Sede
Sobre Coisas Que Não Quero Mais
Hoje, terminei o dia com sede de mudança. Comecei por arrumar meu quarto. Não que meu mundo esteja resumido a ele, mas grande parte está contida nele. Lembranças, fotografias, roupas de festa, pijamas que me acompanham ao longo do dia, brinquedos que marcaram a minha infância, souveniers que ganhei de amigos (ou pessoas que nem reconheço mais), alguns sapatos espalhados, folhas e mais folhas reviradas – de pensamentos soltos.
Olhei pro canto detrás da porta e vi pôsteres enrolados. Passou uma tempestade de boas recordações em minha cabeça, de um tempo que eu daria a vida por alguns daqueles grandes ídolos. Mas o tempo passou... As paixões amadureceram e se tornaram apenas admirações. Refleti: Não foram as únicas paixões que amadureceram, e mudaram. Algumas perderam toda a sua força.
Decidi que dali em diante toda a minha vida estaria reestruturada. E aquela desordem, aquela bagunça teria fim.
Assim como as coisas, passei a encarar as pessoas. Pessoas que não quero mais. Não preciso que esteja ao meu lado quem quer me ver por baixo, quem quer sugar minhas energias ou enganar meu amor. Se tem uma coisa que já aprendi há tempos, bem antes dessa faxina começar, é que amor é tão sagrado que não deve ser desperdiçado. E eu não seria leviana com meus próprios conceitos.
Outrora aprendi a não amar por apego. Amor tem que ser diálogo, tem que conter resposta e mútuo interesse. Por hoje, aprendi que além de não desperdiçar amor também não desperdiçaria minha tão solene companhia. A partir de amanhã de manhã, só estarei presente na vida de quem me quer bem, de quem faz questão de participar do meu cotidiano, ou se não todo dia, que se sinta feliz em participar de alguns eventos. Não preciso que se doem por inteiro, mas que sejam ombro amigo sem maiores pretensões e sem eu precisar pedir.
Por mim, eu arrastava os móveis e os escondia com lençóis coloridos, lixava as paredes para tirar aquela cor pálida que o vendedor da loja de tintas conseguiu convencer a minha mãe a levar, e tratava de pintá-las de poá. Tão mais justo comigo mesma deixar o ambiente do jeitinho que eu gosto. Tão harmonioso ver que as coisas estão levando o rumo que eu gostaria que levasse. Mas aí pensei duas vezes antes de começar essa obra, e vi que certas mudanças não podem ser feitas da noite para o dia. Devem ser idealizadas, arquitetadas e agendadas, para que assim saia melhor que a encomenda. Porque mudar por mudar não significa evoluir.
Quero matar minha sede, no teu querer. E acalmar minha paz, no teu abraço. Quero um carinho que sempre cai bem e a doçura do verbo amar.
Nunca se deve ir com sede demais ao pote por não saber o que está dentro dele.
Assim como nunca se deve entregar o coração a um homem sem antes conhecer suas reais intenções.
E sabe-se pela firmeza da voz e o olhar que tem a segurança de uma educação que vem do seio materno.
Bom filho, bom pai , bom marido!
Para quem tem sede de justiça: junte revolta, coragem, ousadia e uma pitada de atitude; misture com água. Esperar e engolir a seco, não dá!
Quero recuperar a minha sede de adentrar na felicidade sem perder a coragem de arriscar no amor para me satisfazer;
Quero sonhar e me abraçar com os meus desejos de te encontrar para não mais viver esse caminho só;
Pois a história caminha em passos largos para dificultar as minhas investidas e ganhar o seu coração;
Certifiquem de aproveitar a vida, não tenhas medo dos problemas que ela gera;
Não sede solto, temendo para prosseguir;
Não desista de seus sonhos;
Sonhar é necessário!
As mulheres são como os raios do sol... brilham, esquentam, aumentam a sede e quando vão embora, deixam marcas.
Eu vejo gente roubando. Vejo gente matando. Vejo gente morrendo de fome, de sede, de frio. Vejo gente morrendo doente. Porque aqui não tem políticos bons. Mas também não tem um povo honesto. Que vote correto. É por isso que esse país não vai pra frente. Nem esse país, nem aquele continente. Eu vejo muita gente, um continente, morrendo sem ter o que comer e beber. Morrendo doentes. Eu vejo tudo isso e sinto vontade de mudar alguma coisa nesse mundo ruim. Mas eu fico só na vontade. Sou só um pequeno ser humano que não conhece nada desse mundo grande e dessa gente doente. Se eu pudesse mudar algo, mudaria todo esse sofrimento. Eu levaria comida aos rastejantes de fome. Levaria água aos sedentos. Levaria uma casa aos andarilhos. Levaria o calor aos que passam frio. Eu levaria a paz aonde há guerra. Mas o que posso eu, um peixe pequeno e só, fazer no meio de um oceano aberto?
Não jogue pedras em quem te oferece água só porque você não tem sede. Certamente você terá sede, mas é incerto se você terá água.
No teu beijo encontro agua fresca
Que mata minha sede e me faz
Viver a espera que traga em teus olhos
A alegria de um dia ensolarado
Onde até os pássaros cantem
O amor que em meu coração há por ti.