Selvagem
Ele riu de uma maneira deliciosa e isso fez meu peito ficar em fogo, como se fosse uma fera selvagem que eu tentasse domar. Eu ia repreender minha felicidade boba mas me contive. Há quanto tempo eu estava repreendendo minha felicidade e não a deixando ser plena, ser livre, flutuar nos céus como balões ? A vida era muito curta e talvez um amigo meu estivesse certo quando disse que devemos nos permitir sentir, deixar o coração ser selvagem, como na música do Belchior, e se libertar das amarras da razão.
SELVAGEM
Mordi-me
Nas teclas do piano
Presas ofuscadas
Nas visões rebeldes
Escancarei-me
Na tua boca
Dum beijo dado
No último suspiro
Seduzi-te
Nos desejos devassos
Das palavras mudas
No meu corpo em ti
Amei-te
Numa cama qualquer
De suados lençóis
Tive-te
No mar tempestuoso
De desejos selvagens.
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Que amor louco e selvagem.
Amor! Que explode em meu ser,
Com a imensa violência.
Autor
Sergio Macedo
Lunaticamente caos cromatizado em beleza selvagem respirando, essência da vida, exalando poesia... Os opostos que encontram na linha do horizonte aos olhos de um Deus que dança.
Disse um mero reprodutor da verdade.
Pato selvagem:
Era uma vez um bando de patos selvagens que voava nas alturas. Lá de cima se via muito longe, campos verdes, lagos azuis, montanhas misteriosas e os pores de sol eram maravilhosos. Mas voar nas alturas era cansativo. Ao final do dia os patos estavam exaustos.
Aconteceu que um dos patos, quando voava nas alturas, olhou para baixo e viu um pequeno sítio, casinha com chaminé, vacas, cavalos, galinhas… e um bando de patos deitados debaixo de uma árvore.
Como pareciam felizes! Não precisavam trabalhar. Havia milho em abundância.
O pato selvagem, cansado, teve inveja deles. Disse adeus aos companheiros, baixou seu voo e juntou-se aos patos domésticos.
Ah! Como era boa a vida, sem precisar fazer força. Ele gostou, fez amizades. O tempo passou. Primavera, verão, outono, inverno…
Chegou de novo o tempo da migração dos patos selvagens. E eles passavam grasnando, nas alturas…
De repente o pato que fora selvagem começou a sentir uma dor no seu coração, uma saudade daquele mundo selvagem e belo, as coisas que ele via e não via mais: os campos, os lagos, as montanhas, os pores de sol. Aqui em baixo a vida era fácil, mas os horizontes eram tão curtos! Só se via perto!
E a dor foi crescendo no seu peito até que não aguentou mais. Resolveu voltar a juntar-se aos patos selvagens. Abriu suas asas, bateu-as com força, como nos velhos tempos. Ele queria voar! Mas caiu e quase quebrou o pescoço. Estava pesado demais para o voo. Havia engordado com a boa vida… E assim passou o resto de sua vida, gordo e pesado, olhando para os céus, com nostalgia das alturas…
(Ostra feliz não faz pérola)
Ofício
Tão Renegrado quanto Jorge
Selvagem quanto Dudu
Sem cerimônia tipo Adikto
Convicto que o céu é mais que um infinito azul
Reflito sobre humanos
Infinitos planos
Quando eu e Jota trocamos ideia
Ou com microfone cuspimos palavras que cativam a plateia
Penso rápido no free
Lembrei do Malcon com consideração
Os toca discos tão em boas mãos
Com Dandão, Jack e LD Fli
Fico feliz quando vejo Diaz cantando
Zumba e Sagaz reivindicando
As letras do Alecs
A dança do FM
Paredes tremem com o instrumental que L.Brau produz
Cada um conduz seu saber com eficiência
Cada um em seu ofício
Em sua função, sua resistência.
Ela era livre em seu estado selvagem
Era uma nômade uma gota de água livre
Ela não pertencia a nenhum homem
A nenhuma cidade
Ela era uma guerreira..!!
..
Diz se da denominação de selvagem; Inculto, agreste, nômade, insensível, bárbaro, rude, bruto, ignorante, irritável, silvícola, grosseiro, incivil, violento, injusto, achavasco, desabrido, bronco, severo, estúpido, feroz, ríspido, agressivo, cruel, atroz, bravio e tosco que vive na selva.... agora eu pergunto; Salvo àquele com raciocínio próprio, quem, além do homem “racionalizado” trás consigo traços tão peculiar ?
Alma na natureza selvagem e simplesmente...
Adorável num mundo ausente... Somos muitos.
Ao mesmo tempo somos ninguém...
Numa grande variedade do destino somos...
Parte da história de um sentimento solitário...
Que viaja pelo espaço e tempo vagante...
De repente tudo tem um novo sentido...
Obscuros num olhar cheio de amor...
Derradeiro numa enorme e avassaladora...
Expressão que admite ser qualquer forma...
Dentro da voracidade que exclamou...
Diante da possibilidade de viver
Sem chorar ou ter remorsos de caminho...
Que se encontra o vazio do passado...
Visto como uma espécie... Num lugar
Profundo de raízes que morrem...
A cada momento em que amor...
Despede se da tua natureza feroz...
Destina basicamente por motivos e sentimentos.
Eu sinto que teu coração bate distinto...
É bicho dócil, mais ainda selvagem...
Anda se guiando pelo seu próprio instinto,
é livre e ama o que lhe faz sentir bem...
Uma fragrância selvagem é sentida no ar...
Agrada a minha alma... Acorda-me os sentidos...
Sou apenas um ser que abraça o vento
Nele te sinto...Perdidamente...!