Se sou Metida porque Fala Comigo
Tem muita gente metida que se diz questionar o moralismo da sociedade, mas esquecem que eles também tem seu próprio moralismo. Mas o que eu posso esperar da humanidade?
Somos bruxas
Algumas bruxas
viajam com sua vassoura mágica
Já eu que sou uma bruxa metida,
viajo na poesia
No luar que me avista
Sou moderna realista
Solto risos, dou a pista
Hahaha é só mais uma bruxinha
seguindo o baile da vida
Caldeirão está fervendo
Minha alma aquecendo
Apesar de tantas incertezas
Esse mundo eu enfrento
Eu posso, eu quero
Eu vivo, eu espero
Sou mulher, sou poema
Sou fada, sou bruxa
Pra viver essa vida louca
Às vezes me finjo de surda!
Autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 31/10/2020 às 13:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Dia Mundial do Café
Minha xícara acordou mais metida que nunca: disse que só aceita grãos especiais, água na temperatura certa e companhia que sabe conversar olhando nos olhos (ou pelo menos sem checar o celular a cada gole). E quer saber? Ela merece. Porque café bom é como a gente: exige cuidado, tempo e boas histórias para extrair o melhor. Café deve ser feitocom(c)alma.
Uma pessoa simples é aquela que tem todos os predicados para ser o que bem quiser, inclusive metida, arrogante, petulante e outras coisas mais, no entanto é simples.
Uma pessoa simples é aquela que tem todos os predicados para ser o que bem quiser, até mesmo metida, arrogante e petulante, mas é simples.
Tanta gente equivocada
Se achando invocada
Sem ter moral, sem ter nada,
Nem presente e nem futuro.
De tudo quer dar copa,
Mas quem tem luz própria,
Na certa, incomoda
Quem está no escuro.
"Ta se achando ?"
Pode não ser aceitável, no entanto a mídia nos bombardeia tanto com seus esteriótipos de beleza que acabamos internalizando esses modelos. Mas até ai reconheço o quanto podemos ser manipulados, seja pela mídia, seja pelos pais e outros parentes que dizem a uma criança ou adolescente "Como você é bonita" sabendo que chamar essa mesma criança de feiinho já seria um tamanho eufemismo.
Agora vou dizer por que estou abordando este assunto.
Por instinto ou como algumas mulheres diriam por ser safado mesmo, o homem olha naturalmente para as mulheres que entram no seu campo de visão. Após alguns segundos de analise, ele decide se vai continuar olhando ou não, ou decidem por ele se estiver acompanhado. Mas querendo ou não, a mulher sendo bonita ou feia, a primeira reação é olhar.
Dito isto, vamos ao motivo do texto. Andando pela rua, lá estava eu tranquilo e subitamente surge no meu campo de visão uma mulher. Como disse antes os instintos guiam e olhei para ela, só olhei, não fiz nenhum gesto, apenas um olhar sem pretensão de nada. Estava naqueles segundos de analise e já tinha a resposta que aquela imagem não me agradava. Mas para minha surpresa meu olhar não desviou como seria natural, ao contrário, aquela mulher chamou minha atenção e vocês vão entender porque.
A mulher me olhou com uma cara de nojo que me senti um ogro, empinou o nariz virou as costas e ainda consegui ouvir aquele "rumm !!!" abafado que sai pelo nariz, eu sei que não é uma palavra mas diz tudo ou seja " Saia fora cara, se você fosse o último homem na terra eu me matava".
Mas é ai que esta minha indignação, para qualquer padrão de beleza, imposto, internalizado, consciente ou esquisito, ela era uma das mulheres mais feias que já tinha visto em toda minha vida. Meus caros sejamos francos, acredito que tanto homens quanto mulheres me entenderão, ser esnobado por alguém que consideramos belo já é chato, mas ser esnobado por uma criatura do inferno é o fim da picada.
Este texto é apenas um brincadeira com nosso dia a dia e as surpresas que nos acontecem. A beleza com certeza é uma das coisa mais subjetivas que existe. Cada um possui seus critérios e o que alguns chamam de demônio outros chamam de anjo.
Você pode tentar me rotular,
Porém não saberá descrever quem eu sou!
Sou um enigma, só me abro para poucos
Muitos me consideram a metida
Só quem me conhece de verdade
Pode dizer algo sobre mim
Você não!
Você nem me conhece direito
E já sai por aí espalhando mentiras
Você não paga as minhas contas
E já vem falando que eu não presto!
Você não sabe nem um terço da minha história, não sabe como cheguei até aqui.
Então para! Para, que está feio!
Pisa menos,
Porque o chão não aguenta mais
Eu posso aguentar tudo o que você inventar sobre mim.
Sabe por quê? Porque eu não desisto!
Por isso vou até o fim!
#BlendaLorraine
- Alô?
- Quem fala?
- Sou eu.
- Eu quem?
- O amor da sua vida.
Reviro os olhos.
- Comida não fala.
Desligou. Realmente comida não fala.
- O telefone está chiando.
Parei, impaciente. Era uma senhora, a voz estava fanha.
- Menina, preciso da sua ajuda. Ta me ouvindo? - Ela berrou.
- Estou ouvindo, senhora.
- Nem acredito que consegui te ligar, menina.
- Diga em que posso te ajudar.
O outro lado da linha silenciou. Ué, desligou?
- Minha neta está doente. Eu não sei o que fazer, médico nenhum resolve.
- E acha que vou resolver?
