Selvagem
Escrevo versos
feito quem acende uma lanterna
em meio a escuridão imensa
É uma lanterna antiga
que brilha na noite escura
Ascendo versos
Luzes
Risco Fósforos
O que seja!
Canto para iluminar
a minha vida
E acabo
Iluminando outros corações
Eu vim cantar no barro
Doar ao mundo o meu óleo!
Escrevo versos
feito quem carrega
no peito vendavais/
Tempestades-viventes!
E na alma o Paraíso
que nunca perdi...
Nunca deixei perder!
Jamais me perdi de mim...
Amo a minha meta
De ser poeta!
Acendendo outros corações
apagados na escuridão
desta noite grande que é a vida!
Sigo feliz...
Caminho a cantar!
Escrevo versos
como quem acende faróis à beira mar!
Em meio a escuridão imensa
Desta vida!
É uma lanterna antiga
que brilha, brilha...
Brilha em mim!
Derradeira lua
às três da manhã
E o adolescente olha
através do vidro da janela
Da toca
FAREJA...
O Universo girando
DESEJA
A Roda!
Sem sono...
Uma fera à espreita!
Esta fera da vida
'Fera Ferida'
...Só quer viver!
Quantas vezes...
Exato agora!
Me restou apenas cantar
para não ser destruído
Cantar para seguir...
Como a melhor
escolha-ou-única-saída
Para não deixar morrer minha vida!
SINTONIA!
Eu sinto a VIDA
e ELA me sente!
É um reverberar
de semente...
Um estalar de dedos
Um poema que só quem escreveu poesia
na adolescência entende
Pois sabe que queima!
Por seres tão linda, dispondo de uma essencialidade liberta,
um sorriso terno que cativa,
um lado selvagem,
tua existência esquenta, atrai
atiça a minha vontade de percorrer o teu universo, desbravando cada parte.
Se eu estivesse contigo, pararia o tempo, este nosso momento juntos teria sabor de eterno, então, a pressa não seria bem vinda, sinceramente, vejo todas as cenas nítidas na mente,
uma grande conquista, um rico presente.
Caso isso venha a ser um fato,
seremos abraçados por um deleite recíproco à semelhança de dois corpos celestes partilhando de um mesmo campo gravitacional
com nossos sentimentos orbitando
em sincronismo numa coexistência ideal.
Sei que minha beleza é cintilante e encanta como uma miragem
Mas meu sangue ferve, é quente, pura natureza selvagem
Podem desejar minha liberdade, mas ela não vai a leilão
Compram meu nome, minha casa, mas jamais meu coração
Sou maior do que grandes desertos, sou forte e indomável
Posso até me aproximar, mas não existe arreio confortável
Segure-me sem cordas e fivelas, segure-me apenas com a mão
Sinta minha intensidade, pois os brutos também amam
Quando me conquistar levarei minha teimosia e meu humor
Irei a galope para qualquer lugar onde precisar do meu amor
Tequila bombeava seu coração, suas veias queimavam gasolina e isso mantinha seu motor funcionando. Dizem que ele amava aventura, a garrafa era sua melhor amiga e ele era tão selvagem que namorava com uma arma.
Corrupção do instinto
A gaita
Envia o som
E o coração chora
Ao ver a poeira ali
Depositada
É a ironia
Do deserto em mim
Olhar pra cima
E ver o céu
Entre o concreto
E as grades
Em frente das telas
Que agridem
Os meus instintos
Mais selvagens
Ela tem um olhar instigante,
um corpo atraente,
longos cabelos,
uma presença marcante
um jeito bastante envolvente
às vezes, até parece ser fria,
mas na verdade,
tem sentimentos calorosos
como uma paixão ardente
e um desejo audacioso,
quiçá um pouco selvagem,
então, deixa-me facilmente extasiado
com estas intensas qualidades
que percebo
como se fosse um dia ensolarado
durante o frio do inverno.
Tu és bela, és atraente,
muito sincera, se faz presente
com a intensidade da tua essência,
um amor ardente,
às vezes, uma natureza selvagem, então, a minha mente te abraça,
és a minha incansável vontade esperando pra ser alcançada.
