Seja Livre
Sua forma de ser tão autossuficiente, de se bastar tanto, me deixa tão livre, que minha liberdade sempre volta para a sua.
O Pássaro de Hermes
Voando livre pela escuridão
Séculos passei
Esperando ser à realidade de volta trazido
Por olhos da cor da lua
O sonho de uma noite
A prece de uma alma
O pássaro das sombras
Que ao infinito abre suas asas
O ilimitado horizonte
Que a mim nega passagem
Pois aqueles com coração de neve
São os únicos que a ele podem atravessar
“Não chore, belo pássaro.”
Diz-me o horizonte
“Os olhos que procura eu irei lhe dar”
Então o mar a mim sorriu
Transformando suas águas em mãos
Que as minhas seguraram e a
Minha alma hipnotizou
Mas que tolo fui
Ao no horizonte acreditar!
O mar minhas asas cortou
E em suas águas me jogou
Pelas correntes de gelo aprisionado
Desesperado, gritei
O mar de mim riu:
“Pobre pássaro tolo! A mim agora pertences!”
Ao mar chorei
E pela liberdade implorei
O mar a mim não deu ouvidos
E ao meu coração com barras de ferro trancou
Anos se passaram
Preso eu estava
Até que a mim sorrindo e libertando
Um estranho ser apareceu
“Quem és tu?”
Ao estranho perguntei
“Sou Hermes”
Ele respondeu
Minhas correntes por Hermes
Foram quebradas
Minha liberdade devia
Ao ser que me encontrara
“Como a ti posso agradecer?”
Hermes riu à minha pergunta ouvir
“Sejas meu, belo pássaro. Terás tua liberdade, mas a mim pertencerá”
Ao pedido eu acatei
E hoje, milênios após a armadilha do horizonte,
Ainda sou o que me tornei
No momento em que o mar deixei
Sou o pássaro de Hermes
A gente abriu mão do conforto da nossa solteirice pra ser livres juntas. Ser livre em companhia. A gente era muito diferente no nosso começo, mas ela me mudou. Eu mudei ela. Na verdade, não mudamos. Ainda somos quem sempre fomos, mas novos lados nossos despertaram. Ela chegou mais perto do que eu sou, eu fui pra mais perto do que ela é e nos encontramos no meio do caminho. Eu escolhi estar com ela porque a gente pode ser o que quiser e tem a tranquilidade em saber que não somos julgadas. Por ela valeu a pena me jogar no abismo do amor de novo porque ela nunca me pediu nada que eu não pudesse dar, porque andar de mãos dadas com ela parece a coisa mais certa possível. Ela tem cheiro de casa desde a primeira semana… Por ela eu aprendi a dividir o edredom, com ela eu aprendi a receber ajuda e ela me fez parar de sentir culpa por ser cuidada. Eu tenho paciência com os traumas dela e com o jeito hiperativo de viver. Ela me aceita com todos os meus demônios e me ajuda a lutar contra eles. Nossa história não é convencional e nós não somos um casal previsível, mas somos duas pessoas felizes que aprenderam que a felicidade pode ser elevada à décima potência quando se divide o caminho com uma pessoa leve e que não pede nada em troca além de companhia. Eu sou muito feliz por não ter me escondido, por ter deixado acontecer, por não ter racionalizado pela primeira vez na vida. Eu poderia ter deixado passar tudo isso que a gente divide hoje por puro receio de abrir mão da minha liberdade. Como diz Carpinejar, liberdade é ter um amor pra se prender… Não sei o que o futuro reserva pra gente, não sei se o que temos é findo ou não. Tudo que sei é que hoje, quase 3 anos e 2 meses depois, ainda vivo como tenho vivido desde o nosso primeiro dia: um dia de cada vez, mas sempre desejando que o dia seguinte tenha o som da risada dela. Amar ela foi uma escolha que eu tomei em um dado momento e eu escolho isso todo dia desde então, eu escolhi ela com todos os defeitos no pacote, não escolhi só o que ela tem de bom pra me oferecer, eu escolhi tudo aquilo que me irrita também. Eu escolhi ser leal a ela, eu dei meu coração, meus ombros e meus ouvidos porque a recompensa é enorme, a recompensa é paz no peito e uma felicidade que me transborda o riso.
Se a ciência se propõe ser a livre investigação racional dos dados da realidade, nenhuma conclusão que ela ofereça sobre o que quer que seja pode estar isenta de crítica e portanto nenhuma pode ter 'autoridade', exceto no sentido do prestígio intelectual desprovido de respaldo privilegiado do poder estatal. A estatização da autoridade científica, em qualquer grau que seja, prenuncia a morte da ciência e o advento da 'ditadura científica' preconizada por Auguste Comte, que aliás morreu maluco. A autoridade estatal é o refúgio do cientificismo, não da ciência.
Eu queria o que a minha alma sempre quis que era ser livre. Livre de toda hipocrisia e falsidade nascida da sociedade. Livre para viver passando e me superando pela natureza. Livre para fugir do mundo e abraçar de vez a liberdade tanto quanto a natureza. Rejeitando de vez o mundo e buscando o meu próprio nascimento em busca de auto-conhecimento. Fugindo daquele mundo de pessoas perdidas andando sempre em círculo. Para nascer como uma fênix em pleno nascer da alvorada de um belíssimo amanhecer livre na natureza.
Somos reféns da liberdade alheia, do livre arbítrio criminoso, onde quem escolhe ser protagonista da violência, transforma em vítima quem não pagou o ingresso para participar da barbárie.
''Você pode ser livre, voar alto, atingir as nuvens, mas se estiver ''acorrentado'' aos pés de quem se ama, nunca cairá no chão, mas sim, nos braços dele''
Eu creio que o arbítrio continuará a ser livre, mas o homem... Ah, esse, continuará preso à própria consciência, sem ter consciência de si.
Cada um precisa ter o direito de ser livre em busca da própria felicidade e, consequentemente, ter o dever de não limitar a liberdade do próximo que está buscando a felicidade.
Quanto mais livre for um profeta melhor, alias, profeta é um ser livre.
Só não é livre de Deus que o chamou pra ser quem ele deve ser a qualquer custo.
Profeta que se prende em alianças com os reis e assentam-se às suas mesas e comem de suas iguarias, deixaram de ser profetas a muito tempo.
As mulheres em sua essência são pura loucura, está no seu ser a vontade de viver, ser livre, se sentir livre!
A mim, é isso que interessa, não me interessa sua pré-disposição a fazer as coisas.
A mim, interessa sua essência, e ela é fantástica!
O cristianismo destruiu de forma terrena e não divina no homem a sua essência de ser livre. E a sociedade de forma espiritual.
Não és difícil para o homem ser dono de si mesmo. Mas a mente não és tão forte ao ponto de domar o homem animal. Porém mais cedo ou mais tarde ou talvez nunca. Só a vida teria esse tal poder.