!
Não espere justiça de ninguém, algumas pessoas SÃO FEITAS DE AMOR e outras NÃO, isso você vai ter que aceitar.
Ah e eles olham para você e pensam: POR QUE ELA (ELE) CONSEGUE EU EU NÃO?
As vezes você lê o pensamento da pessoa...algumas TE FULMINAM NO OLHAR e ai VOCÊ PENSA: São 05:40 da manhã, tive um dia cansativo,mas com 3 reuniões produtivas e maravilhosas, não tive tempo de almoçar, viajei, fiquei longe da família, não dei atenção que devia para quem eu queria, tenho uma fila de pautas de matérias que precisam ser entregues e bem escritas, também preciso estudar porque as aulas recomeçaram, tenho as lições do curso de francês, a faculdade e também preciso malhar....ufaaaa... Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar!
Mas por que tudo isso? Ela quer mudar o mundo?
Não!
Ela quer mudar o seu próprio mundo e diminuir as estátisticas de pessoas frustradas que trabalham no que não gostam, que convivem com quem não querem, que suportam quem precisam suportar, porque as contas chegam no final do mês.
Não, não foi essa a vida que sonhei pra mim, e me perdoe senhores e senhoras... NÃO É ASSIM QUE VAI SER!
Quero ter tempo para deitar numa rede e ler um livro numa noite quente estrelada,mas creio que isso ainda não será agora.
Ah que legal, eu também descobri que pai, mãe e marido não são eternos... caso exista alguém que pense que depender dos outros é a melhor alternativa. Vai por mim... escutar a batida TOC TOC do sucesso batendo na sua porta dá um frio na barriga tri bom.
Ahhhhh mais alguém lamenta, eu não tenho sorte, as coisas não acontecem para mim. MA BELLE, NEM PRA MIM!
As pessoas precisam fazer as coisas acontecerem...me de 5 minutos a sós com vc, que eu te mostro o quanto o google é importante na sua vida (profissional).
Ahhhhhhhhhh e tem outra coisa, se ninguém se importar com você, você é feliz por que faz o que você AMA, você é feliz por ser quem é, e ser feliz no final das contas é o que todo mundo quer....sacou o mistério?
E de quebra vc ainda leva um brinde.... AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ...Um dia, as pessoas caem. E é nesse dia que elas te agradecem, mesmo que mentalmente, por você não ter sido tão mesquinho quanto foram com você.

Eu acredito na lei da semeadura, acredito que quem planta colhe e até hoje não me decepcionei por acreditar nisso.
Foque-se em fazer bem o seu trabalho, aliás fazer bem já não é suficiente para quem quer vencer; faça melhor que os outros.
Certifique-se que seu desempenho está sendo notado mas não vanglorie-se disto na frente de ninguém e por fim aprendatambém a não contar muito com os outros: na medida do possível, faça tudo só. Dá mais certo.

Quem nasceu pra boêmia tem que se acostumar com o sereno!!!!

Pequena

Este teu olhar lindo sereno,
me acompanha aonde quer que
eu vá.
Boca pequena de lábios
nervosos, que me faz pensar
coisas que a boca tem de calar.

Teu corpo, parece de espuma
feito, macio e suave.
E quando junto ao meu fica,
se entrelaça, nos tornando um só,
falar a respeito não convém.
Pelo visto somos inseparáveis,
únicos, indivisíveis.

Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E

O doce sabor da vida, é chegar à noite deitar na cama e dormir o sono mais suave, sereno e profundo. O dia foi maravilhoso com os colegas, amigos e familiares. Despertar pela manhã feliz com um belo sorriso pra começar tudo outra vez.

“Não vingue-se, que da vingança vem o arrependimento.”

“O sábio teme o céu sereno; em compensação, quando vem a tempestade ele caminha sobre as ondas e desafia o vento.”

“Você pode entender os acima da média, mas não pode entender os abaixo da média.”

“O que não queiras que os outros façam a ti, não o faças aos outros.”

“Quando nasceste, ao teu redor todos riam, só tu choravas. Faze por viver de tal modo que, à hora de tua morte, todos chorem, só tu rias.”

“Não importa que você vá devagar, contanto que você não pare.”

