Sentada
Ele abriu a nuvem
Olhou em direção a igreja ...
E viu
Ela estava sentada
Com as pernas cruzadas
Deixando o vento brincar no seu cabelo
O sol refletia na sua pele
Que dourava a tarde como um veio
Seus olhos ...
Eram quase azuis
Muito mais tempestade
Meio calmarias
Muito espelho
Ela sorria ...
Ele pensou
não tem nada no céu
Como ela ...
Suspirou
Então se fez trovão
Descendo sua mão na direção dela
Que não teve como única reação
Tentar os braços...
Agora estava ela subindo aos céus
Dentro da enorme mão
A qual acariciava com ternura
Ele sentia seu toque
E sorria
Então ao chegar
Aos céus
Viu o rosto do seu raptor
Nada disse
Apenas sorriu
Ele ficou do tamanho dela ...
Ela apontou para terra
E saltou ...
E pulou atrás
Ninguém sabe onde estão
Nem onde foram parar
Mas ouvi falar
Que estão juntos pra sempre em todo lugar
DESIDERATO
Estava sentada na calçada de casa, observava o tempo passar e sentia na pele os segundos se perderem...
Enquanto eu revia algumas fotos, me deparei com esta e senti uma saudade que logo se transformou em agonia... Meu desejo de estar lá, eu já nem poderia mais descreve-lo e então apenas o senti, enquanto engolia agulhas.
Hoje é um dia qualquer, fez sol, e eu conseguia ver a poeira sendo levada pelo vento, e então eu senti saudades de novo e dessa vez foi mais forte, já não via mais a foto e meu sorriso não se fez presente, mas ainda estava aqui em algum lugar, restava paciência...
Ela é do tipo que não se ganha e sim, do tipo que ganha quem está ao seu lado, e eu ganho todos os dias, sou grata por isso.
Eu sei que ela é a melhor das probabilidades.
Tenho orgulho de quem é atualmente, mesmo que você ache que ainda tem muito chão pela frente, sinta orgulho dos seus passos, eu sinto.
Ela é de carne e osso sem enfeites ou silicones
Ela é toque, cheiro, vista, gosto e som.
Tantas palavras poderiam ser resumida em poucas palavras, *eu te amo e tô com saudades*, mas tu me conhece, o exagero aflora e talvez, os únicos exageros que valem realmente a pena, é a admiração e o respeito que tenho por você.
Sentada na balança
a lua cheia lhe alcança.
Sussurra com carinho:
Tenha fé!
Siga seu caminho.
Não tenhas medo.
Semeaste o bem,
colherás a paz.
O amor sempre florescerá
no coração que permite
aos sonhos se entregar.
O amanhecer sempre vem
sorrindo para quem acredita que
amar deixa os dias mais coloridos.
Finalzinho de tarde, sentada na calçada com alguns amigos, tomando um gole de café entre um relato e outro das nostálgicas aventuras do tempo de juventude. Ouço com atenção cada caso relatado, rindo e refletindo sobre a crença na invencibilidade e os arroubos da juventude.
Ao vir os olhos dos narradores brilharem e quem ouve as porandubas, sorrir, cheguei à conclusão que coisa boa é ter história pra contar e disposição pra ouvir!
Naqueles dias de aula no verão, passava por uma velha senhora sentada todos os dias na varanda, tão sola. Me perguntava se ali estava seus parentes pra conversar ou fazê-la rir. Aquilo não saia da minha cabeça, pois os dias passavam e sempre via ela no mesmo lugar. Até que um dia eu gritei ao seu portão: Oi vó, posso entrar, vim te trazer uma coisa. Ela respondeu com a cabeça e um gesto de positivo, eu então lhe entreguei uma flor. E antes de ver sua reação eu abracei ela. Depois daquele dia, nunca mais vi aquela velha senhora. Acho que eu libertei sua alma.
Não sou de ficar sentada vendo tempo passar.
Sou genuinamente guerreira,
Parar é morrer em tão estou sempre caindo levantando mais nunca desistir.
Sou a rocha mais forte da natureza sou Mulher.
Ah, ela está sentada no seu trono. Maravilhosa, mas seus olhos a todo instante parecem buscar alguém. Suas mãos sempre inquietas, querem fazer o bem. Sua postura foge das etiquetas, calça, blusa, jaqueta! Suas ordens por todos são ouvidas, mas... nem sempre cumpridas! Seu caminho muito apressado... e por onde passa deixa seu legado. Suas mãos a todos querem tocar, mas... nem sempre se deixam acariciar. "Rainha do lar" às vezes sem valor... Mas, onde falta uma, também pode faltar o amor.
É sobre ela, figura linda, a mais bela.
Sentada nos escombros do que sonhará ser um lar,
Trançando cabelos viu seu tempo passar.
