Sentado
Não fui o tipo de pessoa que fica sentado falando que pretendem fazer isso e aquilo. Nunca fui de falar, mas sim de fazer. Quando quero, eu vou fazer e pronto. O futuro é uma espécie de incerteza com nostalgia. Não creio que eu vá viver muito com esse meu gênio, mais cedo ou mais tarde, irão me calar ou me calarei perante minhas atitudes. Para mim a vida é e sempre será um labirinto tão complexo quanto lindo, e nele seguimos perdidos, pensando em como um dia conseguiremos enfim alçar nossa liberdade. Pensando bem, essa sempre foi a questão. Assim como um pássaro não nasci para viver em cativeiro, enquanto meu corpo quer voar, senti o vento no rosto. Regras? Ah sim, essas são primordiais para uma vida em sociedade, no entanto, até onde seu dever começa e o meu termina? Quem decide quem vive e quem morre? Nunca almejei tal poder. E lamento por quem as toma. Clamo por uma sociedade mais justa e igualitária, mas a quem estou enganado, tudo isso não passa de um sonho. Mas o que nos resta, se não sonhar? Afinal a esperança é o que nos move. Permita-se!
Eu não passo de um mero espectador, sentado à beira do palco, aplaudindo a vida por todo o seu talento, mais uma vez.
Sentado na poltrona, desligo meu celular e olho pela janela enquanto sinto o cheiro dos fósforos que queimo pelo simples tédio.
Chove. Um copo de Whisky sobre a mesa. Meu colarinho desabotoado, mangas dobradas me faz lembrar por um instante um personagem.
Ninguém esvazia esse cinzeiro? É o que parece. Esses cigarros velhos..
No canto da sala um retrato que guarda o único momento feliz da minha vida.. Ou pelo menos guardava. Agora está pela metade. Mesmo que tenha sido rascado de forma violenta, e juntado com fita adesiva por trás, mesmo assim perdi a imagem perfeita e a mensagem escrita atrás. Uma dedicatória sem término de validade, prometendo um sentimento inacabável sobre uma vida agora utópica.
Como é possível uma simples foto guardar um momento para sempre, de um simples segundo tão feliz e que jamais será esquecido? O único ponto de luz nesse escritório cinza dentre esses móveis escuros. Talvez por eu mesmo ter capturado a fotografia. Sinceramente é impossível saber.
Nas estantes, livros de suspense bem ao estilo Agatha Christie compõe o resto da beleza do meu escritório.
Chove. Encosto meu rosto próximo a janela. As gotas quem rolam pela lado de fora do vidro da janela, fazem lembrar de cada lágrima dela com sentimentos do peso de 1000 dilúvios em cada lágrima do lado de fora da janela.
A chuva parece tão feliz do lado de fora, que não me lembro dessas gotas de chuva do lado de dentro da janela. Gotas.
Tua Ausência
Sentado,
olho a sala vazia de você
Vejo a cor, sem cor
da tua ausência
O playback passa sem prazer
Sento na cozinha
Ainda percebo tua presença
Bem maior que você pensa
Deito no mesmo quarto
E um quarto de mim dói
Outro chora
Estou meio triste e meio alegre
Lembro das etiquetas chinesas que sumiram para não condenarem, e penso nas vezes que me sublimou
A tua Paz
O teu sorriso franco
O teu olhar apertado
A tua anca aberta
Teu coração apertado,
Ainda pulsa em mim
A tua cor reluz em meus desejos
Tua pele
Teu cheiro
Teus lábios
Teu jeito de falar
Me enlouquece
Pulsando fica minha boca
Desejosa de você
Prazerosos momentos
Eternos momentos
Tantos momentos
Tive você.
Um dia sem você é triste
Uma semana é maldade
Um mês não existe para mim
To indo sentado olhando as montanhas
E pensando que cada vez que você me pede
Mais vezes você me ganha!!
Calvário.
Estou sentado à mesa olhando o vinho e o pão,
E já sinto na boca o amargo gosto da traição.
