Sede
Bebe do meu cântaro se tens sede...
Que eu sem culpa já bebi...
Todos os venenos foram contatos...
Não fizeram-me mal...
Apenas me fortaleci...
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Tanto sonho...
Tanta mágoa…
Se tens fome...
Come do meu pão...
Se eu tenho...
Da-me sua mão...
Que importa!
Ninguém sabe...
Daquele amor perdido...
Por dentro das escura noite...
Confundindo os sentidos...
Quantos, que marcham pela vida...
No intenso tráfego dos rotineiros dias...
Expõe suas tolas vontades...
Diante emoções tão frias...
Cavalheiro da triste figura...
Moinho a braços com o vento...
Nenhuma alegria ouvistes...
Só tristezas...
Desalentos...
Quando saíres, não me esqueças...
E não me cortes com a navalha...
Como dizer a um coração fora do peito...
Que para o vinho não há taça?
Por detrás de cada esquina...
A ver no mundo seco a seca realidade...
Erguendo os densos véus ...
Há de livrar-nos Deus...
Da dor indiferente da maldade...
Dos pares meus...
Sandro Paschoal Nogueira
“A sede insaciável que muitos buscam no mundo só será plenamente saciada em Deus e por Deus, pois Ele é uma fonte inesgotável.”
A alma manifesta sutilmente o desejo do nosso íntimo, o qual sufocamos e calamos muitas vezes, por não termos forças suficientes para dar o grito da VIDA.
Se PERMITIR o tempo todo, é se amar intensamente sem medos, sem preconceitos e sem amarras.
É saber DRIBLAR a vida, mesmo que ela nos coloque em certas circunstâncias difíceis durante a caminhada da nossa trajetória, aquelas que percorremos distraidamente e que nos cegam da vida, devido a sede de caminhar e CAMINHAR…
Esquecemos que ser feliz é hoje!
A esperança do sertão
As vezes me lembro da última chuva
A maninha ainda tava na barriga da mamãe
Conseguia ver o sorriso de painho em seu rosto
Agradecíamos a Deus por cada gota de água que nos abençoava
Ainda tínhamos esperança
Gostava dessa época
Acordávamos bem antes do galo cantar
Miguel sempre resmungava das longas caminhadas até o poço
Ajudávamos papai até nossas mãos se enxerem de calos
Eu nem ligava, o importante era que nós estávamos juntos
Ainda tínhamos esperança
Depois que partimos de lá
Não se falava mais com vovô
Tentava chamá-lo, mas ele não respondia
Mamãe rezava mais uma Ave Maria, com os olhos cheios de saudade
Ainda tínhamos esperança?
Muito tempo se passou e a chuva no sertão não volta atrás
Olhando para baixo, vejo os registros das pessoas que já passaram por aqui
Olhando para frente, vejo a seca assombrar cada pedaço de vida desse nosso interior
Olhando para o lado, vejo a face de todos se apagando lentamente
Não temos mais esperança
Bebemos da mesma água,
Porém cada um,mata a sede a sua forma.
Uns com cautela e apreciação,saciam-se.
Outros com tanta gana e exacerbo,afogam-se...
Amizade sincera é como oásis no deserto, na hora mais difícil a água aparece como dádiva de Deus e mata a sede.
tua pele
um echarpe que aquece-me como quero
teu olhar
um par de estrelas que refulge tao fero
tudo é um statique
e neste transe reconheço tua fala
boca
sede
ocupando dimensões
todas as escalas
e não porque me falas
mas porque me abalas
como abalos que são amparos
no gatilho que me trago
sou também o alvo
que imoto me disparo
Ciclo exaurido
Corra enquanto há tempo
Aprecie a vista,
Aproveite o momento!
Empenhe as forças da juventude
Sinta o vigor dos pulmões,
E tome sempre atitude!
Pois o que sobra é a sede
De seguir o fluxo da existência,
Que consuma a vida em uma rede.
E o que falta é a compreensão
De ponderar no final,
Do tempo foi muito pouca a porção!
Mas a alma brada: sou imortal!
Perdoa por esta sede que sinto de te amar. Sonhar com teu corpo sobre o meu, na dança frenética do amor.
Constelações
Sacia a sede,
E toda a sua necessidade,
De sobrevivência,
Necessitar de aprender
Por entre a vida,
A água que você
Bebe é sabedoria.
Não temas!
Incognitamente
Toda a inspiração,
Por entre todas as fontes
Da cisterna,
Lá distante toda a escuridão,
Perto de você a saudade,
Não ande assim com tanto medo,
Deixa de lado o seu ser solitário,
Suspira no ar todo este vapor,
Mata toda a sua necessidade,
Jorra pra fora toda
Está lágrima.
Deixa, deixa transbordar,
Não temas,
Que tudo necessita de calma.
Bebe todas as pequenas
Linfas que se encontram no pote.
O amor, nascerá tudo de novo,
Pra que seja vivenciado,
o mundo transborda,
Precisamos de luz,
Necessitamos de paz.
O desejo de resultados rápidos pode conduzir ao desvio de algumas etapas que podem ser cruciais para o sucesso de qualquer coisa que vc deseje.Isso causa perda, vá devagar, cuidadosamente, passo a passo para as coisas fluírem corretamente, só assim vai alcançar o sucesso que vc tanto almeja...
quem vai com muita cede ao pote as vezes passa cede...
Iluminações Floreadas.
A flor em sua sede de luz se doura; no sol que se enfeita, resplandece agora.
Querer respirar
Ignorando a maré cheia
Fechando os olhos
Para não ver a lua
Querer viver
Por mais que a vida grite
(Meu silêncio)
Querendo o teu amor
Como quem mata a sede
No mar...
Quando uma pessoa me procura e diz que está com sede, ela não espera que eu lhe dê a fórmula da água, muito menos que abra um livro e comece a explicar a importância das chuvas e os benefícios para a saúde do homem. O que interessa é descobrir onde existe uma fonte de água potável e matar a sua sede. Quem tem sede não quer explicações, quer uma jarra d’água, de preferência cheia e bem fresquinha.
Sede da alma
Mergulho no absoluto do ser
Que nada sabe, tudo aproxima
E pouco experimenta.
Um êxtase quase frenético
De se desfazer em pedaços e
juntar O que se supõe ser o correto.
Amargura, loucura, felicidade...
Em assumir que o pranto alimenta,
Que as lágrimas matam a sede da alma.,
E que viver nada mais é do que
Morrer pra si lentamente, Diariamente.
Dani Raphael