Segredos
Não era só frases, eram códigos morfis sobre segredos de que procurava a cura, eram dias de rotina, obrigações e obviedades que pouco a pouco iam o consumindo, distração era fato, afeto perdido, entre ser meu amigo ou inimigo testei ponto a ponto no perímetro, vigiei meus segredos, procurei um pouco de mim no que escrevo, produzi meu próprio trevo, fui um terço de mim mesmo, na fuga sai ríspido, ligeiro. Confundi meu pensamento quando referi sobre o que penso, vi erros e certos em ações sem confissões diretas, segue a seta que acerta, perdidoem opiniões que mudavam com o tempo, olhares ao vento, descrevi o que penso, o que sinto vale mais que palavras, códigos ou símbolos, o peso da existência é entre escolhas escolher o seu sentido, o erro tenho me guiado pros acertos, pois é o que me leva pro acerto, quero liberar meu pensamento de entraves, olhares, mal dizeres, foi eu não ela que julgou sem saber, a duvida é nossa única certeza.
Naquela noite, olhando as estrelas, tão próximas de nós, contamos segredos e sonhos ... e de repente uma estrela caiu.
No brilho frio das telas,
uma alma se despe de segredos,
entre notificações e status
desabrocha um coração em streaming.
Palavras digitadas,
em meio a emojis e hashtags,
transformam angústias em posts
e silêncios em stories efêmeros.
Como se confessar nesta era?
Deslizando o dedo na esperança
de que, em cada clique,
a dor se transforme em conexão.
Não há mais o altar de velhas confissões,
nem o sussurro íntimo de uma igreja;
hoje, a verdade se expõe em pixels,
num feed onde a vulnerabilidade encontra público.
É um grito digital,
um manifesto de identidade
entre likes que acalmam e comentários que ferem,
um convite à coragem de ser visto
no vasto e caótico universo virtual.
Mesmo que a privacidade se dilua
na imensidão das redes interligadas,
a confissão permanece –
um ato de fé no agora,
um pedido silencioso de ser ouvido
em meio ao ruído incessante do século 21.
Um dos segredos da longevidade atrelada a uma vida feliz está em acolher, cuidar e amar ao próximo.
"O hebraico bíblico é mais do que uma língua; é o tecido onde os segredos do universo foram bordados."
Segredos
Cada um de nós possuímos escondidos, segredos que vêm à tona.
Segredos de outrem ou de nós mesmos.
Existem segredos que causarão dor se forem expostos, que trarão sofrimento, mas compartilhar será um alívio.
Segredos que, lamentavelmente, levaremos até o fim.
Alguns que já esquecemos.
Há um que decidi compartilhar, com uma pessoa especial, que não hesitou em divulgar, o segredo que um dia, com você eu irei me casar.
ARCA VELADA
Guardei na poesia os meus segredos
As saudades, lembranças. o que pude
Tranquei na cadência aqueles medos
Na rima, a tal dor, asperamente rude
E, fui buscar o que não tinha, amiúde
Aquilo que apraz, os olhares, os ledos
Ai, conservei nos versos a boa atitude
Mas, muitas me fugiram pelos dedos
O momento, passou breve, rude sina!
Assim, como a inspiração que ilumina
Mas, a esperança sempre apaixonada
Ah! quanta poética sensação arquivada
Nesta arca velada... ah! quanta rotina!
Versando paixão e a alma enamorada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 setembro, 2022, 17’37” – Araguari, MG
Findei com poesia o meu arrego!
Quantos segredos o teu seio oculta
Com essa perturbação tão ardente
Basta, porém, que o amor te tente
E és como sofrente, na dor resulta
No vazio tua carência dilata e avulta
Foges do manejo e mais aperto sente
E quem te desafeie ou te apoquente
Aquela tristura na tua alma insepulta
Como tu, velho coração, já fui pueril
Rasquei o peito com arrebatamento
Lutei por olhar e por um aconchego
O díspar entre nós é que não fui hostil
O pesar também foi o meu sentimento
E eu, findei com poesia o meu arrego!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/11/2023, 19’49” – Araguari, MG
DA PAIXÃO
Da paixão não tive o encanto
O cochicho ao pé do ouvido
Segredando segredos tanto
Tão precisos e tão devido
Minha vida foi de traço só
De uma solidão rodeada
Não posso dizer pra ter dó
Fiz da ventura uma estrada
E neste galgar por galgar
Nunca fingi, nem falsei
Com emoção ensaiei amar
Se não tive sorte, tentei
Sobeja vida, sem desfecho
De pouca oferecida flor
Porém, de sinuoso trecho
E do vário acaso, um editor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18/11/2015, 13’13”
Cerrado goiano
"Se pensas que os teus segredos mais ocultos nunca serão revelados, pensas como um tolo. Em breve, virá o Filho do Homem e trará à luz todos os segredos dos homens."
Lua, tão doce lua, que brilha e ilumina a imensidão do mar, que sabe dos meus segrêdos, que entende o meu olhar...
Dar vida ao universo, acende a escuridão, vigia os enamorados que se amam de corpo, alma e coração.
Enamorados que contigo conversam e te fazem testemunha,
do maior amor que há.
Lua doce lua, bela do anoitecer, tras de volta o meu sorriso antes que adormeça e me faça enloquecer.
Lua saudade, lua ilusão.
Lua dos amantes que se amam de paixão.
Que se entregam sem vergonha, sem pudor, porque sabem, que só tu, lua doce lua é capaz de entender o amor !