Me vejo subindo um monte, ansioso, suado e cansado.
Como uma pobre ovelha ao seu matadouro desgraçado.
Estou cercado por pessoas estranhas,
Alguém que me jurou lealdade já me beijou com o gelado beijo da morte.
Meus próprios súditos estão despedaçando minha sorte.
Já não sou rei, nem colecionador de flores.
Sou réu, escravo, o pior dos malfeitores...
Açoites arrancam minha carne,
Mulheres gritam, homens cospem em minha face.
Meu Deus! Que crueldade, quanta maldade.
É a minha via crucies, a via da humilhação.
Devo passar sozinho esse caminho até que chegue o sagrado bálsamo em meu coração.
Estou em um novo monte, inédito e inerte aos seus pés.
Um madeiro me aguarda, é o presente da ingratidão.
Estou sendo ungido na amargura, meu vinho transformou-se em sangue.
Vejo três pregos no chão, percebo que são meus,
Hão de atravessar minha carne e também meu coração.
Tenho sede. Alguém poderia me trazer água?
Uma rosa vermelha serve...
Estou atravessando meu calvário,
Lento como uma viagem à remo e vela.
Com uma dor não fingida.
A morte está ao meu lado,
Vou inspirar o meu ar, o de missão cumprida.
Se vc espera a sorte sentado, não espere que ela venha repleto de oportunidades.
Se deseja almejá-la corra atrás e faça diferente do ontem, de hoje e persevere o amanhã!!!
E você que achava sabia tanto sobre o amor, hoje se vê sentado no primário na escola da vida. Vendo as lições boquiaberto.
Desconfio que Adão estava sentado ao lado de uma colmeia, e quando Deus retirou sua costela para fazer Eva, desastrosamente à lambuzou com mel.
Gosto de azinhavre
Sentado debaixo dum pé de pêssego, distraidamente em minha antiga mente, é o que faço exatamente ao recordar de antigamente; embrenhado num sutil sossego, e neste aconchego, chego a me ver pedindo arrego ao tempo. Porém neste presente também contemplo contente o templo de minha singela existência e, nesta já antiga teimosia de viver a aleivosia duma lembrança fantástica de pessoal fantasia, no bem-querer de minha infância elástica, já que quer perdurar eternamente. Independentemente do que fica pendente em minha mente, recordar e se doar ao amor da existência, cuja insistência é a eterna permanência dum vício de amor-sacrifício e clemência. Sinto o prazer ao ver o vergel do local a me satisfazer neste meu jeito-bedel de viver ao reaver um passado presente imortal, e ao desenrolar dum eterno carretel no sentimento de mais um menestrel...
A depressão advém dum remoto além ignoto de automalquerência de aparência ao léu, é uma briga tamanha, apesar de tacanha a fazer constância bisonha ao ato de viver.
Crer de verdade na impessoal verdade traz a veracidade, não fazer o mal, sentar num pomar, sem levar a mal o tamanho do assento que se há de ter, e saborear o ar, deixar o espírito descansar devagar nas asas da paz ao divagar no próprio arfar natural, sem se autocondenar: é a sabedoria que o ser gostaria de obter, mesmo sem nada entender dessa esbórnia-orgia de viver.
Ao praticar o perdão estar-se-á praticando o autoperdão, e isso é parte da felicidade...
jbcampos
Estou sentado na arquibancada da vida
esperando seu espetáculo começar pra aplaudir seu sucesso
e vitoria.
