Sentado
Qual o seu valor?
Pobre de mim sentado, parado, preso aos meus dilemas e incapacidades.
Pobre de tudo que domino e deixo passar sem se quer persuadir o algo a mais sem tirar proveito pro meu aprendizado.
Pobre do ser que se engana iludindo e vivendo iludido.
Não quero pensar que a vida é algo sem valor, até mesmo o mais irrelevante tem um grau de capacidade de atuação.
Pobre de todos que se acham eternos e vivem como se nunca fossem morrer, mas: estão mortos em vida.
E oque dizer aos senhores mestres da ignorância etérea fadados ao seu reles viver por viver. Será que não aprenderam o significado da vida? Ou acham que vida é um passar despercebido vivenciando o nada e ostentando dadivas divinas futuras.
Aviso aos navegantes do barco da vida que viver é compartilhamento, é engajamento, é aptidão pelo prazer de está com o outro aprendendo e ensinando sem a excludência pessoal mas aceitando o outro com defeitos e acertos. Muitos vivem num patamar imaginário de poder só por causa de um mero cargo coloquial. Tudo passa.
Vejo fotos de muita gente em quadros na parede de muitas salas que já morreram onde congelado risos e amores não significam mais nada. Pobres mortais, os quais partiram sem se quer deixar algum feito grandioso ou conotativo. Simplesmente passaram, e estão hoje nas paredes do esquecimento mundano. Nada mais podem dizer ou fazer. Pobre de todos que se acham mais importante que oque é realmente importante. E que a paz esteja sempre em nossas mentes ou quem sabe em nossos corações.
Às quatro e vinte da manhã, ela acorda e me vê sentado na varanda.
— Amor, o que tá fazendo aí? Nem amanheceu ainda.
— Lembra que noite passada seu pai falou que o nascer do sol daqui é diferente de qualquer outro, mais cheio de vida, mais exuberante, e tudo mais? — Sim, eu lembro. Mas por quê isso agora?
— Então, só queria saber se ele estava falando sobre o tempo e não sobre você.
— Ah, seu bobo. - ela me disse
Ela então pegou-me pela mão, o brilho do nascer nos guiara até a cama, fizemos amor, dormimos abraçados, e mais uma vez ela acorda, naquele momento pude ter certeza, de que o “nascer do sol” era ela.
NA CADEIRA DO CÉU
Sentado numa cadeira onde ninguém quer estar
Centenas de olhos focados em mim
Olhar de raiva ou de tristeza mas são para mim
Toda aquela atenção por um crime que eu sei que cometi.
E a tensão aumentava a cada testemunha
Sem muitos argumentos,eu aguardava a minha vez
Sentindo-me Daniel, apreensivo com os leões. Eram juiz, promotoria, advogado de acusação e algumas pessoas torcendo para eu ser devorado.
Entrei inseguro acompanhado pelo meu advogado.
A cada rugido dos leões uma acusação contra mim.
Eu na tentativa de me defender
Meu advogado me alertava, aguarde a sua vez. Confie em mim.
Mas na posição que eu me encontrava nada havia à meu favor
Eu estava na cadeira do réu onde ninguém quer estar
E sabendo que tudo aquilo fora por amor.
Aumentava minha angústia e minha dor.
Quando chegou a minha vez
A de me pronunciar.
Meu advogado me puxou e disse assim:
- Vou trazer toda responsabilidade pra mim.
Só abra a boca e deixe as palavras comigo.
Com o coração aberto, por ele eu fui conduzido.
Naquele momento o vi como um ventríloquo e eu o boneco.
A voz surgia de dentro de mim
Eu não sabia o que eu dizia
Mas ela vinha de uma sabedoria
Nem eu mesmo imaginária
Que a cada palavra eu me alegraria
Tem uma passagem na Bíblia em que Jesus não defende mas ao ver Maria Mandalena, ela preste a ser apedrejada ele pergunta
- Atire a primeira pedra aquele que nunca pecou.