A vida em sociedade, por vezes, demanda o conhecimento do ilusionismo.
Personagens são criados para disfarçar o ser humano e selvagem que existe dentro de si.
Vestes cobrem o corpo, mas não escondem a essência da alma.
Palavras são moldadas durante a fala mas, o tom em que são ditas, declaram os reais sentimentos.
Olhares que se cruzam e falam sob o silêncio do momento.
Corpos que reagem e arrepiam, ainda que na ausência do toque.
O ser moderno sendo continuamente amarrado a uma caixa social quando, em essência, é um primitivo querendo saborear a vida na sua intensidade.
Ele não quer ir;
Ele não me deixa fugir;
Ele enfrenta meus medos;
Me segura nas pontas dos dedos;
Encara meus defeitos e minha furia selvagem;
Nunca ninguém me dominou com tanta coragem.
Obviamente, não estou isento do equívoco, mas, sinceramente, encontro em ti, um equilíbrio instigante por seres docemente selvagem, uma mulher livre e carinhosa, que guarda amor e vivacidade no íntimo, ternura e esperteza nos olhos, detalhes profusamente vívidos.
Revelas uma graciosidade delicada, atraente, vestida de liberdade com uma personalidade prudente e uma naturalidade emocionante e impetuosa como as ondas do mar, os teus cabelos soltos, tocados pelos ventos, uma junção muito salutar, um rico avivamento pra o mundo a tua volta, pra quem souber te observar.
Não tens nenhuma obrigação de satisfazer a minha percepção a teu respeito, todavia, a tua presença instiga tanto que, mesmo sujeito ao engano, não consigo controlar meus pensamentos, que ficam tão à vontade transitando pela minha que logo são transformados em versos, conscientes e sinceros.
Eu consigo notar que uma parte muito consistente do teu ser possui a natureza de uma felina com um ímpeto selvagem, amor e liberdade em medidas exuberantes, uma postura que às vezes é atrevida, em outras, é amável, mais contida, porém, sempre charmosa, uma naturalidade que ricamente cativa.
É durante à noite que, muitas vezes, as tuas emoções impulsivas despertam com uma impulsividade animadora, naturalmente, liberta, o que torna muito difícil pra ti, controlá-la, sendo ela uma onça à espreita, prestes a agir, além da sensação bastante calorosa que causa, portanto, resustí-la é uma tarefa àrdua.
Havendo a devida prudência, acredito que poderás usá-la a teu favor, soltando-a no momento certo, sem peso na consciência, mas não por muito tempo, pois, logo, precisarás
prendê-la novamente e lembrando que é apenas uma particularidade pela providência divina na tua existência feita de verdades.
A tolerância possui uma resistência limitada, trafega por um equilíbrio inconstante, sua força é vez ou outra testada, suporta o máximo que pode,
a paciência e o amor a deixam forte, a raiva e o egoísmo a torna fraca, uma natureza que em alguns momentos é imprevisível e às vezes, quando percebe que está sob o risco de ser imprudente, para evitar uma situação amarga, prefere o silêncio a ter que usar a sua oportunidade de fala.
O espírito impetuoso de um cavalo selvagem, que precisou aprender a controlar seus instintos para não pôr em risco a sua imensurável liberdade, claro que não é algo fácil, porém seria muito se já tivesse desistido, além do que, seus esforços são imensamente compensados ao se livrar de certos conflitos, infundados e destrutivos, um reagir sensato, tanto consigo quanto com os outros, arduamente, alcançado e também muito satisfatório.
A sensatez de ser alguém tolerante é conseguir domar a própria impulsividade e mesmo que não seja frequente, é gratificante, uma necessidade de sobrevivência, dessarte, o empenho para mantê-la deve ser incessante, permitindo uma abençoada recompensa, evitando certas palavras desgastantes para que assim, a paz prevaleça, a provocação inconveniente não seja tão sufocante, pesando a consciência.
"Não me reduzas a teus achismos,
não me limites a teus padrões pré-estabelecidos;
Eu sou alma livre,
Sou alma antiga;
Sou uma alma selvagem pronta para destilar mistérios..."