Se me Amas de Verdade
Quem gosta de você de verdade, cuida, se importa, quer o melhor, te procura, te liga e te dá satisfações. Quem gosta, quer estar junto, demonstra e faz milhões de planos. Quem gosta, manda mensagem no meio da noite e no amanhecer, quem gosta apresenta pra todos, sem exceções. Quem gosta, liga quando dá saudade. Quem gosta dorme de conchinha e te rouba um beijo. Quem gosta aguenta tudo, suas reclamações, sua cólica insuportável, suas manhas e manias.
CONVITE
Eu te direi minha verdade
E ouvirei a tua
Acreditarei na tua verdade
Farei da tua palavra a minha palavra
Do teu canto
Meu canto
De tua lágrima
Minha lágrima
Venha, vamos, partamos...
Esqueçamos
Essa gente amarga
E sua vã filosofia
Os homens ruins, isto é
Aqueles que profissionalizaram tudo,
Inclusive o amor
Vamos ganhar o tempo
Em busca de novos horizontes
Vamos dialogar
Com os pássaros
Cultivar as flores
Admirar as estrelas
Amar os verdes dos campos
O azul do céu e curtir
Essa tarde fogosa que dança no espaço
Vamos crescer na pureza
Desta noite criança
Que mais tarda a chegar
E renascer com o sol da manhã
Que por certo virá
Vamos construir um tempo novo
Uma existência nossa
E amanhã
Quando o peso dos anos
Marcar nossos cabelos
Enrouquecer nossa voz
Eu te direi
Com a mesma emoção de hoje
Que te amo!
Na minha opinião a verdade sempre é o argumento mais forte,contra tudo e todos quem diz a verdade,vive a verdade não teme a verdade...
Quem tem suas máscaras que segure a verdade cai quando menos se espera e quando ela cai não pense que os sentimentos dos outros será dor e rancor e sim desprezo e nojo...estamos aí sujeitos a isso cair e levantar,o que não mata fortalece tá lembrado?DEUS não nos tira as coisas e sim nos livra delas,relaxa não desejo o mau desejo o bem,quem sou eu pra julgar?quem?alguém?porém pense no que faz e veja o que isso te trás agora me diz vale a pena?se valeu vai que vai campeão a cabeça é teu guia,meu guia tbm...boasorte!
Amizade de verdade, não acaba....mas um momento longe uns dos outros, mostra que se sentimos saudades, é de quem gostamos, e se for das coisas bobas que passamos e falamos, é porque sentimos falta de simplesmente ter os nossos AMIGOS VERDADEIROS por perto.
É engraçado, tem gente que acha que tem problemas, mas quando enfrentar um de verdade vai perceber que os tais ”problemas” que tinha antes, não passavam de falta do que fazer, não passavam de graça, de charme para se passar de pessoa sofrida.
Um conselho para os Homens: Quando uma mulher te fizer uma pergunta, responda a verdade. Tem 99% de chances dela estar perguntando já sabendo a verdade
POIS É
A verdade pode durar uma vida inteira, perseguir uma mulher madura, assaltada de lembranças provocadas por uma amiga que mexe com uma varinha "o fundo lodoso da memória". E, de repente, a avó percebe uma convulsão na sua realidade, porque de repente outra verdade se sobrepõe. Explica. Reduz. E ao mesmo tempo amplia. Pois é. A verdade, em Lygia Fagundes Telles, é tão crua quanto esclarecedora. O que está em seus contos é a vida, sua própria e de outros, tão real e tátil como o chão áspero de cimento.
Reli, com assombro renovado, seu Papoulas em feltro negro, que ela incluiu no livro "Meus contos preferidos". Em onze páginas, Lygia roteiriza, organiza, sumariza, romantiza, anarquiza e enfim suaviza e cicatriza uma vida inteira.
Ojeriza.
Fuga.
Medo.
Ansiedade.
Mentira.