- Claro! Espera, espera. Deixa eu te dizer os sintomas.
Apertei o telefone nos ouvidos.
- Ela não come, e nem dorme. E fica só escutando uma tal de Sfit.
- Swift? - Interrompi.
- Foi o que eu disse. Minha neta só escuta essazinha, e ainda fica rindo à toa. Endoidou.
Comecei à gargalhar, suprimindo um soluço.
- É amor, senhora. É amor! Isso nem eu nem médico algum resolve.
- Lascou.
O telefone chiou e chiou, e a ligação caiu.
— Minha mãe disse que a fada do dente não existe. E eu chorei e chorei.
Uma criança? Tinha um criança me ligando na rádio.
— Sua mãe sabe que está usando o telefone? — Perguntei.
— Ela está no banheiro, fazendo o número dois e chorando. Ela briga muito com o papai.
— Porque está me ligando?
— Eu já disse. — ele choramingou.
Fada do dente. Ok. Que merda eu sabia sobre fada do dente?
— Pequeno, acredita em papai noel?
Ele ficou em silêncio.
— E em coelhinho da páscoa?
— Acho que sim. — Ele respondeu.
— E no amor? — Perguntei.
— Amor? Mamãe acho que me ama mas acho que não ama o papai. Esse amor? Eu não sei.
Ele parecia em dúvida.
— Tem tanta certeza sobre coisas que não existem, mas o amor ele existe. Mas não podemos vê-lo e sim sentir.
— Ah não. — ele dava gritinhos. Afastei o fone do ouvido. — Papai noel e coelhinho da páscoa não existem? Não existe amor também. Não acredito.
Nem eu, eu quis dizer. Nem eu.
Os gêmeos Gordon me ligaram, outra vez.
- É o Joe ou o Josh? - A voz me perguntou.
Apertei o telefone no ouvido, girando na cadeira.
- Josh? - Arrisquei.
A risada aguda ecoou do outro lado da linha.
- Tu ta ficando esperta, menina da rádio.
Silêncio.
- Me dá um conselho aí. O que não fazer num primeiro encontro? Meu irmão vai sair com uma mina hoje e eu também.
Peguei uma caneta mordendo a ponta dela.
- Para de ser o malandrão, sacou? E coloca essa merda no viva voz pro babaca do seu irmão ouvir.
Ouvi um "click" do outro lado.
- Sejam educados, e não sejam um completo babacas como sempre são. Não falem de futebol, as garotas vão querer assassinar vocês.
- Putz, acho que não vou mais não. Olha o tanto de coisa, velho.
Josh reclamou.
- Mas as mina são gostosas, mano. - A voz de Joe soou ao fundo.
Eu estava ficando impaciente.
- Não tratem as garotas como se fossem pedaço de carne, seus merdinhas. Estão ouvindo o que eu estou dizendo?
O telefone chiou um pouco, e parou.
- A gente entendeu.
Antes de eu apertar o botão de desligar, Josh interrompeu.
- Depois a gente te liga e avisa se seus conselhos serviram. - Ele abafou um riso.
- Vão servir se vocês praticarem.
- Se a gente não trocar as minas, né.
Eu parei.
- Espera! Elas também são gêmeas?
Eles desligaram.
- Coração partido.
A garota choramingava. Eu estava sem paciência, minha cota de telefonemas no dia já tinham literalmente se esgotado.
- Use cola, se não servir apenas ache alguém que o cure.
Eu desliguei o telefone antes que a garota começasse à chorar mais.
Me espreguiço em minha cadeira e me preparo para atender a última ligação do dia. Quando o telefone toca, deixo-o tocar duas vezes antes de retirá-lo do gancho.
- Alô! Quem fala?
- Meu nome é Tony e eu te acho bonita.
Simples. Direto.
- Nunca me viu, Tony.
Ele sorri. O sorriso sai abafado, é quase bonitinho.
- Não preciso. Digo não aparência. Digo a alma. E você parece ter a alma bonita.
Tu tu tu. Caiu a ligação.
Dessa vez foi um tal de Roberto que ligou. Tinha a voz afeminada (não que eu tenha algo contra.)
— Em que eu posso te ajudar, Roberto?
Ao fundo, eu podia ouvir um forte batidão sertanejo.
— Sinto falta daquele canalha.
Voz afeminada. O que foi que eu disse?
— Vai ficar nessa foça até quando? Desliga a merda dessa música sertaneja, coloca uma eletrônica e vai dançar. Sabe dançar né, bem?
— S-s-sim. — Ele gaguejou.
— Ótimo. Achei que só sabia apanhar da bad.
O telefone ficou mudo.
"A garota chorava ao telefone, por causa de homem. É mole? A garota dizia se chamar Lizza, o que achei que fosse mentira. Nem todos revelavam seu nome. Lizza, enquanto soluçava contava.
— Ele me traiu, com aquela vaca.
E eu refletia. Que vaca? Vaca melhor amiga, colega ou inimiga?
Lizza jorrava emoções engraçadas, por vezes tentei acalmá-la. Pobrezinha.
— Lizza, conte-me sua história.
E ela contou.
— Estavamos casados há três anos, e ele conheceu uma garota na academia. Foi embora com ela, sumiu. Lizza não chorava mais, sua voz de criancinha tinha sumido. Mulher, ela era uma mulher.
— Ele vai ter o que merece, Lizza. Passa um batom vermelho e vai beijar na boca.
Lizza riu e desligou. Acho que ela foi."