Manifesto do amanhã
Você que está ai sentado reclamando de sua vida, de seu país, de como tudo anda errado e fora de seu eixo. E você mesmo! Gandhi disse uma vez " Seja a diferença que você quer ver no mundo" isso não lhe diz nada? Cadê aquele garotinho sonhador que um dia pensou em fazer do seu mundo um lugar melhor? Se perdeu? Se rendeu as coisas fugidias e ingratas da vida? Desistiu sem se quer lutar? Cansou de sofrer e brigar pelo que e certo sozinho? Que pena, logo agora que estava tão perto. Logo agora que sua faísca estava prestes a ganhar uma vida real, quando deixaria de ser apenas uma ilusão, um rabisco no papel. Sei que não é fácil fazer a coisa certa, nunca foi. O que achou que aqueles heróis de seus quadrinhos eram bons só porque tinham super poderes? Foi isso que achou? Não da para acreditar, sabia. Vou lhe dizer uma coisa, eles não eram heróis só por serem especiais. Porque sabiam voar? De modo algum, eles eram sensacionais porque apesar de todo aquele poder e problemas que os mesmos acarretavam, não mudava o modo de pensar deles de fazerem a coisas certa. E é assim na vida fora dos quadrinhos também, não precisamos de super poderes ou saber voar para fazermos o que é certo, para fazermos o bem, mesmo que não seja uma tarefa fácil. Temos que tentar, afinal o mundo não vai ser salvo em um dia. Bem na real nem sei ao certo se de fato ele merece ser salvo ou algo do tipo, mas tenho a plena certeza que se houver essa chance quero estar lá, não por estar e apenas tirar uma selfie. Quero está lá para poder dizer que pelo menos tentei fazer desse mundo um lugar melhor, para mim, pra você, para meus filhos e para as demais gerações futuras, sejam elas x, y ou z.
Isto não é mais uma mensagem de conscientização, bom eu acho, mas se for que faça algum efeito né. Essa e uma convocação, isso mesmo convocação eu disse. Se você também e uma pessoa de bom coração, junte-se a nós. Se você não deixou seu super herói adormecido após adolescer para trás, apareça. Se você ainda luta por um ideal digno em prol dos outros, venha cá. Precisamos de pessoas assim como você. Que não tenham medo de lutar, de erguer uma bandeira em prol de algo maior e mais humano além de um pedaço de terra ou conta bancaria com inúmeros zeros. Ouvi uma vez em algum lugar que "só se vive uma vez", se é assim não vou deixar essa passar sem nenhum significado. Quero construir algo novo, algo surpreendente, algo nunca antes visto, e não falo de uma máquina do tempo ou qualquer outra bobagem...rs
Mas não posso fazer isso sozinho, sabe bem disso. Preciso de ajuda, preciso de parceiros, de construtores, de arquitetos caso contrário continuaremos fadados ao fracasso e as incansáveis guerras que vem e vão com o passar das décadas. Chega de se esconder, de se isolar, mostre sua voz, mostre do que você realmente é feito. Não tenha medo, ouse ir além. Faça mais do que apenas existi. Conto com você para isso! Eu existo, sou uma pessoas de carne e osso assim como você. Estou a sua espera, venha me encontrar para que juntos possamos mudar o mundo!
Para facilitar você pode pensar assim eu sou a faísca, e você o combustível para seguirmos em frente.
Onde está aquele meu garoto bravo e destemido que não tinha medo de nada? Não demore estou a sua espera.
Assinado, seu eu do futuro.
"É meu caro amigo, o negócio é o seguinte, não se deve permanecer sentado esperando a vida trazer à tona coisas boas para você, se você quer, você que tem que correr atrás!"
Sentado lá naquele fundo de quintal algo tirou-me de meu conforto, uma sensação que pra explicar seria necessário sentir novamente, mas já sabia que era por conta daquela gaivota que voava plena em seu planar. Como eu queria voar!
Mas será que minha admiração por tal fato seria válida ao ponto de querer aquilo pra mim?
Acho que não! Quem sabe aquela gaivota lá do alto não me olhava pensando em o quanto me via correr velozmente pelo quintal e subir e descer das árvores agarrado em seus troncos, quem sabe ela não queria ser eu, conseguir articular sua mandíbula e produzir com suas cordas vocais e língua tantos gritos e cantos das minhas brincadeiras de rodas?!
