Sem Resposta
Gosto de ensinar através do questionamento, pois, não são as respostas que nos moldam, são as perguntas, afinal, fazem a gente pensar na questão e procurar a melhor resposta.
Porque te amo
Talvez eu não tenha...
Uma sabia resposta...
Mas uma coisa eu sei...
Te amo...
Porque em você encontrei...
Sinceridade e magia...
Em teu riso minha alegria...
Em teu olhar um mistério que me cativa...
Em tua voz...
A harmonia em meus dias de solidão...
Em tuas palavras o carinho mais doce...
E descobri quem sem perceber...
Me apaixonei por essa alma linda...
Meu anjo azul...
E hoje eu viajo na onda que faz...
Em cada alvorecer em você pensar...
Teu azul é bordado de magia...
E neste momento em que desejo você...
Surge-me um pensamento...
Onde no céu eu escrevo teu nome...
Jurando ser tua amante...
Tua linda luz banha meu corpo...
Tornando o encanto do momento...
Onde tua alma se despe de pudores...
E a madrugada azul nos veste de amor...
Assim amo você diferente do comum...
Não exijo... Não brigo... Não cobro...
Apenas te amo no espaço e no tempo...
Que você me permitires...
Eu amarei você...
PORQUE
Recito porque
se não acho respostas
Que tira a calma
e que inquieta a alma
Sentimento que mexe com o querer
deixar as raízes no chão
é sempre o pensar
pra nunca machucar ou magoar
Para quem me procurar
uma resposta vou encontrar
A minha não vou achar
porque cansei de procurar
Meu vinco vai se firmar
com o passar do tempo, vou esperar
Amarei a ti como a mim
sem nunca cansar
Vou permanecer fiel a ti
sem perder o equilíbrio do ser
porque o meu comprometimento
não vou esquecer
É a minha mensagem que diz
não fique preso a mim
A liberdade do amor que conduz
te deixo ir se preciso for
Estou a procura da felicidade
uma fonte de inspiração
é encontrada todos os dias
ao nascer e sumir na escuridão.
Quisera eu
Quisera eu que você encontrasse nos meus olhos todas as respostas que eu não sei te dizer.
Quisera eu não precisar de palavras para que compreendesse todos meus sentimentos.
Quisera eu que você me quisesse assim como eu te quero.
Quisera eu que você procurasse dentro do meu coração todo amor.
Resumindo...
Tudo que eu quero pode ser muita coisa,
mas a mais importante é que você me queira como eu ti quero!
E o que pode ele fazer para vencer o medo?
- A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, mente, e no entanto não deve parar. É esta a regra!
Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Não tema, nem se apresse. Uma hora todas as respostas se unem como em um quebra-cabeças. E este é a chave da escolha do seu caminho.
Deus não nos coloca respostas certas, ele simplesmente nos orienta, e a responsabilidade é nossa de acertar ou não.
Tome posse de seu governo e vá em busca de suas respostas. Nada pode lhe perturbar se você não permitir. O que mais lhe incomoda não está fora, e sim dentro de você. Viaje para dentro de si mesmo e encontre riquezas por trás das aparentes clarezas. Descubra as razões que te tornam um governante tirano ou compassivo demais. Encontre equilíbrio no domínio e submissão, na disciplina e rebeldia, no caos e organização. Ame-se além do bem e do mal, perdoe-se, tolere-se. Encontre caminhos que lhe conduzam à realização de seus anseios, encare o medo de frente e não busque camuflá-lo com tirania, controle excessivo ou autoridade sem propósito. Cuide do que é seu, valorize-se na medida certa. Guarde seus tesouros e não exponha em praça pública aquilo que lhe é mais caro.
Quem cala não consente, mas guarda a resposta para si próprio, afinal nem toda verdade é conveniente.
Temos aprendido, a duras penas, que o bom da vida não está em chegar às respostas, mas sim em aprender a conviver com as perguntas.
Não busque respostas,
elas virão com o tempo,
como poeira ao vento.
Se você as buscar,
estas virão pesadas,
e sem sentido.
Deixa que o tempo e o vento
as tragam até você,
Estas serão mais finas,
mais leves e soltas,
como a poeira que traz vento.
“O homem de maior espírito, não é o de uma única resposta, nem o da resposta mais constante, mas o de várias respostas ao mesmo tempo, e o mais mutável quanto à certeza delas.”
Lúcio Cardoso, in Diários
Não deixe que a desconfiança seja a resposta para as suas dúvidas. As vezes perdemos pessoas maravilhosas por conta dessa "desconfiança". Nem sempre o que se vê é a realidade dos fatos, as vezes vale mais dar um voto de confiança do que tomar atitudes precipitadas, pois elas podem ser irreversíveis.
TRAVESSIA
O Caminho fluía sereno, sem jamais fazer perguntas. Não porque temesse as respostas, mas simplesmente porque se bastava. Servia aos viajantes famintos, doando a sabedoria de quem é instrumento.
Alimentava-se da persistência dos passos ritmados e constantes. Aprendera desde cedo a identificar a certeza e a esperança, assim como também o medo e a covardia.
Muitos pereciam em seu leito, mas ninguém parava para compadecer-se. Então o Caminho se encarregava de absorvê-los e sepultá-los dentro de si.
