Sementes
Acalme o seu coração porque este sentimento
Não é só para agora
Ele vai crescer como as árvores
E o seu fruto produzirá sementes
Que vai renascer
E durar por toda a eternidade.
"Cuidem de nosso jardim, senão...Chegará um dia, em que não haverá mais flores para colher e nem sementes para semear."
Às vezes é preciso morrer para renascer. Às vezes é preciso que o mundo desabe sobre nós para que começemos uma nova etapa sem medos e sem receios. Às vezes é preciso perder para ganhar. Às vezes é preciso morrer e nascer diariamente para evoluirmos. Portanto, que a morte venha logo e leve o que restou, para que a vida tome o seu lugar e brote novamente as sementes de um novo ciclo.
A MUDA!
Alguns mudam, outros mudarão.
Alguns falam, outras mudos são.
Alguns crescem, outros "mudas" sempre serão!
Escolhemos as direções dos caminhos da nossa vida, mas o que encontraremos nestes caminhos depende das sementes que jogamos enquanto percorremos estes caminhos.
As vezes reclamamos que a vida foi dura demais com a gente, que nada da certo, que comigo que acontece isso ou aquilo, que com os outros as coisas fluem melhor e as vezes chegamos ate a culpar alguém ou até mesmo Deus por nossos desastres... É chover no molhado como diz o velho ditado, mas somos somente aquilo que produzimos, sentimos falta daquilo que um dia nos deu momentos felizes, mas temos a memória fraca para nos lembrarmos do que fez acabar, reclamos de falta disso e daquilo, mas o que fazer para mudar? Será que somos capazes de reciclar nossos pensamentos e atitudes? Até mesmo a nossa saúde, o que fizemos com nosso corpo em noitadas de supostas alegrias... A vida nos da respostas pra tudo... Deus da oportunidades para tudo e direcionamentos, cabe a nós observarmos cada detalhe. Talvez a solidão, a falta de capital financeiro, distúrbios nos relacionamentos, poderiam sim ter uma outra face hoje ou amanhã, basta olharmos atentamente que tipo de parágrafos estamos colocando em nossas histórias de vida. Orgulho da lugar ao perdão, vaidade a simplicidade, discórdia ao sorriso, o grito ao silencio e o ouvir, arrogância dar lugar a magia do escutar e aprender... Cada dia plantamos algo, seja em nossa vida ou na vida de alguém, por isso os passos tem que serem firmes, não deixar de viver e aproveitar o que a vida nos dá, mas saber onde plantamos e o que colheremos disso tudo...
E tu Terra, que hoje és cinza e pó, voltarás a ser verde e vida porque no teu ventre repousam as sementes da esperança.
O dia da colheita sempre chega muitas vezes de forma inesperada ...portanto CUIDE de sua terra e plante suas sementes.
Estejamos sempre preparados para o dia seguinte, onde poderemos estar colhendo bons frutos adocicados ou cavando o solo ressecado em busca das sementes plantadas de nossos próprios erros
Tentaram nos calar, perseguir e até nos enterrar
Mas o que eles não sabiam, e nem sequer imaginavam
É que nós éramos e sempre seremos sementes
Há quem nos presenteie com palavras mágicas que fertilizam nosso coração e ficam muito tempo em nós... Inesperadamente, as sementes brotam e produzem as mais belas flores do bem..
Como espera colher rosas se estás semeando urtigueiros? Observe seus atos, afinal, são suas ações de hoje que mostram como será seu futuro. Se semeares sementes de raiva, discórdia, rancor, amanhã colherás frutos produzidos destas sementes nos campos universais. Procure semear sementes de paz, amor, compaixão e gentilezas, dessa forma, o Universo se encarregará de lhe distribuir somente coisas boas.
Têm pessoas que são pequenas sementinhas de luz. Quando desabrocham plenas em suavidade, leveza, e fulgor, espalham imenso clarão a sua volta, dando mais brilho e vida a tudo que sua cintilância toca.
As folhas de uma árvore morrem porque são conduzidas pela vida, por obediência à vida. O tempo me empurra para frente porque é a reconciliação dos homens e das coisas que me impulsiona. Toda a vida está numa etapa de reconciliação, caminhando, assim, rumo a um encontro. Todo o ciclo da vida encontra-se debaixo da lei da ressurreição. Que assim seja! As tardes caem para que as noites possam nascer. A vela queima para que possa iluminar. As sementes morrem para que uma nova vida germine. Tudo prepara uma forma de depois, o agora se torna uma passagem constante que nos conduz para frente.
