Separação
Balada para a fugitiva.
Eu preferi ir ver a vida, ela não me abandonou e saiu por ai. Talvez eu a tenha abandonado, quando abri mão dos meus sonhos. Não me comprazerei com tua amargura, tão pouco com tua covardia em viver. Não mendigarei sua atenção para com minhas mazelas, pois delas tenho ciência ser de minha responsabilidade. Irei furtar-me ao direito de tua presença para não mais sofrer a tentação de vulnerabilizar-me diante de ti ou outrem.
Não verbalizarei de forma audível minha frustração, me aterei a efemeridade da escrita poética, onde poderei esconder minha raiva, contida em vernáculos pouco conhecidos e externar minha frustração de forma contida e dúbia, onde só os mais avisados poderão vislumbrar o sentimento oculto e ao mesmo tempo explicito.
Não chorarei. Não por insensibilidade, mas por convicção de inutilidade, deixarei que a vida flua, ainda que sem você. Esperarei pacientemente que as feridas se cicatrizem e partirei novamente para uma nova jornada de afeto, onde você será apenas uma cicatriz a ser lembrada e nada mais.
Lamento sim, pelo que sua covardia nos privou, poderíamos ter vivido e experimentado muito mais juntos, testado as limitações que nossas vidas nos impuseram, descoberto os prazeres que nossos corpos almejavam. Mas seu medo fala mais alto e preferistes a tua solidão.
Ouço lá fora o agouro da coruja, mas não me soa como agouro, apenas um lamento, tão lúgubre quanto o meu nesse momento. Mas a manhã vem se aproximando e vou encontra-la sem medo, renovado, ainda com certeza quebrantado, mas disposto a prosseguir, com ou sem você.
Teu choro me comoveria se fosse o choro da desilusão, por um erro cometido, um amor atrevido e não correspondido, fruto do desgaste depois de tudo tentado e ainda assim mal sucedido. Mas teu choro é o choro dos que se acovardam, portanto não é digno de complacência ou cumplicidade daqueles que te cercam, quase merecedor de pesar, mas ainda assim não o receberá de minha parte.
Siga em disparada. Para dentro de sua infelicidade, pois se te assombra o medo de ser feliz, ainda que por um ínfimo tempo, abraça já teu demônio da infelicidade que a muito te espreita e então tá, vá chorar. E seja infeliz o quanto desejares, até ao mais fundo ondes te aprazerás de tua própria auto piedade.
Teu olho despencou de mim
Não reconheço a tua voz
Não sei mais te chamar de amor
Não ouvirão falar de nós
A gente se esqueceu, amor
Certeza não existe não
E a pressa que você deixou
Não vem em minha direção
Ausência quer me sufocar
Saudade é privilégio teu
E eu canto pra aliviar
O pranto que ameaça
Difícil é ver que tu não há
Em canto algum eu posso ver
Nem telhado, nem sala de estar
Rodei tudo, não achei você
Encontro-me em momento de reflexão.
Estes momentos de reflexão, são de alegria.
Porém, com outros pensamentos amargos.
“Nada acontece por acaso”, alguém já escreveu esta frase.
Mas, ao mesmo tempo, é tão injusto.
Quando colocas a pessoa que amas, em primeiro lugar (o que para mim, é natural).
E se não dá certo, é óbvio que ligações amorosas não são para sempre “até que a morte nos separe”, ou não, (até que as influências alheias nos conseguirem destruir), faz mais sentido.
O que custa mais, não é estar mais junto dessa pessoa, mas sim, quando a tens no pensamento.
Num pensamento do quotidiano, algo que te lembra a felicidade.
Não se vá assim
Meu coração não pode mais chorar
E a solidão já não quer me deixar
Pago pra ver você voltar
Lembra
Dos sonhos tão calados
E os choros abafados no jardim
Se lembra
Lembra, amor
Que um dia te falei
Sorrisos vêm e vão
Mas nunca hão de ficar
Parece que o dia vai chegar
E você vai voar
Prum peito, um coração
Tão longe de mim
Enquanto o tempo não abrir
Eu vou e quero que você vá também
Ai amor
Nem tente me chamar que eu não vou
Ai amor
Nem tente me chamar que eu não vou mais voltar
Portas fechadas
Janelas trancadas
Nenhum ruído se ouve do lado de fora
Dentro da casa um eco do nada
Eco do vazio dos que ali ainda viviam
Somente o ruido de suas mentes inquietas
Inseguras e temerosas sobre o futuro incerto
Alimentando-se da esperança de ouvir alguém bater à porta trazendo boas novas para seus corações exaustos
Ninguém bateu...
É impossível saber se éramos uma coisa boa que se estragou de alguma forma ou uma coisa ruim que acabou se expondo. Mas de qualquer maneira, se eu pudesse voltar agora para o que éramos, voltaria. Eu o faria, sem um momento de hesitação. Se eu pudesse apenas deitar em seus braços uma última vez, eu poderia viver com uma ilusão pelo resto da minha vida. Se eu pudesse, faria isso.
