Seguir
Muitas vezes não sei bem para onde ir, qual caminho seguir, fico feliz e triste ao mesmo tempo! Amo muito uma pessoa, mas o que fazer? Largo tudo ou largo apenas esse amor que pode ser uma loucura?
Viver é a arte de seguir em frente, ainda que se tenha que (re)aprender, a cada dia, como se guiar pelas estrelas.
O silêncio ajuda na construção de nossos pensamentos e atitudes, Orienta-nos a seguir o nosso coração.
Nossas escolhas são como leves passos, onde futuramente podemos seguir descalços e sobre espinhos ou calçados e mesmo assim tendo os pés calejados, o difícil é não lamentar, e o fácil e perceber que com o tempo algumas escolhas ficaram para trás e que a vida segue e os espinhos se tornam suaves e os calos apenas marca de um passado bem distante.
Mostra-me como seguir-te, filha da ansiedade. Ensina-me o caminho em meio às intermináveis brumas dos teus instintos e guia-me pelas escuras veredas por onde navegas. Logo serei apenas uma lembrança entre os personagens da tua história e já não mais poderei sentir toda essa inquietude. (Trecho de 'O Elo Invisível - O Mentor Virtual II - Lançamento em breve).
Contemplem o que não se ver, o que traz aos nossos sonhos o desejo de seguir em frente, o luzir dos nossos dias, a cura de nossas doenças, o retrato de nossas conquistas. Contemplem a glória dos lindos fenômenos, do amor entre um casal, entre uma família, entre todo o universo. Contemplem a fé que reluz em nosso intimo, e pulem, saltem gritando verdadeiramente que existe um senhor, sendo Deus o benfeitor de tudo que existe na Terra.
Procurar algo que me faça feliz
o que acreditamos afinal? Devemos seguir o nosso coração ou a vontade dos outros em nos ver felizes? E deixar o nosso próprio coração ser infeliz? Por que não estou feliz? Eu deveria ao menos estar feliz. É princípio básico e vontade necessária do ser humano. Normalmente a tris me bate a porta. Sinto um vazio que é explicável. Algo que corrói, machuca, faz sofrer, trás o sofrimento. Será o sofrimento um vazio ou um vazio que trás o sofrimento?
Não sei ao certo o que fazer e por vezes a indecisão me consome. E quando enfim me decido, sinto um enorme vazio. Já não escrevo poemas, já não escrevo cartas, já não escrevo crônicas. Já não escrevo pra ninguém, Já não compartilho cartas, nem frases, nem nada. Nem ao menos flores. Há apenas um vazio que me consome e eu perco horas de sono.
Há momentos que seguir a diante não é a melhor coisa a fazer, e nesses casos, insistir pode trazer graves consequências. O melhor é parar um pouco e refletir, "dar tempo ao tempo", e quando o caminho estiver pronto para ser seguido, retomaremos a caminhada em busca do nosso objetivo. Parar, recuar, esperar a hora certa não é sinal de fraqueza ou de insucesso, é sinal de que temos consciência do que estamos fazendo, e que lidamos com a vida com sabedoria.
Força. Essa energia que vem e nos motiva a seguir sempre em frente, mesmo com a crueldade do tempo e com as cicatrizes da alma. As etapas vão se cumprindo e novas missões são concedidas. Não dá pra respirar direito. Que bom! É uma delícia perder o fôlego. Força.
E se algo que temes não lhe deixar seguir tua vida, recorda-se que Deus Pai está ao teu lado sempre.
Somos a certeza do que não queremos, a dúvida pelo caminho a seguir, o talvez que pende entre o sim e o não, mudando de acordo com o vento. Somos a conformidade dos dias cinzas, o corpo acolhido na cama, o cansaço tardio do tempo em que a vida cabia numa mochila. Somos uma mala remendada e bagunçada, remexida, precavida. Somos a leveza esquecida, a impulsividade amarrada, a risada contida, a paixão amornada.
Somos nós com a nossa melhor companhia, sem o medo da solidão, confortáveis com a própria presença. Passamos a nos entender mais e nos aceitar melhor. Percebemos que verdadeiros amigos são poucos e que amores verdadeiros são raros. Não entendemos como fomos tão tolos e tão felizes, e porquê a sabedoria tem que vir de mãos dadas com a melancolia.
Somos a nostalgia daquilo que fomos, a saudade do que foi vivido e sentido, a lamentação da entrega cega, a dor latente da queda. O pensamento de que teríamos feito tudo diferente e exatamente do mesmo jeito. O arrependimento pelo que fizemos ou não, os porquês sem resposta, o tempo perdido. A falta de tempo que não deu tempo para nada. O vazio que ficou.
Somos a perspicácia adquirida depois de alguns golpes. A malícia extenuante que prefere mil vezes ceder o seu lugar à singeleza da boa fé. O agradecimento por ainda ter um bocado de lisura no meio de tanta desconfiança. Somos o faro aguçado e as unhas felinas, precavidos ao bote, antecipando o movimento suspeito. E nos convencemos de que somos melhores assim, mais fortes e preparados para as bordoadas, quando, na verdade, queríamos mesmo é voltar à época da credulidade e ingenuidade.
Somos uma constante metamorfose e a permanência da criança de antigamente. A casca se molda enquanto a essência persevera. O que somos é diferente do que nos tornamos, mesmo que o lado de fora influencie o de dentro. Mudamos a nossa forma de enxergar o mundo, o outro e nós mesmos. Modificamos o olhar sobre tantas coisas sem que deixemos de sentir cada uma delas. Os sentimentos perduram, enquanto a necessidade de ter razões para eles perde o sentido.
Somos o passo mais firme, a decisão coerente, a prudência sentimental, a disponibilidade laboral. Somos a necessidade de fazer parte de um grupo e a total falta de vontade de pertencer a um meio. Somos o duelo entre a soltura e a prisão. Não gostamos quando nos prendem, mas não admitimos quando nos soltam. Somos carentes da profundidade e dependentes da superficialidade.
Somos uma mistura do tudo e do nada que nos identifica e nos assemelha. Viver é isso. É um somatório de momentos, uma coleção de emoções, uma constante construção do ser. No fim das contas o importante é permitir-se. Por isso somos o que somos; o resultado daquilo que fomos e o rascunho do que um dia seremos.