Sede
Se as vezes sinto a sua falta
faço da sede de te amar a ânsia insaciável que me mata
E nos teus olhos cor de mar
lanço-me no anseio de nos olhos teus de amor me afogar
Pra que no âmago do teu olhar
eu possa, enfim, viver o que tua indiferença tenta me negar
Tenho sede e fome da verdade.
Conviver, apenas, com a minha verdade é saciar-me com água turva e ingerir alimento vencido.
Vivamos a história e não sejamos a estória.
Quero sentir o suor que sai da tua pele, matando a sede da minha pele. Quero contornar cada digital do teu corpo com meus dedos e me perder no caminho até tua boca.
Quero tua força dentro de mim, trasformando a dor em prazer.
Quero mergulhar em teus olhos e me perder no oceano de tua vida. Mergulhar fundo até não me restar fôlego.
Quero tudo o que sinto, essa loucura que as palavras não sabem explicar! A parte sua que vive em mim é a mesma que me mata, a doce morte que me renasceu, por conhecer o teu amor!
Sede bons e caridosos - é a chave dos céus que tendes em vossas mãos. Toda felicidade eterna está encerrada nesta máxima: Amai-vos uns aos outros. Nas regiões espirituais, a alma só pode elevar-se pelo devotamento ao próximo.
Minha alma te procura, meu corpo te deseja com sede do teu amor.Mesmo que mil oceanos nos separem, estarás comigo esta noite na cama dos meus sonhos.
Minhas mãos serpentes gostam de sentir sede
Engolem o fluído de tuas primeiras migalhas
Ao longe, os troncos são pequenos indigentes
Fundindo os dedos de uma saudade pintada de opaco
Meu imaginário propaga raízes
Elementos lúcidos cozendo teus nervos
Esperam por mero acaso teu encontro
...
Na lama imperceptível há o desprezo da identidade
Infinitamente em prece para cruzar minhas veias.
AGOSTINHO E O TEMPO
Em Agostinho, a alma é a sede das capacidades humanas de compreensão, percepção, raciocínio, sentimento, em suma, de todas as potencialidades do espírito. Da mesma forma, o filósofo afirmou que a sede do tempo está na alma. Para entender isso é preciso ter em mente a idéia de que o tempo faz parte da criação: o tempo é criatura. Fora da criação existe somente a eternidade de Deus, que consiste na imutabilidade, na ausência de tempo. A eternidade, assim, não é tempo infinitamente prolongado, mas uma existência sem nenhum limite, ao contrário de, por exemplo, a existência humana que é uma distensão, cujas fronteiras são o nascimento e a morte. “É impróprio afirmar que os tempos são três: pretérito, presente e futuro. Mas talvez fosse próprio dizer que os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das presentes, presente das futuras. Existem, pois, estes três tempos na minha mente que não vejo em outra parte: lembrança presente das coisas passadas, visão presente das coisas presentes e esperança presente das coisas futuras.”
Corpos nús dançam em meio a foresta de cobalto
procurando sua sede saciar,
ela veio me levar.
Não há como escapar.
O sol da meia noite surge por entre as árvores,
sua voz me leva aquele lugar,
então eu me tórno mais uma vítima.
O perfume das ninfos me enbriaga.
Mãos gélidas, corpos trêmulos,
meu corpo encontra abrigo dentro do seu.
Nenhuma poesia poderia explicar.
Sua lingua em meu ouvido,
susurrando sáliva reescreve meu destino.
Minhas mãos, suas curvas
por onde eu quero viajar.
Seu sorriso me devora,
qual o segredo do seu olhar?
Tem gente morrendo de sede tem gente morrendo de fome presos estão que nem peixe na rede neste mundo sem nome
Sangria
Sinto fraqueza
Sinto sede
Sinto frio
Sinto que algo dentro de mim se partiu
Aos poucos vou ficando inconsciente
Vou caindo lentamente
Com tremores e arrepios
A pulsação aumenta
A respiração o meu fôlego afugenta
E a cada instante é mais lenta
Até que, num relance, as luzes se apagam
E não vejo e nem sinto mais nada
Teu corpo é sombra e água fresca,
Descansa o corpo e mata a sede,
Do cansaço interminável do dia-a-dia.
Bebemos do mesmo sentimento para saciar a sede de nossas almas.
Então, o amor ou o desamor nasce na mesma fonte.
Minhas mãos tremem, meu coração palpita e o seco da garganta traz sede incontrolável
Meu estomago comprime, pede desejos, sorrisos e abraços aconchegantes
Me tira o sono, me descontrola, me domina,
Grito por dentro enquanto me calo por fora, a força já se perde no meio da multidão para mim vazia
Lembro o quanto choramos de tanto rir, em conversas descontraidas no meio da madrugada,
intercalando com calor e arrepio na pele.
Sintomas dessa saudade que virou urgência, que me entristece pela distancia, que me alegra pela presença em sonhos e lembranças
que me dá febre no meio da noite, que me faz escrever na manhã fria e chuvosa.
Que o nublado da tarde me cure dessa necessidade de você, mesmo sabendo que na proxima manhã todos sintomas voltarão.
M Goper