Se me Amas de Verdade
Resultados internos apenas mostram uma pseudoverdade, mas somente os externos podem revelar a verdade!
Talvez, assim como este pensamento, a maior verdade que um ser humano pode falar, é confessar que da única verdade, ele não é o dono.
Todo o mal que nos fizerem, sobretudo os males que aniquilarem uma parte de nossas esperanças e sonhos dignos, justificará sim um luto. E que o vivamos intensamente. Mas depois que ele - o luto - passar, a própria matemática incoercível da vida se encarregará de colocar tudo - e todos - no devido lugar da reposição da verdade.
VERDADES ABSOLUTAS (OU OBSOLETAS)
Um antigo colega meu já dizia: “a verdade é relativa, depende de quem diz”. No entanto, o objetivo deste escrito não é relativizar a verdade, mas dar um norte de entendimento a quem busca por ela de forma sincera.
É certo que o ser humano através da semiótica dá vários significados diferentes a uma única coisa, algo exclusivo da nossa natureza intelectiva. Um deus pode ter várias faces, uma cultura ou costume podem ser bons ou ruins dependendo de onde se olha, Um réu pode ser culpado ou inocente perante o júri popular.
Protágoras, um sofista grego, dizia que a verdade é apenas uma construção humana, toda a verdade é relativa a algum ponto de vista e nenhuma verdade pode ser tomada como absoluta. Assim sendo, a verdade teria caráter subjetivo.
Mas será que, diante de todas as perspectivas, não há uma verdade maior e objetiva? Usamos a linguística para criar uma ordem comum estabelecida, nomeamos as coisas. Há uma ordem comum e aceita que diz que uma árvore é uma árvore e não um chimpanzé, mesmo que digam o contrário. No entanto, além dessa ordem, há ainda por trás de todas as coisas uma essência objetiva, um símbolo essencial.
Para o cristão, o cristianismo é a verdade Divina, enquanto para o ateu é a mais pura ilusão. Mas mesmo diante do olhar contraposto de cada um há um fato inegável de que o cristianismo puro é positivo no âmbito social, psicológico e, para quem crê, espiritual. Há uma verdade maior que torna insignificante o debate acerca da existência ou não de um deus.
O ser humano tem o péssimo hábito de criar argumentos em cima de casos isolados sem pegar o contexto por trás daquilo. Acreditar na verdade que me convém é sempre melhor que assumir a verdade do outro. Mostrar que estou certo é mais importante que assumir uma verdade concomitantemente síncrona. Só que assumir, muitas vezes, não é perder.
É aí que mora a quebra do paradigma do juízo de valor: Todas as verdades têm uma essência maior por detrás de seu véu, seja essa verdade boa ou ruim. elas deixam de ser “meias verdades” quando servem a um propósito maior que o de satisfazer o ego de cada lado segundo o seu próprio viés. buscar por essa verdade é o trabalho de todo pensador sincero.
A minha relação com a verdade será sempre abusiva. Pois, sou plenamente capaz de ama-la, por mais desagradável que seja.
“SOBRE A VERDADE
A
VERDADE
É Real
É Autêntica
É Conforme
É Sincera
É vera
É Lúcida
É Transparente
É inexcedível
É inextinguível
É inexterminavel
É Axiomatica
É Incontestável”
Dentro de cada um de nós reside uma chama incessante, uma busca pela verdade que habita nossos corações e mentes.
É uma jornada de autoconhecimento, um mergulho profundo em nossa essência, onde desvendamos mistérios e confrontamos ilusões.
Vivemos em um período da história classificado por alguns como época da pós-verdade, quando o fato deixa de ser importante para muitos comunicadores, e a intenção do discurso toma o seu lugar. Obviamente, isso causa insegurança generalizada, pois, por exemplo, ao ouvir uma notícia, não se sabe de imediato se é verdade, se descreve o que realmente aconteceu ou se está apenas sendo utilizada como instrumento de propagação de determinada ideia ou ideologia. Assim, ao acessar alguma informação, fica cada vez mais clara a necessidade da seguinte pergunta: por que foi dito isso? Que intenção há por trás dessa divulgação? Estão tentando me induzir a acreditar em algo?