Excelentíssimo senhor juiz, promotoria, advogados e todos presentes aqui
Este homem cometeu um erro, sim
Mas vou lhes provarem que foi por amor
Quem ama cuida e não quer ver sofrer
Sua esposa já vinha há anos sofrendo de câncer, desenganada pelos médicos nada mais podiam fazer.
Seus filhos, não iam nem mais à escola, todos eles perderam o prazer.
O olhar hefêmero é de querer viver,
Mas sua vontade mesmo é de morrer
E acabar com toda dor, não mais padecer
Coube à este homem uma trágica missão
A pedido dela apagar sua visão
Num papel redigido com uma esferográfica azul.
Fotografado por uma câmera de um celular podendo dar o zoom
Por garantia ainda feita uma filmagem de toda a clemência
Para poderem perdoá-lo e absolvê-lo
Já prevendo neste tribunal esta audiência
Era a tentativa da não penitência
Uma situacão heterogênea de desespero
Com uma mistura homogênea de apelo
Crendo que aliviar a dor do próximo mesmo que pra isso aquela não estaja mais entre nós.
É sim também uma prova de amor
Esqueçamos as leis do homem
Sem fechar os olhos para as leis de Deus
Coloquem-se no lugar deste homem
Deixemos Deus julgar
Pois somos todos mortais
Passivos de erros
Se alguém aqui perdeu
Sabemos que não foi nenhum de nós
Aquela mulher permanecia viva por um suporte de respiração artificial
Tudo tão normal até o momento que este grande homem teve a coragem de desligar o aparelho que à mantivera "viva"
Sabendo das consequências que ele iria enfrentar em uma cadeira como réu.
À exemplo da Arca de Noé que quer dizer
Um novo recomeço
Pois às vezes é preciso destruir para poder recomeçar.
Ele irá recomeçar sua vida junto com seus filhos.
E ela certamente irá recomeçar sua nova vida na cadeira do céu.
Ao lado do Senhor.
23 de setembro de 2015,
Nesse momento entro em sintonia com o céu, entro pelos portões e avisto Meu Pai sentado no trono, me encaminho em sua direção e conforme me a próximo, sinto sua Glória, seu amor que contagia o céu de uma maneira inexplicável que não consigo ficar de pé . Caio de joelho na sua presença e o que consigo sentir nesse momento é o Seu grande amor por mim que transforma meu ser e choro de alegria, é uma sensação maravilhosa, nunca sentida . Ouço sua voz que parece som de trovão e ao mesmo tempo é suave, me dizendo:
"Minha filha(o) querida (o) seja bem vinda(o) a minha presença, Eu Te Amo!"
VIDA
Cansado, sentado
num banco, eu canto
A vida passou, entro em pranto
Penso em tudo, que encanto
E lembro,
A vida passou, me espanto
Não fui o tipo de pessoa que fica sentado falando que pretendem fazer isso e aquilo. Nunca fui de falar, mas sim de fazer. Quando quero, eu vou fazer e pronto. O futuro é uma espécie de incerteza com nostalgia. Não creio que eu vá viver muito com esse meu gênio, mais cedo ou mais tarde, irão me calar ou me calarei perante minhas atitudes. Para mim a vida é e sempre será um labirinto tão complexo quanto lindo, e nele seguimos perdidos, pensando em como um dia conseguiremos enfim alçar nossa liberdade. Pensando bem, essa sempre foi a questão. Assim como um pássaro não nasci para viver em cativeiro, enquanto meu corpo quer voar, senti o vento no rosto. Regras? Ah sim, essas são primordiais para uma vida em sociedade, no entanto, até onde seu dever começa e o meu termina? Quem decide quem vive e quem morre? Nunca almejei tal poder. E lamento por quem as toma. Clamo por uma sociedade mais justa e igualitária, mas a quem estou enganado, tudo isso não passa de um sonho. Mas o que nos resta, se não sonhar? Afinal a esperança é o que nos move. Permita-se!
