Se o Amor é Brega
Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo.
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?
Nota: Trecho do conto Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa.
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam mais bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
Como eu não tenho o dom de ler pensamentos, eu me preocupo somente
em ser amigo e não saber quem é inimigo. Pois assim, eu consigo apertar
a mão de quem me odeia e ajudar a quem não faria por mim o mesmo.
AMIGO...
Há certas horas, que não precisamos da paixão desmedida
Não queremos beijo na boca
E nem desejamos corpos a se encontrar
na maciez da cama...
Há certas horas,
Que só queremos a mão no ombro,
O abraço apertado
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado
Sem nada dizer...
Há certas horas,
Quando estamos quase pra chorar,
Que desejamos a presença amiga,
A nos ouvir paciente,
A brincar com a gente,
A nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas mais sem graça
Que ache as nossas tristezas as maiores do mundo
Ou que nos teça elogios sem fim...
Mas que apesar de todas essas mentiras úteis,
Nos seja de uma sinceridade inquestionável...
Alguém que nos mande calar a boca
Ou nos evite um gesto impensado
Alguém que nos possa dizer:
Acho que estás errado, mas estou ao teu lado...
Ou alguém que apenas diga: Amo você!
Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal.
Nota: Trecho da crônica "O garoto do pandeiro".
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Nota: Trecho do poema "O teu sorriso" de Pablo Neruda
Você pode até dizer que não entendeu o que eu disse. Mas jamais poderá dizer que não entendeu como eu te olhei.
Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais.
Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa.
Nota: Trecho da crônica "O Último".
A gente destrói aquilo que mais ama
em campo aberto, ou numa emboscada;
alguns com a leveza do carinho
outros com a dureza da palavra;
os covardes destroem com um beijo
os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.
A amizade é doce, firme e leal. Ela se fortalece com o tempo e se torna duradoura! Quantas vezes você me ouve, me anima, me faz seguir em frente, participa das minhas alegrias e trata meus assuntos, como se fossem seus? Me dá conselhos que eu respeito, porque sei que são sinceros. Às vezes concordamos, em outras discordamos. Você faz parte do meu mundo! Você é alguém em quem confio e que tem todo o meu afeto e a minha amizade.
A verdadeira afeição na longa ausência se prova.
As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se podem ver nem tocar. Elas devem ser sentidas com o coração.
Quero um homem que me chame de linda em vez de gostosa... Que me ligue de volta quando eu desligar na cara dele... Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do meu coração, ou que permaneça acordado só para me observar dormindo... O homem que me beije na testa... Que queira me mostrar para todo mundo mesmo quando eu estou suando... Um homem que segure minha mão na frente dos amigos dele... Que me ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando estou sem nenhuma maquiagem e que insista em me segurar pela cintura... Aquele que me lembra constantemente o quanto ele se preocupa comigo e o quanto sortudo ele é por estar ao meu lado... Aquele que esperara por mim... Aquele que vire para os amigos dele e diga ** “É ela, a mulher da minha vida!
Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém.
Nota: Trecho da música "Berimbau", composta por Vinicius de Moraes e Baden Powell.
Não me alimento de quases, não me contento com a metade! Nunca serei sua meio amiga, ou seu meio amor... é tudo ou nada.