Sentido
É que tua vida não tem sentido. E por meses, eu quis que o sentido da tua vida fosse eu. Ou nós. E como isso não aconteceu, me tornei frustrada. Frustrada por achar que a culpa toda foi minha. Só que hoje, eu percebi que eu não devo me culpar por tudo. E tentei te mostrar que você também não deve se culpar por achar que tua vida é vazia. Quero que saiba que tentei. E não me arrependo de ter tentado. Porque eu não deixei te amar e querer que você seja feliz.
a dor é solitude no meu coração,
deixo meus sentimentos voarem,
nada faz sentido,
meus olhos doem quando olho para o céu,
a dor tem limites em um jogo de vaidades,
olho profundamente não sinto nada,
olho para céu não vejo mais nada,
o jogo faz minha sangrar,
meus pensamentos estão perdido,
no vento a dor é constante,
o sangue acabou e olho para céu,
não sinto mais nada,
só imagino a magica que faz o mundo girar,
no fundo do profundo é dilema olhar para o céu.
por celso roberto nadilo
Estante
O poema “A Arte de Perder” de Elisabeth Bishop nunca fez sentido para mim, desde o primeiro dia em que o li. Sempre questionei. Talvez por puro egocentrismo ou falta de maturidade, eu não sei. Passei os últimos anos da minha vida acreditando que eu podia ter tudo, que nada podia fugir de mim, que o que eu tenho eu não deveria perder.
Busquei insistentemente não perder nada. Nenhum instante, nenhum minuto sequer, nenhuma chave de todas as portas que eu abri, nenhuma parte de todos os estilhaços que caíram ao meu lado. Se eu perdia, corria pra achar. Se quebrava, corria pra remontar. Quantas noites juntei cacos, pedacinho por pedacinho, colando, remendando. Olhava a estante de longe e pensava: pronto, já dá pra colocar no lugar de novo. Ninguém vai reparar que quebrou. E voltava pra minha vida.
A verdade é que chega uma hora que você olha para a estante com mais cuidado. Com outros olhos. E isso acontece tão raramente. As vezes dura segundos. Você olha, talvez com a intenção dócil de tirar o pó. Pra ver se ainda está ali aquele porta retrato que caiu e você arrumou, dar uma folheada naquele livro que uma vez você emprestou, ouvir o DVD daquela cantora que você amava, o molho de chaves daquela casa antiga que agora está alugada e todos os vasos que já caíram e você colou.
Uma vez – e não faz muito tempo – lembro que joguei tudo no chão. Tudo. Minha estante inteira no chão. Tudo quebrado. O que não quebrou, rasguei, cortei, amassei. E me senti péssima depois. Um dia, voltei na sala. Refiz a estante, arrumei o que tinha quebrado, costurei, colei, remendei. Coloquei tudo no lugar. E o tempo passou.
Mas olhando agora, para minha estante, comecei a ver que não preciso guardar nada disso. Que tem coisas que não servem mais. Que não fazem parte de que sou hoje. Os vasos não ficaram tão bonitos como eram antes. Sim, foram charmosos um dia, mas olhando pra eles agora, posso ver cada remendo. Ao me lembrar dos cortes que fiz para juntá-los, penso até que valeu a pena. Mas hoje, hoje são somente vasos remendados. O retrato não precisa ficar a mostra por que já amarelou com o tempo. O que foi bom, simplesmente foi. Não é mais. Como a canção que hoje já não faz sentido. Como a árvore no fundo daquela foto que hoje não existe mais.
Se eu entendi o poema? Não. Ou ainda não como deveria. Há uma caixa cheia de coisas novas na sala. Mas o medo do novo é destruidor, não é? O novo, por mais que seja cheio é vazio se pararmos pra pensar. O novo não tem passado. Não tem história. O novo acovarda até os mais corajosos. Somos, bem lá no fundo, guerreiros que relutam para aceitar uma nova espada. A gente sabe que a caixa está cheia de novidades, mas não tem força suficiente para ir até elas.