“Que nos façam mal e nos roubem, não há problema, a não ser que fiquemos pensando nisso.”

“Todas as coisas fluem sem cessar como um rio, sem descanso, noite e dia.”

“Em todas as coisas, o sucesso depende de preparação prévia.”

“Se os homens fossem bondosos, verdadeiros, afáveis, íntegros e sagazes, então teríamos o paraíso na humanidade.”

“A virtude da humanidade consiste em amar os homens; a prudência, em conhecê-los.”

“Não interessa o que se trata de levar a termo: o que interessa é perseverar até ao fim.”

A fundo em nosso amor

Que ânsia é essa, que me aperta,
E esse olhar tão sereno ao me enfeitiçar.
No ar, o horizonte, o sol, a luz, a brisa,
O arrepio em meus sonhos ao te encontrar.

Que medo é esse, de não ter medo,
E a confiança indiscreta a mi apertar,
Onde o chão parece longe,
E o coração deslumbrante ao te ver falar.

Que sonhos são esses,
Que revelam tão bela vida,
E me acurralam sem saída.

Que mundo é esse,
Onde jamais viví, onde jamais pisei,
E grande obra nunca antes construí.

Que desejo é esse, de está ao teu lado,
Sentir o teu cheiro,
O nosso amor, o nosso brado.
De viver nossa ascendente certeza,
Onde tudo está a quem dos fatos,
E nem a escuridão do mundo,
Destruirá o amor que vive, e caminha,
Sempre juntos, lado a lado.

O tempo passou,
o meu coração está sereno..
hoje posso amar de novo,
mas pra me entregar novamente
vai demorar um tempo!

TRAVESSIA


O Caminho fluía sereno, sem jamais fazer perguntas. Não porque temesse as respostas, mas simplesmente porque se bastava. Servia aos viajantes famintos, doando a sabedoria de quem é instrumento.
Alimentava-se da persistência dos passos ritmados e constantes. Aprendera desde cedo a identificar a certeza e a esperança, assim como também o medo e a covardia.
Muitos pereciam em seu leito, mas ninguém parava para compadecer-se. Então o Caminho se encarregava de absorvê-los e sepultá-los dentro de si.
Como todas as coisas necessitam morrer para nascer novamente, o Caminho também terminava a sua jornada. Sua morte, dava-se no encontro com um profundo charco, onde o Medo exalava soberania. Não havia vestígios da antiga beleza do lago, que fora invadido por plantas aquáticas, reproduzidas com tal voracidade, que haviam há muito, coberto o seu espelho.
Neste encontro fatídico previsto pela Vida, o Caminho entregava as criaturas á própria sorte. Algumas se sentavam, supondo que, tal qual acontecera com o Caminho, também haviam chegado ao seu destino. Mas a sensação de fome gritava que havia ainda um vazio por alimentar. Então, desesperançadas e aflitas, se lançavam no meio do lodo, sabendo não serem grandes o bastante para vencê-lo ou domá-lo.
A morte certa não entristecia, e, enquanto sentiam o corpo sendo corroído pela Impotência, nascia nelas o alívio. Era ali, neste instante, onde de famintos, transmutavam-se em alimento. Um ultimo olhar, lançado ao Caminho, era de gratidão.
Mas a conformidade não habitava o íntimo de todos, e, uma Criatura ergueu-se sobre sua rebeldia diante do destino há muito acertado e o renegou. Era o mesmo ser que, ao longo do Caminho, deixara atrás de si, doces cânticos de alegria.
O caos instalado pelo descompasso de seu grito agudo, enfureceu as forças regentes e com um urro escondido dentro de um sopro indignado, a tal Criatura foi lançada para dentro do lago morto.
Deveria, como acontecera com todas as outras, submergir e se entregar ao ocaso. Mas eis que a esperança contida no clamor dos que esperavam, fez a Criatura dobrar o seu tamanho. Com as pernas fortalecidas pela determinação, pôs-se a perscrutar e a medir o fundo do lago.
Estava pronta para prosseguir. Sabia que chegaria ao outro lado, onde vislumbrava o nascer de um novo caminho.
Quando ia começar sua nova jornada, ouviu o choro sentido dos que, fracos e perdidos, pela constatação da própria incapacidade, pediam ajuda.
Neste instante, uma cálida lágrima, sangrou na alma da Criatura e ela compreendeu a cilada que caíra: Não prosseguiria. Havia chegado ao seu lugar. E com passos mansos, aproximou-se da margem e doou seus ombros. De imediato a fragilidade neles se agarrou, e lentamente ela a carregou até o outro lado.