Passou depressa, temporal, vendaval, vida que segue.
Seus olhos altivos e doces me mostravam a direção.
Sem máculas, sem peso, leve brisa, gota de orvalho.
Mãe do sol, mãe da gente, do amor em nós manisfesto.
Sandra Lima
Para Iovani Lima
Sentada no ônibus, eu fico imaginando se em algum momento eu desejei morar aqui nessa cidade.
Me olhando flutuando entre meus pensamentos, vendo que eu construí um castelo de areia, uma ilusão. O sofrimento do outro lado da porta sedento para entrar, eu escuto ele inquieto esperando eu desistir. Muitas vezes eu duvido de mim mesma, refletindo sobre o meu dia a dia. Me vejo como a sujeira de um ralo entupido, por mais que a gente abra a torneira a grade não deixa a gente seguir adiante. Me sinto confusa, como se tudo que olhasse fosse desfigurado e distorcido. Por dentro a coisa é ainda pior, como se em frangalhos a alma esperasse ser liberta do encarceramento.
Eu desejei tantas coisas, eu sonhei tão longe. Mas é como se a minha força fosse drenada, o meu ser estivesse se apagando. Dói tanto, mas é como se eu estivesse anestesiada. Flutuando. Desaparecendo. A sensação de que eu já sumi, mas ainda não.
No final das contas eu sempre agradeço por ter me tornado aquela doce menina sentada no balanço absolvendo da vida tudo o que é leve e mágico.
Esse era o meu brinquedo preferido
Ainda bem!
Joyce Amanajás
O DIA ERA 12 DE OUTUBRO DE 1974
minha irmã sentada na porta esperava meu pai chegar
Ela não entendia muito, mas sabia que naquela época, mulheres saiam distribuindo senhas, para que crianças carentes pegassem brinquedos na repartição,
Mas as mulheres nunca lhe davam uma senha, então ela foi reclamar com o nosso pai.
Papai, eu sou criança ou não sou?
-claro filhinha..
E então por que você não me da brinquedos no dia das crianças.
-Porque, não sobra dinheiro, para o papai comprar.
-Mas, eu vejo o senhor sair para trabalhar todos os dias!
É que o dinheiro que eu ganho... Não é suficiente.
-Como assim?
-É que quando o papai recebe, ele compra tudo em comida, em caderno, e até querosene para dona lamparina, brincou, para que ela de a luz e você não fique no escuro.
-Mas papai eu queria brinquedo.
-Minha filha eu não posso comprar!
-Porque, papai?
-Minha irmã pensou, fez silencio, é depois disse
Nós somos pobres?
-Sim minha filha,
e Minha irmãzinha continuava perguntando.
-Então, porque aquela mulher que distribui presentes,
Não me da à senha, para eu ganhar uma boneca?
-O pai, foi ficando furioso, meio que triste, mas furioso. Puxou o fôlego, respirou fundo, e disse
-Assim não e possível, você faz muitas perguntas, porque não vai ajudar sua mãe á lavar roupa?
Minha irmã fechou o semblante e falou
-Mas papai, eu só tenho sete anos. Eu quero brincar, eu sou criança.
-Então, use a imaginação invente algum brinquedo.
Minha irmã insistiu. -Não papai, eu quero uma boneca bem bonita.
-Papai quem é pobre, não é criança?
-Oh! Minha filha não e assim, vem aqui com o papai, que eu lhe explico. Pegou ela no colo e falou
-Acontece que você não deixa de ser criança por isso, pobre ou rica, preta ou vermelha, não tem distinção, só que por herança, moramos na rua principal da cidade
.-Mas pai, esta tal distinção que o senhor falou e a tal rua principal?
-Não minha filha, e que as pessoas pensam que quem mora aqui, é cheio da bufunfa.
-O que e bufunfa? Ele sorriu e disse
-É dinheiro minha filha, e é por isso que as mulheres vão direto para os bairros mais pobres.
Meu pai levantou-se e foi trabalhar. Minha irmã ficou furiosa. Foi na fornalha pegou carvão, foi no quintal pegou urucum, pegou ainda um papelão, pediu o vizinho para escrever algo para ela, e depois, foi direto para a maçonaria, pois era lá a repartição de presentes.
Chegando lá ficou pasmada.
Havia uma fila enorme e toda a criança tinha um papelzinho na mão.
Então ela chegou do outro lado da grade e ficou esperando, sozinha.
Mas, como naquele tempo, a cidade era bem pequena, e só havia um médico que conhecia todo mundo e que neste dia distribuía os presentes, reconhecendo minha irmã, e entendendo o que se
Passava, saiu do meio da multidão, e levou uma boneca para ela.
Quando, meu pai viu a boneca, foi saber de onde veio.
