Há, sim, um direito do mais sábio, mas não um direito do mais forte.
Não há nada mais torturante para o homem do que os seus próprios pensamentos.
Não há homem, por santo e virtuoso que seja, que não se sinta por vezes cocegado pelos atractivos do pecado.
Contra a maledicência não há muralhas.
Tudo deve ser discutido. Sobre isso não há discussão.
Não há médico igual à experiência.
No amor não há desastre maior do que a morte da imaginação.
A vida é amarga e doce. Por isso não há outra forma de descrevê-la senão captando esses dois sabores.
Não se ensina a estender a outra face a pessoas que, desde há dois mil anos, só têm recebido bofetões.
Não há professor como o exercício.
Não há exemplos na História de se ter conquistado a segurança pela covardia.
Muita gente há que não se arrepende verdadeiramente senão das suas boas acções.
Não há nada mais feio do que a razão, quando ela não está do nosso lado.
Não há dever que subestimemos mais do que o dever de ser feliz.
Há poucos livros nos quais não se aprende como não se deve escrever.
Não há grandeza onde não há verdade.
Gotthold Lessing
LESSING, G., De Teatro e Literatura, (Dramaturgia de Hamburgo), Editora EPU. 1991
Não se sabe até que ponto as mulheres não formam uma aristocracia. Entre elas, não há povo.
Não há vasilha que meça os gostos nem balança que os iguale; cada qual tem o seu, e, pensando que é o melhor, é o mais enganado.
As épocas perturbadas fazem perder tempo. Só se pensa em salvar a cabeça, e não há tempo para fazer mais nada.
Não há mal que não tenha uma ponta de bem.