Seca
Folha seca
Sou folha seca, caída ao chão,
percebida mal finda o verão...
deixada ao mero abandono,
soprada pelo vento d'outono.
Fina, leve, partida em pedaços,
aos poucos tornando bagaços,
reduzida a bem menos sem dó,
demudando até virar-se em pó!
Folha seca não tem mais vida;
seu destino é ser dissolvida...
e dizem que o futuro é incerto!
Vou voando pelo céu aberto...
finda missão, então descansar,
outras nascerão em meu lugar!
Vida de sertão!
A seca me maltratava
me trouxe judiação
a chuva ameaçava
só não caia no chão
mas se a água brotava
nenhum motivo faltava
pra se viver no sertão.
Veio chuva.
Não pense que o sertão
tem seca por todo lado
por aqui tem plantação
e tem verde no roçado
o nordestino em oração
agradece de coração
por tudo que tem plantado
Com Deus como testemunha
Nunca estive tão bem
Saltando no amor
Fogo queimando na madeira seca
Começou como nada
Agora é ouro
E é tudo sobre você
Frágeis.
Antes..!
Eu era frágil...
Era como folha seca....
Que ao pisar....
Se triturava em pedaços....
Pensei que era um simples copo de vidro....
Que ao cair no châo....
Em caquinhos se desfazia....
Ou até uma porcelana....
Que se quebra facilmente......
Qualquer palavrinha.....
Me machucava.....
Possou o tempo.....
A maturidade chegou.....
E ela.....
Veio acompanhada de uma lâmina de aço....
E ao esperimentar-la
Vi que posso cortar tudo aquilo que possa me ferir...
Homem da alma blindada.....?
Não...!
Todo dia é dia...
Somos frágeis sim...
Mas devemos suportar as dores que vem...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Meu sentir após a infecção por covid…
Após tal três meses por mim passaram;
Mas a tosse seca ainda em mim ficou;
Mas graças a tal, meus pulmões limpou!!!
De muitos dos lixos que em mim entraram.
Importou foi passar-me: o faltar de ar;
Tal como os distúrbios intestinais;
Ao fim de passado um mês ou mais;
Embora ainda a mim fuja o paladar!
Tem-me também fugido o bom olfacto;
O que me leva a vestígios sentir;
Mesmo passado o tempo que passou!...
Daí saber que dela em mim ficou;
Gravado este vírus nesse fluir;
Que por muita sorte venci de facto.
Porque no prazo de nove meses [apesar de “muito” cuidado] já
fui infectado duas vezes, tal como já em anos anteriores venci duas pneumonias sem internamento hospitalar (embora bem medicado e muito bem cuidado) digo: nada de pânico, pois, ele veio para em nós ficar; mas só nos matará se com uma possível febre nos desleixarmos. Logo, se a tal (febre) em ti sentires e após toma de antipirético (paracetamol) verificares que a mesma não baixou, contacta os serviços de saúde e/ou dirige-te imediatamente para o hospital, pois a mesma (neste caso de infecção pela covid) quando aliada a falta de ar poderá significar que em pneumonia para a ti matar, se encontra a transformar.
A verdade destroça feito gole em garganta seca, percorrendo fendas sólidas onde mora a tolice e seus telhados tremulando orvalhos de tragédias. A verdade pode ser furiosa; não pensa olhos nem ouvidos, escorre saída de confusões encontradas. A verdade pode assombrar a alma, percorrer as órbitas pseudoentendidas e num suspiro cair no sono em batimentos da própria jornada. A verdade também sonha.
As ladainhas desentoadas,
o latim mal sabido,
a batida seca da máquina de costura,
as linhas de bordado,
os papéis de seda e os velhos riscos de ponto cheio,
cheio de amor, cheio flor e ramos de tudo que é cor.
A janela e a roseira branca.
Oh mãe! Oh minha mãe!
ENQUANTO O ARROZ SECA
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Todo mundo tem um amigo `arroz de festa’. É aquela pessoa que está presente em todas as festas e eventos que pode e acaba ficando conhecido por isso.
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Você imagina o porquê da associação com a palavra `arroz’? Disse Onário que, isso provavelmente é uma alusão ao fato de o arroz estar presente em quase todas as refeições.
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Peço: não leve ao pé da letra as palavras de Onário. Com certeza ele desconhece o drama por que passa o povo brasileiro.
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02.05.2024
Ah Dr. Cuma me dói
Arrescordá meu passado
Meu sertão de chão rachado
Pela seca arrinitente
Fica tudo diferente
No tempo da sequidão
É fôia seca no chão
Casa veia abandonada
Vacamorrendo atolada
Na lama do cacimbão
Eu escrevo para não chorar,
Porque as lágrimas não conseguem
Mais me consolar ,
As lágrimas secaram
Essa dor no meu peito
Só aumenta a cada dia
Me imagino vivendo com você
Todos os dias
Eu escrevo, pois não consigo
Te falar, o quanto esse amor
Pode machucar,
Não, não machuque assim
Te amar normalmente
Não tem feito bem pra mim
Amor não foi feito pra ferir
É pra abraçar beijar e rir