Foi então que soube,
Que todo ano, o Doutor André Ala lhe dava um brinquedo fora da fila.
Mas naquele ano, ela tinha pintado as pernas de preto, com carvão, e os braços de vermelho
com urucum.
Por isso ela estava vermelha e preta
e tinham um papelão escrito:
´´Sou de toda cor e moro em qualquer lugar, mas ainda sou criança sem destinção``
Emanuela Morais
Entao estava eu sentada na cadeira, pensando no amor, sendo que eu nunca amei de verdade. Então, na noite em que pensava, abri o TikTok e William Shakespeare abriu minha mente sobre o amor. E daí veio o entendimento sobre o amor. Na verdade, é um conto que, para saber descrever, você tem que passar por ele. O amor vai te decepcionar, vai te ensinar e vai olhar pra você todos os dias, então, descreva-o como ele é.
Eu sentada no sofá, cruzo minha perna esquerda sobre a minha perna direita, como se fosse "uma rede"; e fico balançando as pernas, de um lado pra outro, para meu gatinho se divertir, se aquietar, e por incrível que pareça dormir sobre elas ... O tempo passa, e eu fico pensando que "o amor é muito espontâneo", sempre encontra uma brecha, um jeito, até uma maneira inusitada, de demonstrar sua maior intensidade, afeto.
Quando nos olhamos para o lado e não vê mais seu amor ali sentada do seu lado ou deitada mais você é uma sensação de vazio ou perda, mas tudo é destino da vida e devemos reconhecer isto mesmo que seja difícil para nós homens ou mulheres.
Cabeça nas nuvens
De longe aqui tudo estou
Pensando na vida
Sentada nas nuvens
Em sua quietude
O vento farfalha no meu rosto
Com suavidade, sem inimizade
Apenas se divertindo,
Passeando e me levando...
O sol escaldante se exibe
Orgulhoso e radiante
Já a lua tímida se aguarda
Simpática e brilhante
Galos cacarejam ao amanhecer
Corujas piam ao anoitecer
Crianças brincam ao ensolarar
Crianças sonham ao luar
A imaginação vai além
Com mentes nobres e juvenis
Gosto de inventar agora
Pensamentos alegres e gentis
Está na hora de ir embora
Deste lugar deslumbre
Ha ha! E eu aqui novamente
Com a cabeça nas nuvens
E lá vai ela, pura, doce e bela, mais uma vez sentada num canto escuro,
com a cabeça lotada de pensamentos, os olhos inundados e a boca cheia de palavras não ditas.
-por quanto tempo isso vai machucar você?
Ah! Como eu amo a Vida!
É domingo de manhã, o ar é fresco e limpo.
E eu estou sentada à mesa prestes a tomar minha primeira xícara de café.
O Café faz parte da mim, sempre tive, desde que era criança. É um conforto, um prazer, um acolhimento.
Entardeceu
E eu aqui sentada
Junto a natureza
Buscando inspiração divina
Pra compor minhas poesias
Escrever sobre meus sentimentos
Intuições e emoções
Colocar pra fora o que não faz bem
Dar vazão às loucuras
Escancarar os pensamentos
Em forma de poemas
Rabiscar um pouco sobre minha vida
Arriscar umas palavras da auto-biografia
Desenhar umas letras em forma de flor
Rimar paixão com juras de amor
Falar sobre a chuva que mais tarde cairá
Descrever as melodias dos pássaros
Contar sobre as cores do arco-íris
Pintar estrelas no céu nublado
Caracterizar a bela e romântica paisagem
Fazer uma caricatura da minh'alma
Me inscrever no curso da vida
Realizar as provas mais difíceis
Registrar as contas devidamente pagas
Me localizar no mapa do tesouro, que é viver
Carimbar meus sonhos (im)possíveis
Timbrar um sorriso de felicidade
Rascunhar fatos memoráveis
Passar a limpo as verdades
Mandar um bilhete marcando
um encontro com o universo espiritual!!!
"QUE DIA NOSSO ROMANCE?"
No dia de hoje em dia.
Estou sentada em uma bancada.
Ignorando a ousadia.
Cada dia fico mal humorada.
Minhas atitudes são fracas.
Estou sem reação.
No meio do peito sinto facadas.
E uma dor no coração.
Um oi, um bom dia e um boa tarde.
Penso nesse desgosto noite e dia.
Meus atos são de uma covarde.
Isso tira a minha alegria.
Seu sorriso me encanta.
Sua presença me atormenta.
Seu ego me espanta.
Seu existência me atenta.
Seu olhos deviam estar no meus.
Meus sentimentos deviam ser correspondidos.
Nosso amor seria relíquias de museus.
Mas agora se trata de mais um amor perdido,um tormento um amor bandido.