Mas hoje, exatamente hoje, dia dez de outubro de 2013, olhei para as caixas repletas de coisas novas na sala. E mesmo assustada, mesmo com minhas mãos se desviando, meu corpo contestando e meu coração aflito, comecei a abri-las. Sim. Passa pela minha cabeça começar a montar outra estante e deixar essa que já existe como está. Mas não posso, não é? Preciso aprender a perder. Entender “a arte de perder” talvez ou finalmente.
Então, sentadas, eu e Elisabeth Bishop, nessa minha sala, tomando um bom vinho, rimos juntas olhando para minha estante. Cheia de histórias, de lembranças, de vasos inteiros, outros remendados, de fotos amareladas, de cartas que nunca foram enviadas, de belas canções, de sapatos com solas bem gastas, de chaves de casas por onde não entro mais, de relógios com marcador parado.
Me pergunto, em silêncio: por que eu acho que não entendi o poema ainda? Por que eu acho que não faz sentido desfazer de tudo isso? Mas afinal, é meu? Ou tudo é passageiro o suficiente para não precisar de estante?
Faço versos sem sentido para livrar-me da significação.
Gosto da vida desalinhada, sem sentido. Fujo da organização.
Tenho pés de nuvem e cabeça de céu: gosto do inverso.
Enquanto todos dançam no ritmo, eu vou na contramão: faço versos.
Quantidade não é sinônimo de qualidade. Por isso quando amamos uma pessoa, apenas ela traz sentido, e com ela o dia torna-se mais completo e indispensável.
Hoje, parei para observar o verdadeiro sentido da vida, sabe?
E comecei a entender que, o verdadeiro sentido não é só correr atrás de grandes sonhos, mas que também ver o que está ao meu redor. Meus pais, irmãos, primos, tios, amigos, sobrinhos, colegas. Que vão se afastando. E o motivo? Falta de tempo. Tempo esse que nunca tenho, para dar um bom dia, uma palavra amiga, um abraço, um carinho etc. Hoje vim aqui para pedir desculpas a todos vocês que fazem parte da minha vida, e que nunca tive tempo de reparar o verdadeiro valor que é de ter vocês em minha vida. Saibam que amo vocês, e que são muito importantes em minha vida
O sentido está se perdendo e o redemoinho está ficando incontrolável dentro de mim. Se eu não tivesse o meu coração estável, o meu inferno estaria completo.
É claro que a vida é boa
Mas ela sem você nao e nada
É claro que tudo na vida tem sentido
Mas minha vida sem você não tem sentido
É claro
É claro
É claro
Que você e tudo para mim
Parece complicado, difícil de entender mas ainda vai fazer sentido, eu espero... Um semestre inteiro pensando na vida e nem tudo está explicado, mas muita coisa mudou principalmente eu, agora mais tranquilo.
Estava uma tempestade e agora só chove... daqui um pouco o céu está azul de novo, e aquela história que dois raios não caem no mesmo lugar, ah eu é que não fico pra ver...
A fachada já está boa mas a casa está bagunçada, quando estiver tudo arrumado ou boa parte abro a porta novamente...
Eu desapareci, não dei notícias... acho que estava longe comigo mesmo, mas agora estou voltando, mas caminhando quando esquentar eu começo a correr de novo!
28/11/2011
No entanto entendo que é de seus beijos que acho o sentido de viver
Porém compreendo que o teu corpo me completa e até me satisfaz
Apesar de seus olhos tão maliciosos a mim...
Não sinta constrangimentos de nossa intimidade, pois o melhor que temos é a nossa inocência pela nudez;
Uma aliança, cujo objetivo não compreenda a hipótese de uma guerra, não tem sentido nem valor. Alianças só se fazem para luta. Embora, no momento de ser realizado um tratado de aliança, esteja muito afastada a idéia de guerra, a probabilidade de uma complicação bélica é, não obstante, a
verdadeira causa.
O amor só é sentido ao supremo com a convivência, quando há uma empatia, o amor é paciente, é benigno!