Não foi sem intenção que a narrativa das memórias suscitadas por um telefonema se concentre na latrina do colégio. Era o ponto da tangência. O ponto da fuga. A casinha fedorenta era melhor do que a sala de aula, com aquela presença esmagadora, opressora da professora castradora. Mentira! Tão bem dissimulada que pareceu verdade, por cinqüenta anos. E a verdade, um dia, lhe atinge a face como a aba de um chapéu de feltro, ornado de papoulas desmaiadas.
A memória é sinestésica. E os elementos formais estão ali, polvilhados no conto de Lygia, a declarar a ação dos sentidos. O tato da memória traz a aspereza do giz, o suor das mãos, o pé que esfrega a mancha queimada de cigarro no tapete. A audição da memória pede que se repita a Valsa dos Patinadores, como se repetiu a lembrança pela voz da companheira sessenta e oito, da escola primária. Mas o cheiro da memória remete, primeiro, a urina. A latrina escura. E eis a visão da memória a denunciar a obliteração. Negro quadro-negro. Trança negra. Saia negra. Feltro negro.
No meio do negrume, o sol reflete o seu fulgor majestoso na vidraça. É o esplendor do flagrante descobrimento. "O sol incendiava os vidros e ainda assim adivinhei em meio do fogaréu da vidraça a sombra cravada em mim." Dissimulação - mesmo em meio a tanta luz, há uma sombra. É uma sombra que persegue a personagem até o reencontro com a professora. Sombra, por definição, é uma imagem sem contornos nítidos, sem clareza. Como a professora, morta-viva, "invadindo os outros, todos transparentes, meu Deus!" E Deus, que sombra é esta a que chamamos Deus?
Pois é. Neste conto de Lygia, o gosto da memória, ou a memória do gosto, está ausente. Não se manifesta o sabor. Por que não se manifestou o saber, é por isso?
O conto é partícula de vida. É meio primo da História. Mais do que eventos, registra caráter, caracteres, costumes, clima, ambiente, formas, cores, preferências, gostos. O conto é uma das modalidades da história feita arquivo. Por isso conto, contas, contamos. O conto oral é o livro em potência, a história em potência. Ambos pertencem a quem os usa, e a quem de seus exemplos faz uso.
A escola deve ensinar a ler. Mas também deve ensinar a ouvir. Por isso, também na escola, que é um complemento da família, é preciso haver quem conte histórias. Como Lygia, que nos faz lembrar que é preciso haver a lembrança de uma infância vivida, o acalanto de uma voz querida, contando histórias, ilustrando a vida.
Lygia é de uma franqueza pontiaguda.
Este conto, em especial, é uma escancarada confissão de humanidade. A personagem é Lygia, ou qualquer um de nós. A personagem é frágil. Conquanto pensasse, a vida inteira, que era forte. Imaginava-se executora. Conquanto pensasse, a vida inteira, que era executada. Humana, enfim. Eis a verdade. Eis Lygia. Pois é.
Jornal das Letras, edição de agosto de 2007
Toda ''brincadeira'' insistida é uma verdade escondida. Toda brincadeira ''insistente'' é uma verdade eminente...
Quando descobre-se um novo fato, para os sábios a verdade antiga morre e nasce uma nova opinião, mas para os ignorantes nada muda.
Estou me repetindo, dizendo mil vezes a mesma coisa. No fundo, há só uma verdade: me sinto só. Talvez seja essa a causa dos meus males. Ou será o desconhecimento do que sou, como escrevi ontem? O que sei é que a coisas que preocupam podem ser resumidas em poucas palavras: Deus, solidão. E no fundo, o que existe sou eu. Como um grande ponto de interrogação sem resposta.
Verdade é liberdade, a verdade é prisioneira do ser que vê e pensa, tão poderosa que mesmo aprisionada ainda assim prende quem a descobriu com grades invisíveis & limitantes.