Eu não passo de um mero espectador, sentado à beira do palco, aplaudindo a vida por todo o seu talento, mais uma vez.
Sentado na poltrona, desligo meu celular e olho pela janela enquanto sinto o cheiro dos fósforos que queimo pelo simples tédio.
Chove. Um copo de Whisky sobre a mesa. Meu colarinho desabotoado, mangas dobradas me faz lembrar por um instante um personagem.
Ninguém esvazia esse cinzeiro? É o que parece. Esses cigarros velhos..
No canto da sala um retrato que guarda o único momento feliz da minha vida.. Ou pelo menos guardava. Agora está pela metade. Mesmo que tenha sido rascado de forma violenta, e juntado com fita adesiva por trás, mesmo assim perdi a imagem perfeita e a mensagem escrita atrás. Uma dedicatória sem término de validade, prometendo um sentimento inacabável sobre uma vida agora utópica.
Como é possível uma simples foto guardar um momento para sempre, de um simples segundo tão feliz e que jamais será esquecido? O único ponto de luz nesse escritório cinza dentre esses móveis escuros. Talvez por eu mesmo ter capturado a fotografia. Sinceramente é impossível saber.
Nas estantes, livros de suspense bem ao estilo Agatha Christie compõe o resto da beleza do meu escritório.
Chove. Encosto meu rosto próximo a janela. As gotas quem rolam pela lado de fora do vidro da janela, fazem lembrar de cada lágrima dela com sentimentos do peso de 1000 dilúvios em cada lágrima do lado de fora da janela.
A chuva parece tão feliz do lado de fora, que não me lembro dessas gotas de chuva do lado de dentro da janela. Gotas.
Tua Ausência
Sentado,
olho a sala vazia de você
Vejo a cor, sem cor
da tua ausência
O playback passa sem prazer
Sento na cozinha
Ainda percebo tua presença
Bem maior que você pensa
Deito no mesmo quarto
E um quarto de mim dói
Outro chora
Estou meio triste e meio alegre
Lembro das etiquetas chinesas que sumiram para não condenarem, e penso nas vezes que me sublimou
A tua Paz
O teu sorriso franco
O teu olhar apertado
A tua anca aberta
Teu coração apertado,
Ainda pulsa em mim
A tua cor reluz em meus desejos
Tua pele
Teu cheiro
Teus lábios
Teu jeito de falar
Me enlouquece
Pulsando fica minha boca
Desejosa de você
Prazerosos momentos
Eternos momentos
Tantos momentos
Tive você.
Sentado à beira da minha vida, observo-a passar,
Procuro os momentos em dela participei,
Esmiúço minhas lembranças procurando os atos que conduzi,
Nas atitudes que tomei para chegar ate aqui,
O incrível que descobri,
É que na trama da minha vida,
Não tive o papel principal!
Não atuei na vida que escrevi...
Por isso, sentado aqui,
Continuo a olhar, vendo minha vida passar,
Não há papel principal, nem texto à decorar,
apenas na plateia, assistindo minha vida passar!