E ali ficávamos eu e a gaivota nos admirando... Talvez é claro!
A luz da meia lua,
Na estrada parada.
Sentado ouvia
Aquela linda menina,
Com risadas ,
De alegria,
Que em mil sonhos viaja.
Sonhos seus que eram do mundo.
Seus olhos brilhavam
Como estrelas.
Sorriso de orelha a orelha
E claro um som baixinho
Para eternizar aquele momento que teve Fim.
“....e das noites em claro, sentado em uma sacada vendo ao fundo o vale, ele pode sentir os primeiros raios de sol. Era como se o nascer do dia trouxesse junto com a luz as descobertas mais arraigadas nele mesmo que ainda não haviam morrido. Não era a falta de uma cama, que propositalmente improvisada em caixas de papelão e um cobertor de campanha, que faziam a diferença. A casa era grande, mas vazia, não haviam móveis nem pessoas, somente salas, quartos, banheiros e uma cozinha. O vale lhe dava uma vista do rio, de árvores monumentais e de eventualmente pessoas que por ali passavam. O amanhecer era completo com o canto dos pássaros. Mas não era ali o seu ponto final e sim o marco de saída. Essa jornada deveria ser feita sozinho. A propositura de um início de jornada sem conforto era vital, iria permitir a ele resgatar seus valores mais básicos e a sensibilidade que havia perdido ao longo dos anos. A retomada do caminho no dia seguinte deveria ser essencialmente do início, sem atalhos, sem cargas ou pesos nas costas. O caminho seria difícil e árduo. Os caminhos de pedras, as subidas e decidas eram cada vez mais íngremes, sinuosos e obscuras. Sabia que poderia alcançar seu tesouro. Nas caminhadas diárias buscava eventualmente atalhos, mas estes não lhe foram permitidos e quando a noite caia o abrigo era sempre o mesmo. Descobriu então que andava em círculos, que sempre andara em círculos. Teria que mudar, não poderia mais caminhar durante o dia pois este não lhe traria referências corretas, durante a noite teria o céu e as estrelas para guiar-lhe o caminho. Seria mais perigoso porem mais prudente e produtivo, e assim o fez....... A noite passou a ser sua companheira, os riscos eram maiores, porem seus olhos passaram a se acostumar a enxergar no escuro, passou a ver o que o dia não lhe permita ver ou sentir, passou a ser mais intuitivo e os caminhos começaram a aflorar de forma clara como se estivesse começado a enxergar naquele momento...tudo estava ficando mais claro. As estrelas começaram a guia-los e a cada final de jornada e os abrigos surgiam de forma inesperada e das formas mais inusitadas. Já não era mais o mesmo todos os dias. Surgiam na forma de pessoas oferendo acolhida, ainda que fosse improvável que ali elas existissem e sobrevivessem. Talvez fossem viajantes que ali estivessem passado em tempos distantes ou que ali sobreviveram por épocas passadas, mas ele já não tinha medo de se deparar com o improvável, vivera sob um véu escuro durante anos de sua vida sem poder enxergar o óbvio. As acolhidas eram gentis e reconfortantes e sempre ao raiar do sol ...... passava os dias de forma solitária. Ao entardecer quando sua jornada iria recomeçar, os acolhedores não mais apareciam ou se apresentavam, porem ele sempre lhes deixava uma recordação. Ainda que não houvesse bens físicos consigo, ele lhes deixava uma oração, um bilhete, um agradecimento, uma flor, algo que pudesse mostrar o quanto fora importante naquele momento um teto, um abrigo, um porto seguro, ainda que simples e sem conforto......” I.M. 2009
Um homem esperou pela mulher da sua vida. Esperou sentado em um banco do transporte público. Pegava sempre ônibus vazio para que ela sentasse do seu lado. Um dia ela sentou e mil pensamentos invadiram a cabeça do pobre homem, mas o que teve mais força foi "não fale com ela". Ela foi embora e ele, bem, já não tinha mais motivos para viver.