O ELO

A voz sempre tão vívida que nascia todos os dias na alma da Criatura, com o passar do tempo, emudeceu. A solidão profunda e cruel, com um golpe certeiro, desferido em seu coração, partiu a esperança e despedaçou seus sonhos.
A pobre criatura clamou por misericórdia. E foi ali, no limite da vida e a morte, que a resignação por fim, a encontrou. Embalada pelas vagas lembranças do que fora um dia, deixou-se ficar e parou de lutar. Cumpria as ordens das forças que tudo regem. Não mais vivia. Apenas existia.
As horas passavam lentamente e ela desejou morrer. Mas a grande legião de viajantes, que chegava todo dia, mantinham-na absorta e concentrada na tarefa de levá-los até o outro lado. Os seus ombros, antes altivos e imponentes, começaram a vergar ante o peso que carregavam. Alguns seres, ao chegar na outra margem, não desciam. Ficavam agarrados na Criatura, alimentando-se da força dela, e ela; absorvia as suas dores.
Deu-se conta então, de que não era necessário chamar pela morte. Esta já acontecera e se instalara.
Olhando para o alto, de seus olhos brotou uma prece. Queria renascer.


RESGATE



Movendo lentamente suas pernas dentro do lodo, aproximou-se da margem para buscar novos seres. Havia apenas um a espera. Convidou-o para seguir. O Ser recusou, e adentrou o lago morto.
O descompasso do coração da Criatura, deixou alertas os seus braços, para intervir caso aquele ser rebelde fosse afundar na lama.
Mas, para a sua surpresa, ele seguiu firme e altivo, cantarolando baixinho, e, olhando de soslaio para a Criatura, brindou-a com um sorriso. Que espanto! Aquele Ser era a cópia perfeita do que já fora um dia. E a saudade de um tempo distante assolou seu coração.
Ao chegarem no meio do lago, na exata linha que dividia o antes e o depois, onde ainda era possível a escolha entre retroceder ou prosseguir, o tal Ser parou. Segurando as mãos da Criatura, começou a cantar e a cantar suavemente. Cálidas notas de harmonia impar, fluíram da alma do Ser, bailando sobre o tempo mórbido e rígido, que respeitoso pela intensidade, calou-se e as doou ao Cosmos.
Uma tempestade se formou na alma da Criatura, e o céu, compreensivo também se coloriu de negro. E enquanto a chuva torrencial caia sobre a Terra, lágrimas mornas limpavam o coração dela. E então o milagre se fez. A Criatura começou a cantar. A princípio, com voz banhada pela insegurança, que foi vencida pela alegria e esperança.
O canto se tornou movimento, e a chuva encharcou de vida, o lago morto, que, libertado de seu leito, pôs-se a andar ligeiro, transmutando-se em rio. Num repente de benevolência, a Vida desobrigou a Criatura de sua tarefa, e os seres nela ainda instalados, seguiram a vida que fluía generosa.
O Ser e a Criatura,de mãos dadas, namorando o Caminho novo que lhes acenava, se deixaram levar, sem pressa e sem dor

Da minha janela preferida só se via o que era sereno, o que trazia paz e conforto. Vidraça translúcida e reluzente fazia questão de mostrar de um novo ângulo tudo o que se passava. De início, receio. Depois, confiança, respeito e até crença. Ensinava a virtude da calma, às vezes em silêncio absoluto, no qual se podia tudo. O tempo não era mais inimigo, era aliado, pois parava a cada reflexão, mesmo que inconclusiva. Tudo era motivo: sol, sorriso, chuva, estranhas dimensões... Dizia do jeito dela: "O chão está sujo, mas é simplesmente superfície e a roupa que se lave depois. Senta aqui sem pressa e vamos pensar na vida, conversar sem rumo, sem compromisso com o pertinente". Mostrava um ponto de vista estranho a mim até aquele momento, inovava e, aos poucos, me encantava. Não é que esquecesse o meu pensar, mas mesclava ao dela e assim me fazia sentir mais rica. Quanto mais olhava através daquela janela mais ela me absorvia e eu, a ela.