Sentado aqui na minha varanda, sozinho, olhando as luzes de tantas janelas em tantos prédios, e já na segunda taça de vinho, penso que a felicidade é uma palavra de difícil qualificação Comparada com uma cor, certamente teria várias nuanças. Pode significar o estado de um ser ditoso, contente, alegre, de sorte, enfim, um indivíduo satisfeito com a vida por vários motivos. E, nesta variedade de motivos, cabem várias reflexões. Sem dúvida, a felicidade é um estado de espírito e, por isso, muito pessoal e variável. De modo que a razão da felicidade de um, pode ser por outro ângulo, ainda que contrariamente, a razão da felicidade de outro. Exemplo: o portador da boa saúde, forte, belo, econômica e financeiramente bem, é feliz por estas circunstâncias; outro, doente, feio, fraco e pobre, por motivos de crença kardecista, pode se sentir satisfeito e feliz, por admitir pelo que crê, que ao reencarnar ele mesmo escolheu uma vida de sacrifícios, para purgar erros e faltas cometidas em vidas anteriores e, com isso, atingir a perfeição espiritual, para ele mais valiosa que tudo. É feliz por isso. Um outro católico praticamente por viver bem e agraciado por pedir e receber dádivas celestiais que lhe são proporcionadas por seu deus e seus santos de devoção, vive deitado no armarinho da gratidão e felicidade; outro, da mesma crença, levando vida de cão, sofrendo agruras; julga-se, também, conformado e feliz por considerar que tudo que sofre é um desígnio da divina providência e como tal deve entender como justo e aceita conformado e até agradecido. É feliz também a seu modo. Em outras palavras, o que é ótimo para uns pode ser ainda que em sentido completamente oposto, também aceitável para outro. Uma espécie de felicidade pelo avesso. O interessante é que este estado de espírito pode ser sentido, em certas circunstâncias, por uma coletividade inteira, ora sob o aspecto positivo, ora sob o aspecto negativo. Assim, a chuva diluvial que atingiu inúmeras vezes o Rio de Janeiro e, principalmente a Região Serrana, destruindo barracos nos morros e atingindo, também bairros elegantes da zona sul do rio; essa chuva que levou um prefeito a apelar para oração para que não mais chovesse, pois não tinha meios para socorrer os desabrigados, é, sob outro aspecto, a mesma chuva salvadora de vidas em todo o Rio, que poderá salvar os reservatórios, mais uma vez que, sob um terceiro aspecto, vivemos há décadas dos eternos políticos que assentam as nádegas nas cadeiras do congresso. O furacão que arrasta cidades, derruba torres, afunda barcos e mata muita gente nos EUA, considerado dos mais adiantados locais de progresso do mundo é o mesmo vento forte que no Saara, com o nome de Simum, refresca a atmosfera tórrida do Norte da África, estendendo sopro quente através do Mediterrâneo, temperando o clima de todo sul da Europa, considerado o ideal para o turismo da região. Como se vê, a felicidade não é facilmente definível. Tudo depende das circunstâncias. Enfim, as luzes acesas de cada janela desses prédios, tão distantes, continuam iluminando o que estou vendo agora. Tim Tim.
Enquanto se discute sobre política , eu, sentado, absorvendo a esplendorosa primavera que me rodeia, tenho como brinde o odor, pra mim, o perfume, que vem da cozinha. Perfume de temperos. Perfume que invade a casa e meus sentidos.
Ainda me preocupa o amanhã de minha terra. Mas, estou "embriagado" pelo cheiro de teus temperos.
O destino que escolhe matou meu sonho, por isso antes que me mate fisicamente sentado, levanto me e vou a batalha.
Sentado na varanda da vida..
Acendo o cachimbo..fumo suave..
Em sua suavidade demonstra toda a reflexão..
Que surge de repente..
Não mais que de repente..
Quando a vida insiste em mostrar..
Tudo aquilo que passamos..
Nem sempre gostamos do quadro que enxergamos..
Deficiências e vícios escondidos..
No semblante de uma amor tranquilo..
Do sorriso da pessoa amada..
Que reflete dúvidas e histórias mal resolvidas..
Do coração de quem ama e imagina..
Imagina o amor perfeito..
A pessoa ideal para dividir a benção da vida..
Como imaginar o amor ideal em uma pessoa..
Se nem ao menos estamos próximos da nossa..
Própria perfeição, se por vezes queremos..
Receber do amor tudo aquilo que não damos..
E não damos,não porque não querermos mais simplesmente..
Por não possuirmos..
Por não compreendermos que a vida não dá...
Simplesmente reflete tudo aquilo que somos..
Tudo aquilo que aprendemos..
Da forma que amamos !
Gostaria de ter sentado à mesa com Jesus e Nietzsche. Obviamente, Deus no centro da mesa como pauta da refeição.
A grande virada acontece quando você vira o lado da mesa que está sentado, deixando a poltrona da acomodação para sentar‑se na cadeira do entusiasmo.