"A busca para o Alto é o que causa as maiores
transformações em nossa alma.
Assim como uma semente enterrada
procura a luz e o ar usando sua energia
se rompendo e crescendo, esticando caules
e se abrindo em folhas e belas flores,
em busca da luz do firmamento,
Assim somos nós"
Agostos
________Quem vive a vida com gosto - nas intempéries dos Agostos, pulando cordas e quebrando gelos, ou, acendendo fogos e transpondo invernos - sabe que uma Primavera está para chegar...
Recordo-me bem do frio de Junhos na cidade e Julhos no campo, quando levantávamos bem cedo para a missa das cinco e para ver as vacas no curral - exatamente nesta ordem...Víamos as tardes se acabarem nas montanhas cinzas e ofuscadas pelo por-do-sol, um vento sem sal e sem gosto... Então, sonhávamos com a chegada dos ventos de Agosto - aquilo é que era vento temperado!
Pelo menos a gente podia dar corda no tempo: soltar pipas - ainda que em combate com as ventanias, redemoinhos de folhas secas e esterco de gado.
Recordo-me feliz de sentar-me no balanço da varanda e ver o curral fechado de tábuas e porteiras de braúna as manhãs geladas de inverno - resto de outono revirado de folhas secas e úmidas pelo orvalho da noite.
À tarde, a névoa se dissipava e o sol forte de inverno esquentava a terra vermelha e a plantação murcha e pálida - um cheiro de poeira passada, passando longe e deixando seu rastro sobre as folhas mortas, que nem tapete velho.
O anoitecer era um frio de gelar a pele e a memória. Dava uma saudade das tardes de abril e das manhãs de maio!
De repente, tudo vai ficando pra trás, mas o registro fica na mente e nas recordações - eram como beijos roubados às pressas... Por isso, soltar pipas em Agosto era muito bom... Enquanto elas se empinavam e se perdiam pelo espaço, as lembranças flutuavam na mente!
Naquele tempo, a gente não tinha fotografias e nem precisava de gavetas... Somente para guardar roupas, talvez...
Os olhos eram os nossos melhores armários... Tudo viam e tudo trancavam, arrumadinho - cada coisa em sua prateleira - e lá também se penduravam os raios de sol, as nuvens avermelhadas desfiadas e as cachoeiras que batiam nas pedras soltando faíscas de luzes... Filetes prateados e alucinantes que cegavam as nossas vistas, que nunca mais saíram da memória.
As coisas novas nunca ficam nos mesmos lugares... Os redemoinhos da vida as espalham pelos ambientes por onde andamos... Mas no armário dos olhos, nada sai da sequência e as imagens, em cores efusiantes, desfilam uma a uma, bagunçando nossas cabeças, estremecendo nossos lábios e levitando nossos corpos - viajamos, literalmente!
Às vezes, nos sentimos meio árvores - fixas no chão, embora seus galhos balancem e alcancem os céus, continuam ali - um exemplo de aceitação. Idosas e crescidas, não sairão vivas do lugar e se saírem, estarão mortas.
Assim, um pouco de nós se sente como árvores e outro tanto como o vento. É quando paramos estáticos, ou corremos o mundo só com a imaginação e o registro de nossas vivências. Mas não somos como elas que vivem as estações e não se descabelam com as mesmices . Quando florescem e frutificam, se superam em beleza com a nova safra. E se não dão flores ou frutos, renovam sua roupagem em folhas verdes e viçosas.
Na essência, nunca seremos como elas - envelheceremos aos poucos, mas para sempre e o viço da juventude se esvai, lentamente... Aí nossos brilhos serão outros - o conhecimento, a sabedoria e a renovação de valores.
Árvores e pessoas precisam ser adubadas com insumos potencialmente necessários à renovação e fortalecimento interior - elas perdem a flexibilidade dos seus galhos e as pessoas se emperram - corpo e mente.
Dizem que em Agosto os cães ficam raivosos e atravessam as cercas de suas casas, em busca de outros seres, para descarregarem suas raivas.
Talvez seja também a época de o homem soltar seus gritos e suas lamúrias - libertar o peito e deixar o ar sair em disparate, como pipas ao vento - as cores são as nossas marcas... o branco a nossa paz.
Quem sabe os Agostos de nossas vidas sejam oportunos desejos de repaginação de nossos layouts - tempos sagrados de reconstrução dos nossos projetos e recondução das ideias - renovação de tons, símbolos, sabores e percepções - o espelho de um outro EU.