No Feitiço de seu olhar viajo pelo mundo
nas asas do sereno do anoitecer
onde o seu amor se transforma
em magia e encanto de nosso encontro...

No brilho de sua doce paixão,
você se transforma em uma fada,
carregando toda a força do
mistério de seu amor...

Seu abraço é um furacão,
carregado de paixão,
seu beijo tem gosto de mel
com frutas, perfumado pelas
pétalas de seu desejo...

Sua boca é um mar de paixão
onde as ondas que vem me buscar,
para navegar em seu corpo,
é um encanto do canto da sereia,
que me faz mergulhar para não
mais voltar....

Seus cabelos uma floresta,
onde me perdi, quando
nos seu braços, exploramos
o amor, que um dia foi nosso
reinado...

Seu amor é a magia que enfeitiçou
meus desejos, quando ao seu lado
estou, fico hipnotizado, sou
seu servo para juntos decolarmos
até as estrelas quando
atravessamos a fronteira de
nossos desejos....
~~EDEMILSON RIBAS~~

CORAÇÃO...
Sereno que traz a paz da alma quando sentido de verdade quando entendido abertamente, o coração que pulsa com força trazendo emoções tão fortes.
Coração que precisa ser bem cuidado, por nós principalmente, e o livrar do endurecimento dos sentimentos doloridos que voam e tentam pousar dentro dele. Coração forte é coração que cuida que protege e que só deixa transmitir a pureza e a leveza da alma. A essência do Amor!

Te vendo ali deitado tão calmo e sereno tive vontade de deitar ao teu lado...
Como sentindo o meu olhar distante, observando teu corpo nu,
sorriu suavemente abrindo os olhos a me fitar...
Como num sonho suave de amor fui andando lentamente em tua direção,
fitando teus olhos a me esperar...
Te vendo ali deitado tão perto e tão longe...
tive vontade de jogar-me nos teus braços.
Como que sentindo o meu desejo saltitante e me sentindo tão sua,
foi calmamente me abrindo te braços.
Como num sonho suave de amor,
fui me entregando aos desejos nos teus olhos,
fui me deixando abraçar pelo teu corpo..
E ali deitada em teu braços fui sentindo o calor dos teus lábios,
a doçura das tuas mãos, a firmeza do teu corpo...
E ali deitada ardendo em desejos, te amo calma e feroz,
tomando o teu corpo no meu, sentindo teu coração disparar querendo-me tua...
E ali deitada confundindo nossos corpos, te sinto por inteiro,
sem medo e sem pudor te aconchego suavemente
e em movimentos lentos e ritmados te levo a loucura e me deixo levar..
E ali deitada entre beijos e sorrisos, entre desejos e carinhos,
sou tua... e sentindo meu corpo desfalecer, me inunda de vida e amor...
Me faz sorrir e até chorar, me faz amar!

Golpe Sereno

Eu queria poder dizer tudo, tudo que não trouxesse nem levasse.
Eu queria ver nos olhos, sentir nos braços e morrer contente.
Se pudesse, não ficaria parado olhando para o nada. Arrumaria uma forma precisa de te encontrar.
Agora que somos pássaros tomados de rumos diferentes, me resta somente chegar em casa e ligar a televisão.
Eu sei que não haverá nada nela para ver, mas não sei para onde ir, nem fingir consigo.
E se soubesse das vontades desse coração, entenderia por que ainda estou te escrevendo.
Todos sabiam do quanto eu quis, do quanto o silêncio me mantinha seguro, mas agora eu preciso estar de novo em novas vidas.

Você dorme em meu pensamento e, acorda sereno em meu sorriso a cada novo amanhecer.