Como todas as coisas necessitam morrer para nascer novamente, o Caminho também terminava a sua jornada. Sua morte, dava-se no encontro com um profundo charco, onde o Medo exalava soberania. Não havia vestígios da antiga beleza do lago, que fora invadido por plantas aquáticas, reproduzidas com tal voracidade, que haviam há muito, coberto o seu espelho.
Neste encontro fatídico previsto pela Vida, o Caminho entregava as criaturas á própria sorte. Algumas se sentavam, supondo que, tal qual acontecera com o Caminho, também haviam chegado ao seu destino. Mas a sensação de fome gritava que havia ainda um vazio por alimentar. Então, desesperançadas e aflitas, se lançavam no meio do lodo, sabendo não serem grandes o bastante para vencê-lo ou domá-lo.
A morte certa não entristecia, e, enquanto sentiam o corpo sendo corroído pela Impotência, nascia nelas o alívio. Era ali, neste instante, onde de famintos, transmutavam-se em alimento. Um ultimo olhar, lançado ao Caminho, era de gratidão.
Mas a conformidade não habitava o íntimo de todos, e, uma Criatura ergueu-se sobre sua rebeldia diante do destino há muito acertado e o renegou. Era o mesmo ser que, ao longo do Caminho, deixara atrás de si, doces cânticos de alegria.
O caos instalado pelo descompasso de seu grito agudo, enfureceu as forças regentes e com um urro escondido dentro de um sopro indignado, a tal Criatura foi lançada para dentro do lago morto.
Deveria, como acontecera com todas as outras, submergir e se entregar ao ocaso. Mas eis que a esperança contida no clamor dos que esperavam, fez a Criatura dobrar o seu tamanho. Com as pernas fortalecidas pela determinação, pôs-se a perscrutar e a medir o fundo do lago.
Estava pronta para prosseguir. Sabia que chegaria ao outro lado, onde vislumbrava o nascer de um novo caminho.
Quando ia começar sua nova jornada, ouviu o choro sentido dos que, fracos e perdidos, pela constatação da própria incapacidade, pediam ajuda.
Neste instante, uma cálida lágrima, sangrou na alma da Criatura e ela compreendeu a cilada que caíra: Não prosseguiria. Havia chegado ao seu lugar. E com passos mansos, aproximou-se da margem e doou seus ombros. De imediato a fragilidade neles se agarrou, e lentamente ela a carregou até o outro lado.
O ELO
A voz sempre tão vívida que nascia todos os dias na alma da Criatura, com o passar do tempo, emudeceu. A solidão profunda e cruel, com um golpe certeiro, desferido em seu coração, partiu a esperança e despedaçou seus sonhos.
A pobre criatura clamou por misericórdia. E foi ali, no limite da vida e a morte, que a resignação por fim, a encontrou. Embalada pelas vagas lembranças do que fora um dia, deixou-se ficar e parou de lutar. Cumpria as ordens das forças que tudo regem. Não mais vivia. Apenas existia.
As horas passavam lentamente e ela desejou morrer. Mas a grande legião de viajantes, que chegava todo dia, mantinham-na absorta e concentrada na tarefa de levá-los até o outro lado. Os seus ombros, antes altivos e imponentes, começaram a vergar ante o peso que carregavam. Alguns seres, ao chegar na outra margem, não desciam. Ficavam agarrados na Criatura, alimentando-se da força dela, e ela; absorvia as suas dores.
Deu-se conta então, de que não era necessário chamar pela morte. Esta já acontecera e se instalara.
Olhando para o alto, de seus olhos brotou uma prece. Queria renascer.
RESGATE
Movendo lentamente suas pernas dentro do lodo, aproximou-se da margem para buscar novos seres. Havia apenas um a espera. Convidou-o para seguir. O Ser recusou, e adentrou o lago morto.
O descompasso do coração da Criatura, deixou alertas os seus braços, para intervir caso aquele ser rebelde fosse afundar na lama.
Mas, para a sua surpresa, ele seguiu firme e altivo, cantarolando baixinho, e, olhando de soslaio para a Criatura, brindou-a com um sorriso. Que espanto! Aquele Ser era a cópia perfeita do que já fora um dia. E a saudade de um tempo distante assolou seu coração.
Ao chegarem no meio do lago, na exata linha que dividia o antes e o depois, onde ainda era possível a escolha entre retroceder ou prosseguir, o tal Ser parou. Segurando as mãos da Criatura, começou a cantar e a cantar suavemente. Cálidas notas de harmonia impar, fluíram da alma do Ser, bailando sobre o tempo mórbido e rígido, que respeitoso pela intensidade, calou-se e as doou ao Cosmos.
Uma tempestade se formou na alma da Criatura, e o céu, compreensivo também se coloriu de negro. E enquanto a chuva torrencial caia sobre a Terra, lágrimas mornas limpavam o coração dela. E então o milagre se fez. A Criatura começou a cantar. A princípio, com voz banhada pela insegurança, que foi vencida pela alegria e esperança.
O canto se tornou movimento, e a chuva encharcou de vida, o lago morto, que, libertado de seu leito, pôs-se a andar ligeiro, transmutando-se em rio. Num repente de benevolência, a Vida desobrigou a Criatura de sua tarefa, e os seres nela ainda instalados, seguiram a vida que fluía generosa.
O Ser e a Criatura,de mãos dadas, namorando o Caminho novo que lhes acenava, se deixaram levar, sem pressa e sem dor