Sem Sentido
Nem todas as manhãs são de sol, mas todos os dias são, em cada segundo, intensos para se sentir e realizar o que realmente nos determina.
Todos os dias valem a pena.
Todos os dias os dedos da madrugada empurram os sonhos para a frente.
Todos os dias, sermos quem somos, fortalece a nossa beleza interior e dignifica a nossa essência.
Todos os dias os olhos da alma sorriem para os mistérios do mundo e registam o respeito e a gratidão de possuírem a sabedoria do tempo.
Para além das obrigações e dos deveres, a escolha de crescer por dentro transforma qualquer sofrimento em aprendizagem e qualquer dificuldade em superação pessoal. E aceitar – simplesmente aceitar – o que o destino nos traz, priorizando o nosso mapa pessoal como heróis e heroínas da nossa própria história, é dar voz a um código de valores que alimenta a nossa vida e estimula a vida dos outros.
Preserve o não saber e se espante em cada descobrir. Preze as incertezas e as dúvidas, suas e alheias, e assim livre o mundo de ditadores e extremistas. Aprecie a liberdade de quem não crê como você, dos que não querer ser nada mais, além do que já são. Só assim poderá medir o quanto precisa aprender.
A ignorância é a maior reveladora de nossas virtudes, pois só ela dá todo sentido ao que, no momento, não tem sentido algum.
Olhei para trás e a savana perdida entrou-me pelos olhos dentro.
Na sua decolagem intrépida, o avião parecia estratificar-se contra a massa de ar quente, fazendo cócegas na minha vasta esperança.
Lembro-me de ter sorrido ao imaginar a hipótese íntima e remota, ouvindo o meu coração dançar.
Alguma coragem sólida, depois de ter tocado com os dedos no vermelho fogo das folhas. Voar… mesmo quando tudo parecia desabar.
Devagar, com a mente raiada no horizonte, rodei a imagem gravada na retina, fixando-a algures, num outro infinito, aí permanecendo petrificada, teimosamente ausente do que era obrigada a deixar no ontem e no minuto atrás.
O barulho ensurdecedor do avião humedeceu-se na calma plenitude de um céu imensamente azul, e eu senti, como se, sob a minha pele, o meu corpo tivesse mudado, como se, depois do arrepio de cada fibra, eu me dispersasse e encontrasse como folha solta na turbulência do vento.
O que é verdadeiramente a "vida"?
Muitos se perguntam isso, muitos se perguntam, mas ao final o que é isto? qual é o sentido de andarmos aqui, qual o sentido de viver? Se querem que lhes diga nem eu sei... cada vez mais o mundo esta a mudar e, aquilo que nos fazia bem, agora nos faz mal, o que eu quero dizer é que tudo esta a mudar, as pessoas estão a mudar, os sentimentos estão a mudar, tudo esta a mudar. Mas porque? gostava tanto de saber a resposta... gostava de saber o motivo do porque estes adolescestes agora não tem sentimentos, gostava de saber o que leva as pessoas a praticar violência, gostava de saber o porque das pessoas são tão cruéis.
Mas ninguém consegue chegar a essa resposta. Será que são essas tecnologias que estão a dar cabo da cabeça dos jovens? ou será simplesmente porque ele querem ser diferentes, mais fixes e isso? Eu não sei a resposta,mas adorava saber-la.
Nada nesta vida faz sentido, nada mesmo.
Sobre os sentimentos, como eles mudam assim tão de repente? como acabam do nada? Num dia amam, no outro adoram e noutro já odeiam, expliquem-me como isso é possível? como se deixa de gostar de alguém de um momento para o outro? Quem me dera ter a resposta para isso tudo...
Mas ao final que contas o que andamos cá a fazer? qual o motivo de viver? Acho que apenas andamos aqui a lutar por coisas que não valem a pena.
Simplesmente nada nesta vida faz sentido..
Somos células compondo o grande organismo de Deus. O sentido da vida é viver. Todos que vive, só vive porque já descobriram o sentido da vida. A morte é ressignificar a vida.
Lindo mesmo, é renascer todas as manhãs, ver o Sol acordar, ouvir a canção da água, e sentir Deus dentro de nós.
Não sei a conjugação exata, não sei a rima edificada, não sei a estrutura lapidada. Apenas sei amar.
Abro o pensamento e os fragmentos amordaçam-se uns aos outros, perante a luz da madrugada que tarda.
O desafio é isto.
Um colorido conciso, entre a magoada indignação e o empalidecer da noite num último sopro de lua cheia.
São as pessoas como tu que trazem luz ao mundo, que transformam o cinzento dos dias no azul infinito das manhãs, que abraçam a vida e aquecem o coração, que empunham, enfim, o estandarte da esperança rumo à trilha suave e sonora do amanhã.
Se tirarem os absurdos, os casos passam a fazer sentido! Isso vale para os grupos clássicos: família, igreja e escola.
O Universo começa dentro de mim.
E dentro de mim sinto o tudo, sem esperar o nada.
Respiro-te com a fragância doce da existência, o meu pensamento repleto de ti, inesgotável no dorso do tempo, deste tempo que me faz feliz.
Na mancha de todas as luzes, no topo de todas as coisas, no tapete planetário de todas as flores, vejo o Sol nascer.
Não há tempo para decifrar.
Nascida debaixo da terra, a vida pulsa. Pulsa para nascer.
O vislumbre daquilo que era tornou-se assustadoramente imperceptível.
O som soava longe, para além das miríades de luzes diáfanas numa noite de lua vazia.
Semicerrei os olhos, na tentativa vã de ver o que eu já sentia.
E o arrepio – um único arrepio – percorreu o meu corpo, volatilizando tudo à minha volta, num turbilhão de sentidos, à margem de todo e qualquer entendimento humano.