Se um dia Tiver q dar vai dar Certo
Depois de um certo tempo
Depois de um certo tempo não se diz mais, "meu amigo!", porque tudo quanto era novo tornou-se tão comum que chega a ser trivial qualquer que seja o gesto. Depois de um certo tempo as alegrias não se dispõem mais tão fáceis, porque tudo quanto era riso já foi tão rido que agora a graça das coisas já se tem perdido por aí, ensossa, no meio do que é real. Depois de um certo tempo, é verdade, tudo murcha exacerbadamente. Como que os sentimentos tivessem células e que elas envelhecessem junto com nossa pele. É como se caducassem os sentimentos. E então tudo se dissipa, no que era verbo se vê silêncio, no que se admirava se negligencia, no que era afeto se vê pedra. Pedra, daquelas que não se junta por inutilidade, nem se senta, nem se chuta, nem se vê. Pedra. Como aquelas à beira da estrada, que só são colhidas por quem as quer atirar, tão somente pelo peso que elas têm. Venhamos a convir, depois de um certo tempo, quando se conhece, quando é possível enxergar além da ponta do iceberg, quando o outro se desfia em sua própria verdade, quanto se torna transparente as limitações, fragilidades, as mazelas interiores, quando o que há é um outro eu todo perfurado, é então que se sabe o que é um amigo ou que se percebe se ele existe ou não. Depois de um certo tempo, tudo o que há são queixas aos buracos do outro, mas, já não se os propõe tapar. Depois de um certo tempo, o não-eu [o amigo?], aquele a quem às expectativas se frustraram, torna-se plutão. É, assim, depois de um certo tempo, que se sai da superfície a qual todos parecem viver. É reconhecendo o que há além da ponta do iceberg, e somente sob esta vista, que se pode julgar "amigo", porque esta não é palavra santa, nem pesa-lhe o sagrado, mas não se deveria pronunciar antes de um mergulho, um profundo mergulho. Porque é só depois de um certo tempo que percebemos que somos Narciso, que o que buscamos para as vezes é a nós mesmos, projetados no outro, dispostos, e quando damos conta que o outro é outro, saímos a procura de novos eus, expostos nas vitrines da vida. E contemplamos o raso espaço do pote, o nada de nós mesmos. É bem aí então que se desce um grande embrulho, um problema humano, uma incógnita existencial, é depois de um certo tempo, quando perdemos pelo fluir do mundo ou o pesar da morte, um grande amigo, que nos damos conta que gastamos tanto tempo condenando que não vivemos nada quanto fosse considerado verdadeiramente real. Depois de um bom tempo é que percebemos que podemos até ter um milhão de amigos, mas se não houver mergulho, se não houver profundidade, tudo quanto conhecemos é a superfície, que reflete, por ser água, um pouco da nossa própria imagem, mas não dispõe, ao mínimo que seja, de todo o grande mundo que é a Felicidade, ou ainda, a Verdade.
Depois de um certo tempo, até deus, de si pra si, morreria de solidão.
Onde estão os amigos?
No tempo certo a gente entende, que todas as flechas de maldades que, em algum momento, foram lançadas contra nós; nada mais foram, que poderosas ferramentas permitidas por Deus, para aperfeiçoar o nosso processo de amadurecimento, conhecimento e evolução.
Para cada pessoa que nos há conhecido antes deste evento, vale a pena apresentarmo-nos; por mais uma vez.
Muito prazer!
PONTE PARA O AMANHÃ
PONTO PARA O PRESENTE
APONTE PARA O PASSADO
ENOBREÇO COM O QUE É CERTO
E CRESÇO COM O QUE DEU ERRADO
FAÇO DO MEU PRESENTE, UM CAMINHO BEM RELUZENTE PARA O FUTURO QUE SE DESENROLA E DO QUAL NÃO TENHO NOÇÃO
DO QUE ME ESPERA ATÉ AGORA...
Em um certo dia, cansei-me da tristeza, senti exaustão em carregar uma melancolia que já fazia parte do meu ser. Optei então por viver de maneira mais positiva, enxergando a beleza da existência nas pequenas e mais simples coisas do universo. Reconheço hoje que apesar de passarmos por fases turbulentas, o que sobrou de ruim serve para aprendizado, é experiência. Nada acontece em vão. Assim como a terra, passamos pelo ciclo de términos e recomeços, tudo se regenera. Eu já tive uma vida triste, mas decidi não querê-la mais. Sinto-me melhor assim, leve e zen.