“Triste é dormir com os olhos cheios de lágrima. Ter tanta coisa para falar. Tanto para pedir. E vacilar na hora do encontro. Não conseguir expressar o que sente. Solidão é implorar carinho para o ar. Passar os dedos nos cabelos e consolar a si mesmo. Decepcionante é ansiedade que vira despedida. Todos os dias. Agonizar é ter que viver tudo várias vezes. Ansiar a felicidade chegar. Até a hora esperada. Que de hora não tem nada, vira momento e se vai… “

HORIZONTE SOLAR

As palavras, signos vivos
Metáforas, metonímias, simbolismos
Oceano de sensações, emoções, campânulas
Sons de sino numa tarde úmida e solar
Pulsam nos corações dos habitantes
Da casa litoral cercada por um muro
Arejado de brahamazul, exaurido pelo movimento
Da (e)terna maresia dos elementos
Fluxo fugaz, vida vinda do horizonte
Palavras, pulsações azuis
Sinestesias, sentimentos antagônicos
Signos pulsando apascentados
Nutrem-se de "blues" tibetanos, harmonizados
No olhar da mulher que abre a janela
E percebe que o céu é o seu lar
E vê sua alma aproximar-se
Em ondas como se quisesse lhe afogar
Ilimitada e tênue quietude
Na pracinha próxima à praia
A infinitude perpassa a todos e a tudo
Os sons do bronze pulsando as horas
Simultâneas ao pulsar da emoção
Renova a espiritualidade do lugar
Através das palavras o poeta viaja para algures
Os períodos ficam, nascem, fluem no papel
Em direção a nenhures.
Renova na vida diacrônica
A nova geração desse mar. De emoções
O homem antigo, passeia antanho êxtase
Agora diáfano bruxuleio de sensações
Repetem-se nesta hora as rotinas diluídas
Na exuberância da vaga a marulhar
Na areia da praia raia outra vez
O luar primeiro, nunca rotineiro
A banhar a mureta branca
Caiada de argêntea cintilação
Simulando amparo à morada dos sonhos
Protegida pela estação de ondas, aeronavegação
O horizonte longínquo faz sonhar
Quantas criaturas extinguiram-se
Nessa casa de ondas brancas
Como o voar da andorinha imortal de asas brancas
Quantos pássaros sobrevoaram gerações de criaturas
De areia. Paixões nasceram de seus sonhos
E as palavras continuam depois a moldar a massa
Do homem a volver poeira no continuum do tempo
A história construída no pó do Absurdo e da Graça
Não fosse a palavra alada dos versos
Singrar o sangue da posteridade
E o signo homem, de outro tempo e dimensão
De Áries a Peixes, d´outrora, de todas as idades
Teria se diluído em nada
O sonho e a ilusão de todo esse azul
Ninguém jamais poderia espreitar
Da janela do tempo porvir
Os seres que habitavam a pequena vivenda
A mureta caiada do sol da soledad, maresia
De uma solidão serena, suave, sem nome
Pessoas comparsa das lendas do vento norte
Sócios das histórias de pescador
Mistérios do imaginário desse lugar de céu azul
O universo a murmurar na praia à velocidade da luz
E a pracinha ao lado
Também caiada de branco e "blues"
(Sereno Hopefaith

Será que alguém se importa? Ou será só meu ego jorrando do meu ser e formando uma poça de mim? Eu sinto que estou cercada. Por mim. Olho para os lados e só vejo meus sentimentos, minhas emoções. E acho que estou sozinha nesse circo. Acho que ninguém olha para mim, com pena ou horror. Ninguém ao menos olha. Ninguém quer saber a fundo o que se passa aqui. E viro platéia do meu próprio filme. Viro vilã da minha própria história.
Só me sinto só.

A verdade. Ela não existe, é apenas um abrigo para as pessoas se acalmarem diante ao fato.

Eu me perdi no tempo, me perdi com o tempo.

Respirei fundo e manti o foco no objetivo. O meu fôlego teimava em não ser constante, cortado pelos lampejos de medo e dor. A coragem que havia achado nos sonhos havia se perdido novamente diante ao desafio. Não podia ter erros, não havia o direito de tê-los. A menina do espelho olhava fixamente para mim, ansiando a hora da minha queda, podia ver seu sorriso de canto de boca. Não havia tempo e precisava fazê-lo - se não, me custariam horas de sofrimento por ter sido fraca de novo.

A maior luta é aquela em que envolve você e seu reflexo.

A menina do espelho se prepara para revanche.