Te deixar foi uma das coisas mais difíceis que já precisei fazer.
Foi arrancar parte de mim a sangue frio.
Foram tiros incessáveis.
Foi caso de vida ou morte, mas não morte de fim...
Foi morte de começo.
Foi um sacrifício necessário.
Eu dei tanta vida a você que no final perdi um pouco de luz na minha.
E assim lentamente segui para fora da escuridão.
FRESTA, PRELÚDIO PARA O ABISMO
A luz preguiçosa escorrendo
Em cada fresta da janela
Recostando-se a cama
Com dois corpos vazios
E recolhendo os ásperos lençóis.
Acordar para ver
Mais um dia passar.
Levantar da cama com pressa.
Os passos acelerados executando
O caminho na mesma medida
De todos os dias.
A mesa bagunçada.
A comunhão afetada.
Toda desordem se fazia notar,
A mesa,
A cama,
A casa,
O amor.
Voltar para casa, à noite,
Sem nada realizar.
(Marcos Fernandes)
Talvez um dia eu possa ver
Um pouco mais de quem eu sou
Do que tentar ver um pouco mais de você
E não deixar de entender
O que o meu coração ta tentando me dizer
Eu juro que eu tentei
Por mais louco que seja, a gente ainda se ama, só não estamos mais juntos. A gente ainda se ama, só decidimos seguir caminhos diferentes, sozinhos. A gente ainda se ama, só que agora, sem dormir juntos, sem trocar experiências, sem ensinar e aprender um com o outro. Não que eu não tenha aprendido com ela. Aprendemos bastante juntos, mas nem tudo chega ao fim porque a gente quer. Às vezes é só porque precisamos colocar um ponto final.
Um dia me separei!
Sinto saudades das conversas fiadas, das traquinices que fiz, dos sonhos que tive, das risadas bobas e dos momentos lindos e loucos.
Sinto saudades até dos momentos tristes, das angústias, dos bailaricos de finais de semana, enfim... dos companheiros adolescentes.
Sempre pensei que aquelas amizades continuassem para sempre. Mas hoje parece que tudo acabou!
Hoje, cada um foi para seu lado, seja pelo destino ou por alguma desilusão. A vida segue..., talvez um dia possamos nos reencontrar, quem sabe!
Enquanto isso, a saudade vai apertando bem dentro do peito.
Quem me dera que a vontade de ligar, de repetir todas as bobagens e de juntar todos daquele grupo fosse possível, nem que fosse para um último adeus de um amigo.
Assim, entre lágrimas e cabisbaixo, não desistirei de sonhar que um dia voltarei pelos mesmos motivos que a vida me separou.
E eu que sempre tentei dar o máximo de mim em tudo,ser aceita em tudo e dizer sim pra tudo,consegui te perder;
E eu que sempre fui a perfeita,a garota que era boa em tudo,consegui te perder;
E eu que sempre me cobrei tanto pra não fazer nada errado,errei em tudo porque consegui te perder;
Perdi você,que sempre esteve do meu lado em tudo;
Perdi você,que sempre me apoiou,sempre me deu forças pra não desistir;
Perdi você que sempre fez de tudo pra estar perto de mim e esgotou todas suas forças tentando desesperadamente me fazer te dar o mínimo de amor que fosse;
Perdi você que mesmo sendo "todo errado" era capaz de fazer tudo certo por mim,só por mim;
Hoje,vejo que eu,a garota de quem ninguém era digno,não te merecia,porque nunca fui capaz de te amar e nunca consegui te fazer feliz;
Hoje,me restam só saudades da sua presença;
Só hoje eu vejo o esforço que você fez;
Só hoje eu vejo que eu nunca te mereci e nunca mereci o seu amor;
Só hoje eu vejo que a errada da história sempre fui eu,e que nem sempre ser perfeito é ser melhor;
Infelizmente só hoje eu descobri que sempre te amei e nunca consegui traduzir isso em ações,chegando ao momento em que você se cansou e foi embora.
(infelizmente só hoje eu daria tudo só pra te ouvir dizer um "eu te amo minha princesa" mais uma vez)
Há muito tempo, dragões e homens eram um só. Então o homem, que desejou posses, escolheu a terra e o mar. Dragões, que queriam liberdade, escolheram o vento e o fogo. Desde então, homens e dragões permanecem separados.
“Resolvi, quero renascer!
Sei que ainda vou errar muito,
Só não sei, se conseguirei amar de novo.
Pouco ou muito, mas vou viver”
" Esse amor é um vírus que se reproduz dentro de mim em velocidade assustadora, por vezes sinto até que ele adormece, mas de repente, ele eclode!"