Quando amamos, fazermos de tudo, fazermos o impossível e o impossível para dar certo, pois um amor de verdade não se acha em qualquer lugar, então não vale a pena deixar sem lutar.
Já me falaram tantas coisas sobre o certo e o errado que me deixaram com duvidas do ontem e do hoje.
Pois o que era certo ontem,hoje é errado.
E assim marcha a humanidade.
SONETO DE COPAS
Para ter uma relação de qualidade
É preciso encontrar um certo amor
Com o qual valha a pena jogar bem
O jogo da vida em dupla
Deixa de ser um necessário amor
E passa ser uma escolha de amor
Passa ser uma possibilidade de amar
Porque só depende encontrar o amor
Claro tem que haver Afinidade
Respeito a individualidade
Em busca da felicidade
A relação de qualidade soma prazer e amizade
Numa bela aproximação de duas unidades
Nao a fusão de duas metades de amor
__________________Norma Baker
( Primeiro Soneto da Escritora- 07/2007)
O que seria de nós sem as coisas que não deram certo?
O tempo é engraçado.
Todo mundo diz: "De tempo ao tempo" ou "Só o tempo pode curar!"
Aí vai a realidade... Por mais tempo que você dê, nada muda e ele não cura nada. Ele esconde, guarda no fundo de uma gaveta até o dia que você ouve uma música ou volta naquela lugar ou até mesmo sente o cheiro das lembranças.
Mas não posso só falar seus defeitos, ele serve pra alguma coisa. Um ótimo exemplo seria descrever como é sensacional quando estamos com aquela pessoa e o tempo simplesmente para. Ele não faz isso com frequencia. Na maioria das vezes, ele até corre quando você esta vivendo um dos melhores momentos da sua vida! Mas, bem depois, ele volta e coloca um sorriso no seu rosto.
Ah o tempo!
Relação de amor e ódio. Ele tem seus motivos quando demora a passar, quando estamos no meio de uma situação difícil que parece que nunca vai acabar. Ele sabe que lá na frente vamos ter outra situação semelhante, mas pelo menos vamos ter expericência o suficiente para seguir em frente, sempre!
Esse é o propósito dele afinal, não é? Seguir em frente, não olhar pra trás a não ser que seja por um sorriso!
E que sorriso! Capaz de iluminar um mundo inteiro, de aquecer e derreter o alasca.
O que seria de nós sem as coisas que não deram certo? Como estariamos hoje, se tivesse dado certo?
O tempo é engraçado!
Entra sem bater e abre todas as gavetas, joga tudo pro alto e bagunça ainda mais.
Mesmo odiando quando ele faz isso, eu sei que ele sabe o que faz... E só me resta esperar.
O seu par pode estar certo em algumas situações difíceis e pode até ajudar... Não deixe que o amor acabe por coisas pequenas. Seja paciente, seja humilde...
Você não me da chances, você apenas acredita no nosso amor e que vai dar certo, e eu ainda acredito nas estrelas.
A noite passada
Eis que me disseram, na noite que se passou,
sobre um certo comodismo que de nós não se dissipou.
Disseram que por Um tudo fora criado,
que tudo está previsto, tudo preparado;
a vida, o acaso. Não há como mudar.
Eis que me disseram de alguém que tudo planejara e tudo rotulara;
à mim, cabe apenas contemplar.
Me disseram para acreditar, e ele viria me salvar... se eu o aceitasse!
Mas caso não me contentasse, e de coração o negasse, o ardor seria o plenário ao qual eu teria de me reportar.
Eis que me disseram que somos frutos do amor, que somos frutos de um senhor que o melhor nos quer dar.
Por longo tempo me convenceram
da conversa que nem eles sabiam onde começara;
ou onde iria terminar.
Eis que me enfiaram goela abaixo leis para seguir, palavras para reproduzir.
Me disseram, na noite que se passou,
que tudo tem sentido,
que tudo está previsto;
e que devo agradecer.
Me disseram: 'não questione';
"não negue a redenção";
"não pense na contradição".
Eis que me disseram que a vida não se acaba, que a corte se aproxima,
que o céu não é pra todos.
De coração não acreditei,
ao questionar, ao tribunal deles me entreguei.
Eis que me disseram que nem tudo entenderei;
me odiaram, blasfemaram à minha dúvida; me rotularam com nomes que aqui não ouso mencionar.
Eis que nesse âmago de suplício, entendi o que eles não entenderam.
Então, eis que estava pronto para acordar!