O outono deixa sementes, que domem aconchegadas pelo inverno - berço temporário. Mais tarde, precisarão ser lançadas ao solo para germinarem. Como as pipas, as sementes devem ser lançadas ao vento, harmoniosamente!
Afagadas pelas mãos serão, respeitosamente, depositadas ao solo.
Foi em Agosto que, sem nenhum gosto, descobri que as férias eram passageiras - o mês de soltar nosso tempo era sequestrado pelos devotos do ensino que jamais entenderam que 'o aprender' é viver solto e livre de regras ou razões e que as pipas só se soltam sem amarras...
Agostos são guardadores de conhecimentos que brotam nas Primaveras . "Agosto é quando Deus deixa a natureza traduzir visivelmente o tempo das mutações". Transformações virão, aceitações, quem sabe? As sementes são novos gens prontos para diferentes combinações - mentes em evolução.
Deixemos as flores colorir os campos, os jardins e nossas vidas - olhos precisam de cores!
Então, sacudam os seus ventos, renovem suas poeiras - não deixem a sombra encobrir o sol - não deixem as lágrimas ofuscar os horizontes, não deixem a tristeza destruir as alegrias e não deixem o choro ofuscar os sorrisos. Vivam felizes os seus Agostos, enquanto aguardam, ansiosos, pelas suas Primaveras.
texto- Delza Marques - 8/08/2017- (Lendo Miryan Lucy Rezende).
COLHEMOS O QUE PLANTAMOS
Profª Lourdes Duarte
Tudo o que colhemos hoje, são frutos das sementes que plantamos ao longo da vida.
A vida é um eco. Se você não está gostando do que está emitindo hoje, volte ao passado, reflita e o eco de hoje,não será consequência do que você emitiu anteriormente?
Se você não está feliz com a colheita atual, analise as sementes que plantou e em que terreno cultivou.
As nossas atitudes e boas ações, mesmo que pareçam pequenas aos olhos de muitos são grandiosas porque reconhecemos o valor de cada um, através das suas ações e atitudes.
Conserve os olhos fixos num ideal sublime, e lute pelo que deseja sempre com dignidade, agindo não pelos outros, mas por você mesmo. Não desistindo fácil dos seus sonhos e objetivos almejados, pois só os fracos desistem e só quem luta alcança vitórias e colhem bons frutos.
Lembre-se, “O valor de cada um é relacionado com o valor das coisas às quais deu importância.” Saiba da importância as coisas positivas, o supérfluo não acresce muito, já é supérfluo. Plante boas sementes e colha bons frutos.
NOSSA HISTÓRIA DE VIDA
Autora; Profª Lourdes Duarte
A cada dia construímos nossa história. Sem pensar conquistamos um lugar no mundo e escrevemos letras por letras de uma história que só acaba com a nossa partida para outro plano. Que ela seja repleta de capítulos com bons exemplos e outros tomem como lição e torne a ler, sempre que for preciso.
Deixamos brilhar a nossa estrela, sejamos como elas, com brilho próprio. Que saibamos construir os nossos caminhos e não apenas, andarmos por caminhos que os outros construíram.
A vida não é feita só de acertos ou vitórias, mas é com a vida que aprendemos mais.
Se o capítulo que escreves no presente, não seja como esperavas, voltes ao passado e penses nas sementes que semeastes ao longo da vida. As de hoje são frutos das que foram semeadas anteriormente.
Tudo que construímos tem objetivos, um deles e quem sabe o mais importante é ser feliz. Se temos de esperar a felicidade ou se temos que espera colher as boas semente que que lançamos hoje no solo da vida, tenhamos o cuidado de selecionar essas sementes antes de ser lançadas ao solo. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade e que os frutos colhidos sejam bons e gere felicidades. Dessa forma, a nossa história diária será marcada por capítulos que merecem ser lidos.
Lembre-se, a caminhada ainda não terminou a realidade te acolhe, sonhas com tua vitória, luta por ela e constrói a tua história com dignidade.
Todo ser que vive emocionalmente tem a mesma responsabilidade pela lei da vida, da evolução e da preservação. Diante disto deve se proteger sempre todas as sementes, todos os filhotes e todas as crianças que jamais podem ser vistos como pertencentes a qualquer cultura isoladamente e sim como patrimônio prospero comum da vida e promessa livre e perfeita da fraterna igual universalidade.